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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

UM POUCO DE HISTÓRIA

XXXI Congresso da UNE de 1971 e Honestino Guimarães
John Kennedy Ferreira* "Nunca, porem, tomamos a decisão de cerrar as portas da entidade ou renunciar aos mandatos. Estou convencido de que essa atitude de resistência, sem capitulação e sem derrota definitiva, facilitou a reorganização da entidade máxima dos estudantes brasileiros alguns anos depois, sem uma lacuna abissal que liquidasse a tradição e a memória coletivas". Mesmo depois do seu desmantelamento, nos muros das universidades mutiladas, ainda podia se ler: "A UNE SOMOS NÓS!". Ronald Rocha Diretor da UNE - gestão 1971-73 A bastante conhecida a história do XXX Congresso realizado em Ibiúna (1969) que resultou na prisão de quase todos os seus membros inclusive de alguns importantes personagens atuais como Zè Dirceu, Vladimir Palmeira, José Genuíno, Jean Marc Von der Weid e Franklin Martins. Sabe-se que com a edição do AI 5, a UNE e seus dirigentes entraram na clandestinidade, Jean Marc von der Weid, então presidente eleito da entidade ligado a Ação Popular Marxista Leninista -APML - foi preso no fim de 1969 e Honestino Guimarães - por pertencer a esta mesma corrente - assumiu a presidência interina da entidade. Em setembro de 1971, em plena ditadura Médici quando a perseguição aos opositores e suas entidades se intensificou, na clandestinidade foi realizado na baixada fluminense o XXXI Congresso da UNE, Honestino Guimarães foi reconduzido a presidência. A eleição se deu com presença de 200 delegados eleitos em encontros regionais precedida de assembléias nas faculdades convocadas por C.a.s, D.a.s, conselhos de turma A atuação da UNE estava bastante restrita pela perseguição da ditadura e a maioria de seus membros agiam clandestinamente, mas mesmo assim realizaram atividades apoiando lutas especificas nas faculdades, organizando o show da velha guarda da Portela, eventos relativos aos 50 anos da semana de Arte Moderna. E também propagandeando a luta democrática por direitos humanos contra a prisão, tortura e mortes nos porões da ditadura como o assassinato de Alexandre Vanucchi Leme.

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