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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O CASO GLOBO VERSUS RECORD

“Rato comendo rato”. Parte 1/3
Por Laerte Braga.
(Fonte: Coluna Prosa e Verso – Crispiniano Neto, Jornal de Fato em 19/08/2009, http://www.defato.com/).
Há uma diferença entre o modus operandi da quadrilha Globo e o da quadrilha Recorde. Ou, mais precisamente, de Edir, o Macedo.
A quadrilha Globo reveste-se da sofisticação Fiesp/Daslu. Sugere que a rede seja povoada de príncipes, duques, marqueses, condes, viscondes e barões. Tenham, todos, perfeita noção de como se comportar em público, algo assim como bater carteira em uma dimensão impressionante, sem que as vítimas percebam e até sintam-se agradecidas pelo privilégio de poder assistir Xuxa aconselhando e formando as nossas crianças.
Olham para o outro lado quando cometem toda a sorte de crimes que pode um veículo de comunicação, uma rede com seu tamanho, cometer.
Todos de terno, gravata, combinação perfeita até a roupa debaixo. Edir, o Macedo, esse não. Tem consciência que existem métodos capazes de fazê-lo chegar a ingênuos e incautos e construiu um império na base do "dá ou desce".
Globo e Record servem ao mesmo senhor. As denúncias feitas pelo programa "Repórter Recorde", edição de domingo 16 de agosto, são todas verdadeiras, inclusive as que dizem respeito às promíscuas relações da Rede Globo com setores do Ministério Público de São Paulo.
É preciso prestar atenção a esse detalhe. Um país vizinho que fala a mesma língua. E vêm com um exército de tucanos, democratas, mais alguns carregadores de mochilas dos senhores, caso de Roberto Freire, numa tentativa de transformar o Brasil, definitivamente, num estado norte-americano.
As denúncias sobre Edir Macedo, requentadas ou não, são reais. O programa da Record foi certinho, se é que nesse amontoado de bandidos existe alguma coisa ou alguém certinho - a não ser na bandidagem -, até a entrevista de Edir, o Macedo.
A explicação do "bispo" sobre o vídeo em que aparece orientando seus pastores a tomar dinheiro dos fiéis é inacreditável em termos de cara de pau. A figura em questão dizia aos pastores que quem quiser doar bem, quem não quiser amém, só que de um jeito bem ao estilo Beira-mar. "Ou dá, ou desce". "Cândido", "vítima", "salvador de almas", explicou que quem dá sobe no mundo espiritual e quem não dá desce no mundo espiritual. Putz! É uma sem-vergonhice próxima do absoluto.
Creio que nos dias seguintes deverão entrar em cena os representantes dos senhores de tudo e todos - ou quase todos - para explicar que essa briga não interessa a eles donos dos "negócios" e é preciso acabar antes que os danos sejam irreversíveis. A cara de pau de Edir, o Macedo, quando falou de "fé emocional", sugerindo que a fé que vende seja racional, em crítica direta ao padre Marcelo Rossi, beira a perfeição.
Foi assim como um piparote para quem entende que pingo é letra. Marcelo Rossi é a resposta da Igreja Católica, dos setores mais atrasados dessa Igreja (controlam Roma desde a ascensão de João Paulo II) ao avanço neopentecostal às suas fileiras. Não há diferenças entre o "bispo" e o padre, só de estilo. E a ameaça de Macedo. Levar sua igreja aos muçulmanos. Insere-se no projeto político de dominação e domesticação dos povos do Islã.
Os muçulmanos ocuparam a Espanha por três séculos e quando saíram os monumentos e igrejas cristãs estavam intactos, preservados. Onde as hordas das cruzadas comandadas por papas passaram, no Oriente Médio, a política foi de terra arrasada contra os "impuros". Edir, o Macedo, cumpre um papel político. Tanto se insere num contexto geral, dos donos do mundo, como se beneficia disso, gerindo um império de proporções impressionantes. (...)

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