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sábado, 22 de agosto de 2009

O CASO GLOBO VERSUS RECORD

“Rato comendo rato”. Parte 2/3
Por Laerte Braga.
(Fonte: Coluna Prosa e Verso – Crispiniano Neto, Jornal de Fato em 19/08/2009, http://www.defato.com/ ).
A Globo é a mesma coisa. Cumpre o mesmo papel. Ao longo de sua história construída sobre fraudes e sustentando-se na ditadura militar, serve hoje a Washington e ao modelo econômico neoliberal, logo, a esse modelo político asfixiante e que se constitui em termos de História, numa fase aguda da exploração do homem pelo homem. Macedo já está em Miami, base das grandes quadrilhas que operam as mais variadas modalidades criminosas, desde as legalizadas, às chamadas do crime organizado. Joga, esperto que é, com a própria divisão entre os donos.
O lado vaselina, que é o de Barak Obama (o garçom) e o lado areia, do esquema de Bush e outros. Como donos são donos, eles se entendem e nesse esquema sórdido tanto um quanto outro, Globo e Macedo se tornam necessários. Desde, evidente, que não ultrapassem determinados limites e a briga entre ambos não prejudique os "interesses maiores". Aí, o que for mais fraco dança.
Neste momento Macedo joga um jogo arriscado, mas escorado em oito milhões de fiéis, um eleitorado e tanto. Sabe que seu adversário, Globo, enfrenta dificuldades, sustenta-se de dinheiro público e o padrão chamado global começa a dar sinais de esgotamento. A comunicação é fator de extrema importância nos dias de hoje.
Você pode pegar um grupo de dentistas, por exemplo, que ao arrepio da ética vão dizer que Colgate é melhor e previne e evita cáries. Ganham um bom dinheiro para isso. É só um exemplo de um processo mais amplo que transforma o ser humano em rês. Em mero consumidor. Vazio e despido do mínimo espírito crítico diante de si mesmo, logo algo amorfo. Não contesta e admite as formas de escravidão sob as quais vive.
Amplie tudo isso é enxergue o mundo em que automóvel se transforma em anjo de guarda e bancos e grandes empresas, os grandes latifúndios, em templos do capitalismo. O deus mercado.
A Globo tem investido contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusando-o de restringir a "liberdade de imprensa", ao fechar rádios e tevês como a Globo e a Record e a criar rádios e tevês comunitárias, ligadas a sindicatos, associações do movimento popular, ou mesmo à iniciativa privada, mas dentro de parâmetros de verdade, ética na informação e tudo o que não existe no Brasil nas "famílias" que controlam o setor.
A reação a Record é apenas a reação a um novato que entra de cabeça no meio e afeta os "negócios" até então bem divididos entre redes de tevê, jornais, revistas e rádios. Para melhor ilustrar, Mariel Mariscot era um policial ligado a grupos torturadores à época da ditadura.
Corrupto, deixou a Polícia, transformou-se em estrela de televisão por uns breves momentos e resolveu ser banqueiro de jogo de bicho. Esbarrou nos donos do jogo do bicho.
Não queriam concorrência no clube que geriam. Mariscot apareceu morto sem que se apurasse o culpado, ou culpados. Não é o caso de Macedo, lógico. Tem respaldo no clube frequentado pelos donos. Mas sabe, ele próprio, que não pode esticar a corda a ponto de arrebentá-la. Como sabe a Globo que há também um limite nessa história. (...)

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