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sábado, 26 de junho de 2010

RUA DO SAMBA

CAFÉ COM VIOLA

Neste Domingo - 27 de Junho - às 9 horas da manhã . CAFÉ COM VIOLA Entrada Franca. Nesta edição do projeto Café com Viola contaremos com a presença de JOAO HENRIQUE E RODNEY – da Cidade de Artur Nogueira PANTANEGRO – Harpista de Campinas MARCIO SALUSTIANO – Poeta baiano Convidados Especiais: JOSÉ CARLOS (popular Zezinho) e MARINA (casal de deficiente físicos que se conheceram e acabaram se casando) REGINILDO E REGINALDO – de Cosmópolis. Nos intervalos um Café Caipira com muitos "Bolinhos de Chuva", Bolo de Fubá e aquele cafézinho da Tuia servido na hora. Coordenador e Apresentador do Evento: SILVA NETO. Sua presença nos alegra e nos motiva a continuar cada vez melhor. Local: Escola Dr. Luiz Nicolau Nolandi Rua Monte Castelo, nº 1039 - Jd. de Fáveri CEP 13150-000 - Cosmópolis - SP. Secretaria Municipal de Cultura de Cosmópolis F.: 19 - 3872.2575 / 3812.3101

PROGRAMAÇÃO CULTURAL LIMEIRA

Secretaria da Cultura de Limeira/SP PROGRAMAÇÃO CULTURAL – JULHO 2010 Confira a Programação de Eventos da Secretaria da Cultura para o mês de Julho: Música: 5° Concerto da Temporada “Músicas de Cinema III” – Orquestra Sinfônica de Limeira Quinta-feira, dia 1º de Julho às 20h30 – Teatro Vitória Sexta-feira, dia 02 de Julho às 20h30 – Teatro Vitória Pela terceira vez, a Orquestra Sinfônica de Limeira realiza um concerto unindo a imagem e o som, executando trilhas de filmes marcantes na história do cinema como, “Crônicas de Nárnia”, “Príncipe do Egito”, “Madagascar”, “X-Man”, entre outros. Realização da Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira, em parceira com a Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: Livre. Música: “CORPORAÇÃO MUSICAL HENRIQUE MARQUES” Domingo, dias 04 e 18 de Julho às 10h30 – Praça Toledo Barros Retretas sob a regência de Leandro Pereira. Entrada Franca Classificação Indicativa: Livre. Humor: “Tamo Junto!” com Marco Luque Domingo, 04 de Julho às 19h – Teatro Vitória Depois do sucesso no ano passado, o Marco Luque volta à Limeira, atendendo contando histórias de sua vida de uma forma inusitada. No espetáculo “Tamo Junto!” o ator, que é integrante programa de TV “CQC”, veiculado pela Rede Bandeirantes, argumenta assuntos do cotidiano com o público e lembra histórias de alguns acontecimentos pessoais, proporcionando à todos uma noite muito divertida e engraçada. Realização da GT Produções Artísticas com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 50,00 (inteira), R$ 35,00 (Clientes Porto-Seguro/ Bônus do jornal Gazeta de Limeira), R$ 25,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: 12 anos. Evento: “FÉRIAS NA BIBLIOTECA” Segunda, 05 de Julho até quinta-feira, 08 de Julho das 14h30 às 16h – Biblioteca Infantil Profª Cecília Quadros A Biblioteca Infantil Profª Cecília Quadros estará realizando atividades de contação de história, música, recreação e lazer para as crianças visando a integração com a Biblioteca e conseqüentemente o contato com o livro e a leitura. O evento será aberto ao público, e as crianças deverão estar acompanhadas por um responsável. Já as escolas que tiverem interesse em trazer seus alunos, deverão agendar sua visita pelo telefone (19)3442- 6539. A Biblioteca Infantil fica na Rua Senador Vergueiro, 843, Centro – Limeira/SP. Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada Franca Classificação Indicativa: 03 a 12 anos. Evento: “FESTA JULINA DA EMCEA – ESCOLA MUNICIPAL DE CULTURA E ARTES” Sexta-feira, 09 de Julho às 16h – Escola Municipal de Cultura e Artes A Escola Municipal de Cultura e Artes (Emcea) realizará uma Festa Julina com a participação dos seus alunos de dança e quadrilhas de Limeira e região. O evento será abeto ao público e terá barracas de pastel, cuscuz, vinho quente, quentão, milho, pescara, pipoca, cachorro-quente, refrigerante e cerveja; entre outras atrações. A Emcea fica na Rua Capitão Bernardes, n° 144, Centro – Limeira/SP (Antiga “Casa da Laranja”). Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 1,00 Classificação Indicativa: Livre. Música: “CORPORAÇÃO MUSICAL ARTHUR GIAMBELLI” Domingo, dias 11 e 25 de Julho às 10h30 – Praça Toledo Barros Retretas sob a regência do Maestro Fernando Costa Barreto. Entrada Franca Classificação Indicativa: Livre Evento: “BANCA DE TROCA DE LIVROS E GIBIS” Domingo, 11 de Julho das 9h às 13h – Praça Toledo Barros Com o objetivo de estimular a prática da leitura, a Biblioteca Municipal Prof. João de Sousa Ferraz organizará, em parceira com o “Domingo de Relíquias”, a Banca de Troca de Livros e Gibis. Não serão aceitos livros didáticos, apostilas, jornais, revistas, cópias reprográficas, encadernações em espiral, como também exemplares em mau estado de conservação (ilegíveis, rasurados, sem capa, rasgados, rasgados, amassados, desmontados, sujos, etc.) Cada livro ou gibi doado dará direito a troca de um novo exemplar. As doações feitas passarão a compor o acervo da Banca de Livros ou da própria Biblioteca Municipal. Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Eventos. Entrada Franca Classificação Indicativa: Livre. Música: “Canções à L’ACARTE - Noite do Rock” Quarta-feira, 14 de Julho às 20h – Teatro Vitória Em comemoração ao Dia Mundial do Rock, as bandas limeirenses Nacontramão, Banda Cherry, Banda Espiral 8 e Juliano Collombo Project Fire, apresentarão músicas de estrelas do rock, como Ozzy Osbourne, Creedence, Black Sabbath, Beatles, Led Zeppelin, e Jimi Hendrix. Realização da Associação Cultural dos Artistas e Técnicos de Limeira (Acarte), com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: Livre. Música: “MEMORÁVEIS E TOCANTES” – Escola Musique Quinta-feira, 15 de Julho às 19h – Teatro Vitória “Memoráveis e Tocantes” é um musical composto por peças de várias épocas e estilos, com interpretações e arranjos personificados. O público poderá apreciar diversas obras dos grandes mestres das músicas e clássicos que ficaram na memória e na saudade. Realização da Escola Musique, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: Livre Evento: “FEIRA DE LITERATURA AFRO” Sexta-feira, 16, e Sábado, 17 de julho, das 8h às 18h – Teatro Vitória O Decadie (Departamento da Cultura Afro Descendente e da Integração Étnica) organizará uma exposição de livros com temática afro, trazendo escritores de Limeira e região. O evento contará com a presença de pensadores, declamadores e ainda de uma cantora de Angola. Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada Franca Classificação Indicativa: Livre. Música: “TRIBUTO A ROBERTO CARLOS” - VIII SARAU NPSTUDIO Sexta-feira, 16 de Julho às 19h30 – Teatro Vitória O NPStudio conta com a participação dos seus alunos de música e também vários artistas locais e convidados que apresentarão as mais diversas canções do rei Roberto Carlos, desde a jovem guarda até os dias de hoje. Durante o espetáculo será apresentado também um breve histórico da carreira do ídolo. Realização do NPStudio, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: Livre. Teatro: “ADRIANA MATER” Sábado, 17 de Julho às 21h – Teatro Vitória Adriana, uma jovem apaixonada, fica grávida, após ser violada. Sua irmã tenta a todo custo fazer com que ela não fique com a criança. Realização da Dragão 7 Cooperativa Cultural Brasileira, dentro do Circuito de Teatro Português, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada Franca Classificação Indicativa: 14 anos. Cultura, Saúde e Esporte: “FÉRIAS NO PARQUE” Domingo, 18 de Julho, das 8h30 às 17h – Parque Cidade Em vários pontos do Parque Cidade, a Secretaria da Cultura, com apoio das secretarias municipais, traz atividades para crianças, jovens e adultos envolvendo as várias áreas da Cultura, Saúde e Esporte. Apresentação de música, canto, dança clássica e de salão, artes marciais, capoeira e recreação, jogos de salão, banca de troca de livros e gibis, espaço para leitura de jornais, revistas e livros. Apoio das Secretarias Municipais. Entrada: franca Classificação Indicativa: livre. Teatro: “AS SUPER PODEROSAS” Domingo, 18 de Julho às 20h30 – Teatro Vitória Uma comédia simples, direta e com muita irreverência. O espetáculo teve sua estréia na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais ; e desde então suas apresentações vêm atraindo um grande público pelas cidades onde passa e cativando a platéia pelo talento dos atores e carisma de seus personagens: Natally, Shaienne e Kitéria, modelos e amigas que enfrentam hilariantes situações juntas. Realização da Associação Cultural e Produções Artísticas Band-aid, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: 14 anos. Teatro: “JOSEFINA MORREU DE ASSÉDIO” Quarta-feira, 21 de Julho às 20h – Teatro Vitória O espetáculo fala sobre Josefina, uma empregada doméstica que encontra problemas com o novo emprego e com a rotina da casa. Os patrões vivem lhe chamando a atenção, e de tanto reclamarem com os serviços da moça, resolvem lhe colocar um chapéu em forma de cone toda vez que ela comete algum engano. Cansada, Josefina procura o sindicato, que lhe dá todas as indicações de como enfrentar esse problema. Realização do Grupo de Teatro Borandá, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: 12 anos. Música: “ELVIS: TONIGHT CONCERT” Quinta-feira, 22 de Julho às 21h – Teatro Vitória Considerada a melhor banda cover de Elvis da América Latina, “Adam Presley & Elvisback Big Band” já percorreu quase trinta cidades do interior de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Com metais e coral, farão em apresentação única em Limeira, por uma hora e meia de show, numa releitura fiel dos grandes clássicos de Elvis Presley. A apresentação envolvente e vibrante da “big band” profissional e experiente é sucesso de bilheteria. A direção do show fica por conta do fã clube oficial de São Paulo/SP, o “Elvisback Official Fan Club”. Realização de Maristela Roman - ElvisBack Official (www.elvisback.com), com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada: R$ 30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada). Classificação Indicativa: 14 anos. Música: “9° CANTA LIMEIRA” Sexta-feira, 23 de Julho às 20h – Teatro Vitória Sábado, 24 de Julho às 20h – Teatro Vitória Domingo, 25 de Julho às 19h – Teatro Vitória O “9º Canta Limeira” é um festival destinado a abrir espaço aos compositores e intérpretes da música popular brasileira de todos os gêneros, com temática livre. Participarão compositores e intérpretes de todo o Brasil, concorrendo a uma premiação de cerca de 14 mil reais. As semifinais ocorrem nos dias 23 e 24 de julho, sendo a final no dia 25 de julho. Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura, apoio do Centro do Professorado Paulista (CPP) Regional de Limeira. Entrada: R$ 2,00 (preço único). Classificação Indicativa: Livre. Evento: “FÉRIAS NA BIBLIOTECA” Segunda, 26 de Julho até sexta-feira, 30 de Julho das 14h30 às 16h – Biblioteca Infantil Profª Cecília Quadros A Biblioteca Infantil Profª Cecília Quadros estará realizando atividades de contação de história, música, recreação e lazer para as crianças visando a integração com a Biblioteca e conseqüentemente o contato com o livro e a leitura. O evento será aberto ao público, e as crianças deverão estar acompanhadas por um responsável. Já as escolas que tiverem interesse em trazer seus alunos, deverão agendar sua visita pelo telefone (19)3442- 6539. A Biblioteca Infantil fica na Rua Senador Vergueiro, 843, Centro – Limeira/SP. Realização da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada Franca Classificação Indicativa: 03 a 12 anos. Evento: “5ª MOSTRA DE ARTE E TALENTO - CEPROSOM” Quarta-feira, 28 de Julho às 14h30 – Teatro Vitória A “5ª Mostra de Arte e Talento – Ceprosom” tem o intuito de propagar a arte sem limites. Serão reunidas apresentações de dança, teatro, música, circo, canto e todas as outras formas de expressão artística. A mostra, em sua 5ª edição, visa cada vez mais aproximar os atendidos pelo Ceprosom (Centro de Promoção Social Municipal) ao universo da arte. Realização da Prefeitura de Limeira, através do Núcleo de Cultura, com apoio da Secretaria da Cultura. Entrada Gratuita. Classificação Indicativa: Livre. Teatro: “5ª MOSTRA DE ARTE E TALENTO – PETER PAN” Quinta-feira, 29 de Julho às 19h30 – Teatro Vitória O é espetáculo composto por crianças e adolescentes participantes dos projetos de jornada ampliada dos Centros Comunitários do Limeira, selecionados para participar do grupo de formação de atores do Núcleo de Cultura do Ceprosom (Centro de Promoção Social), e dirigidos pelo professor voluntário Rodrigo Zovico. Realização da Prefeitura através da Secretaria da Cultura. Entrada Gratuita. Classificação Indicativa: Livre. Dança: “PROCURA-SE ELENITA QUEIROZ II” Sexta-feira, 30 de Julho às 20h – Teatro Vitória Espetáculo de dança contemporânea dentro do “Projeto Funarte de Dança Klauss Vianna”. O desaparecimento de uma das integrantes do Grupo das Escaravelhas aborda como a metáfora a ação do homem no meio em que vive, na busca de uma identidade contemporânea, ambientado num cenário onde a fantasia e o mundo urbano se confundem. Realização do Grupo de Dança Contemporânea Excaravelhas, com apoio da Prefeitura de Limeira através da Secretaria da Cultura. Entrada Gratuita. Classificação Indicativa: 12 anos. *Ingressos para eventos do Teatro Vitória na Bilheteria (Praça Toledo Barros, Centro – Limeira/SP). Funcionamento: - Terça à sexta-feira das 13h às 18h - Sábados e Domingos das 13h às 17h. - Em dias de espetáculo, a Bilheteria abre após as 18h até o horário do evento, vendendo apenas ingressos para os espetáculos do dia. Telefone: (19)3451.6679/ (19)3451.2675 * Possuem direito a pagar meia-entrada: - Estudantes (mediante a apresentação de documentos); - Idosos acima de 60 anos (mediante a apresentação de documentos); - Professores da Rede Municipal e Estadual (mediante a apresentação de documentos); - Deficientes físicos. Thayla Ramos – Estagiária de Jornalismo Prefeitura de Limeira/SP Secretaria Municipal da Cultura (19)3451.0502 culturalimeira@yahoo.com.br www.culturalimeira.blogspot.com www.twitter.com/culturalimeira

FEIRARTE EM CORDEIRÓPOLIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CORDEIRÓPOLIS Cordeirópolis, 25 , de junho de 2010 Cultura promove mais uma edição da Feirarte A Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos de Cordeirópolis promove no dia 27 de junho, na Praça Central, das 14h às 18h, mais uma edição da Feirarte que irá expor o trabalho de vários artesãos da cidade. No evento os artesãos demonstrarão trabalhos de crochê, tricô, bordado, fuxico, entrelaçamento, cerâmica, patchwork, pintura e biscuit. Os artesãos que são cadastrados na Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (SUTACO) puderam expor os seus trabalhos e colocá-los a venda. Segundo o Secretário de Cultura de Cordeirópolis Nivaldo Menezes, a feira do artesanato está ficando cada vez mais forte em Cordeirópolis “A cada edição que passa a Feirarte está cativando mais a população Cordeiropolense que além de conhecer as obras que são expostas estão comprando os trabalhos, o que enaltece a classe de artesãos na cidade” disse. Ainda segundo Menezes, além da Feira do Artesanato haverá também o Encontro Municipal de dança que terá a apresentação de vários grupos de dança da cidade durante todo o dia. ___________xxx__________ Prefeitura Municipal de Cordeirópolis Assessoria de Imprensa Praça Francisco Orlando Stocco, 35, CEP-13490-970 Telefone: 3546-5538

LAMENTÁVEL FELIPE MELO

“Nem Mulheres de Malandro, Nem Patricinha, Nenhuma Mulher quer ser Rotulada ou Chutada”.
Por *Lúcia Irene Reali Lemos (FONTE: Mário Ilo, via e-mail pessoal). “Liberdade é pouco, o que queremos ainda não tem nome. Clarice Lispector”. Como na música, “todo dia a cidade vem e nos desafia...” e é assim mesmo, todos os dias somos provocadas em nossa dignidade e não é de hoje as lutas dos movimentos e das organizações ligadas ao combate da violência contra as mulheres. Constantemente enfrentamos “ferrenhas” batalhas contra as campanhas publicitárias que utilizam a imagem da mulher em seus produtos e as oferecem como objeto de consumo. A coisificação tá escancarada e o desrespeito cada vez maior. Esta semana fomos surpreendidas com a deplorável declaração de um desportista, jogador de futebol da Seleção Brasileira, Felipe Melo, ao falar sobre a sua insatisfação com a Jabulani, a bola oficial da Copa do Mundo: "A outra bola é igual a mulher de malandro: você chuta e ela continua ali. Essa de agora é igual a uma patricinha, que não quer ser chutada de jeito nenhum". O que nos leva a várias interpretações podendo entender que tanto a “mulher de malandro”, como “a patricinha”, (sem contar a ofensa dos rótulos) mesmo as duas não querendo, serão vítimas de violência, a diferença é que uma é agredida e se cala e a outra mesmo resistindo e reclamando será agredida também. O fato é: a famigerada declaração vem carregada de machismo e nas entrelinhas revela a cultura de violência “velada” que existe no “mundo das personalidades” (o que não é nenhuma novidade pra nós), nos levando a uma reflexão sobre a postura do referido e o quanto isso nos transtorna. Por ironia do destino, esta é a declaração de um homem que leva a imagem do Brasil gravada em suas vestimentas e em nossas bandeiras (sua atitude, retrata o triste perfil da violência contra as mulheres brasileiras) e foi feita na África do Sul, coincidentemente no país cujo Presidente da Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano, Julius Malema, foi levado ao tribunal por empregar um discurso baseado no ódio contra as mulheres. País que segundo estudo efetuado em 2009 pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul revelou que um em cada quatro homens entrevistados admitiu ter violentado uma mulher, o índice mais elevado de todo o mundo. Ora, ora, o referido foi “infeliz” na sua declaração e talvez desconheça o peso de ser mulher em um país cujo continente quase que na sua totalidade é marcado pela desigualdade, pelo machismo e pela violência. Pesquisas apontam que a África do Sul possui altos índices de violência sexual – cerca de 150 mulheres são violadas diariamente, segundo os dados do Instituto Sul-Africano para Relações Raciais. Sem contar que é muito comum o estupro coletivo (1/4 dos casos envolve mais de um abusador). A estimativa é de que ocorra um abuso sexual a cada 26 segundos. Segundo a Simelela, ONG criada em 2003 para dar apoio às vítimas de abuso sexual na área que abriga entre um milhão e dois milhões de pessoas, 41% das mulheres que sofrem violação têm menos de 14 anos. Só na região da Cidade do Cabo, cerca de 10% deles admitiram ter feito com jovens menores de 10 anos De acordo com os registros da organização, a vítima mais nova tinha um ano, e a mais velha, 76. Um Continente onde os papéis de gênero são radicalmente definidos e impostos; onde a masculinidade é associada a perversidade, a honra ou domínio sobre as mulheres; onde a punição de mulheres e crianças é aceita; onde a violência é o padrão para resolver conflitos, onde as mulheres são consideradas seres inferiores, como em Serra Leoa que, em tempo de guerra civil, faz com que as tropas rebeldes cometam a barbárie de forçar as mulheres à escravidão sexual. Em Uganda, onde a lei reconhece ao homem o direito de bater na mulher. Onde é praticada a mutilação genital em meninas consistindo na extirpação parcial ou total dos órgãos genitais, práticas estas, comuns em 28 países africanos. Onde é “cultural” os casamentos precoces das meninas na média com 11 anos de idade, o que limita a estas meninas qualquer oportunidade de ter uma vida normal de uma criança com direitos de criança. "Nós pedimos com insistência: nunca digam "isso é natural". Diante dos acontecimentos de cada dia. Numa época em que reina a confusão. Em que corre sangue. Em que se ordena a desordem.Em que o arbítrio tem forças de lei. Em que a humanidade se desumaniza. Nunca digam: "isso é natural". Estranhem o que não for estranho.Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano.Tratem de achar um remédio para o abuso. mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra. Desconfie do mais trivial, na aparência singelo. Examine o que parece habitual.Suplicamos expressamente: não aceite. O que é de habito, como coisa natural.Pois em tempo da desordem sangrenta. De confusão organizada.De arbitrariedade consciente.De humanidade desumanizada, nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht). Lamentavelmente, várias culturas ainda aceitam, aprovam ou mesmo justificam as diversas atrocidades que são cometidas contra as mulheres, sendo essas atitudes, fruto da desigualdade estrutural e de normas de conduta distorcidas e rígidas a respeito dos diferenciados papéis que homens e mulheres devem desempenhar na sociedade. É urgente que busquemos cada vez mais ações para se banir as crenças da superioridade masculina onde a idéia de virilidade está associada a dominação e a de feminilidade se vincula a imagem preconcebida de submissão, se assim não agirmos estaremos fundamentando e consolidando relações violentas de gênero. Como não nos indignarmos Felipe Melo? Quando você reproduz um discurso machista-sexista brasileiro, mas que não é diferente dos discursos do resto do mundo. A violência contra as mulheres e crianças ocorre em todos os países, em todos os grupos sociais, culturais, religiosos e econômicos, ou seja, a violência contra a mulher não respeita fronteiras geográficas, nem classe social, raça, religião ou idade. Mudar o comportamento e as atitudes das pessoas exige um compromisso permanente de conscientização e de denuncia em relação à violência contra as mulheres e a todas as formas de opressão, pois se configuram em violação explícita dos direitos humanos e estas são inaceitáveis. É Felipe, infelizmente VOCÊ PISOU NA JABULANI, E MARCOU GOL CONTRA. ESPEITO É BOM e TODAS NÓS O EXIGIMOS! *Lucia Irene Reali Lemos, acadêmica de Administração Legislativa, assessora parlamentar e integrante do Coletivo Estadual de Mulheres do PT do Rio Grande do Sul. Extraído: http://ow.ly/23BFJ .

VALEU DUNGA

Na Internet, Dunga ganha apoio contra a Globo Jornalistas relatam que briga entre Dunga e Rede Globo deveu-se ao fato do treinador da seleção brasileira vetar o privilégio da concessão de entrevistas exclusivas de jogadores para a Globo. Entrevistas teriam sido negociadas pela Globo com presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Dunga não gostou e vetou. Repercussão do episódio indica que a maioria dos internautas está com Dunga e contra a Globo. Cresce no twitter campanha de boicote à Globo na transmissão de Brasil e Portugal na próxima sexta-feira. Marco Aurélio Weissheimer Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/23BqS .

JOSÉ SARAMAGO SEMPRE PRESENTE III

Saramago: um crítico da democracia formal Morre José Saramago (1922-2010), um dos maiores romancistas da língua portuguesa (prêmio Nobel de Literatura de 1998). Além de escritor, Saramago foi conhecido também como um crítico da humanidade contemporânea (por andar sem racionalidade) e do sistema de governo democrático vigente no mundo. Nas palavras do escritor: "Todos estamos de acordo que vivemos em um sistema democrático; portanto, somos cidadãos, somos eleitores, há eleições, votamos, forma-se um parlamento e, a partir desse parlamento, forma-se uma maioria parlamentar. Temos os juízes, tribunais, temos todo o esquema montado. Este esquema é formal. Mas até que ponto se permite que esse sistema seja substancial?". Saramago leva-nos a refletir sobre o papel da democracia contemporânea também debatida em duas diferentes correntes da Ciência Política: a institucionalista e a participativa. A corrente institucionalista é conhecida também como teoria democrática elitista, competitiva, procedimental ou pluralista, teoria realista ou ainda teoria democrática descritiva, ou seja, uma democracia formal. Para os teóricos que defendem esta teoria, somente cabe aos cidadãos, periodicamente, referendar ou mudar as elites que fazem parte dos governos por intermédio do processo eleitoral. A vertente institucionalista (teoria política das elites) foi inaugurada por Max Weber e Schumpeter, a qual define a democracia como um arranjo institucional para chegar a decisões políticas e se constituiu, antes de tudo, numa competição entre elites. No institucionalismo, a política é estruturada pelas instituições que influenciam os indivíduos e modificam o comportamento. Por outro lado, temos a corrente teórica que defende a teoria participativa. Carole Pateman e C. B. Macpherson são os principais representantes. Os participacionistas buscam multiplicar as práticas democráticas, institucionalizando-as dentro de uma maior diversidade de relações sociais, dentro de novos âmbitos e contextos: instituições educativas e culturais, serviços de saúde, agências de bem-estar e serviços sociais, centros de pesquisa científica, meios de comunicação, entidades desportivas, organizações religiosas, instituições de caridade, em síntese, na ampla gama de associações voluntárias existentes nas sociedades atuais. No entendimento de Pateman, para que exista uma forma de governo democrático, é imprescindível a existência de uma sociedade participativa, isto é, uma sociedade onde todos os sistemas políticos tenham sido democratizados e a socialização possa ocorrer em todas as áreas. Para a autora, a área mais importante de participação é o seu próprio lugar de trabalho, ou seja, a indústria, pois é exatamente ali que a maioria dos indivíduos despende grande parte de suas vidas e pode propiciar uma educação na administração dos assuntos coletivos praticamente sem paralelo em outros lugares. Saramago tinha bem presente estas duas correntes teóricas da democracia. Optou claramente pela segunda, a democracia participativa (substancial). Fez uma crítica ao sistema democrático formal na medida em que os cidadãos são meros expectadores, pois quem toma as decisões são as elites políticas e econômicas. Nas palavras de Saramago: "Os governos que elegemos, no fundo, são correias de transmissão das decisões e das necessidades do poder econômico (representado pelo FMI, OMC e pelo Banco Mundial), e os governos não só funcionam como correias de transmissão, mas também como os agentes que preparam as leis, como as que levam ao emprego precário". Por fim, Saramago conclui: "ou a democracia transcende o poder (sai da bolha), tendo uma ação fora dela, ou vamos continuar a viver na ilusão do mundo democrático". Com a morte de Saramago o mundo certamente fica um pouco mais pobre de saber e de crítica... Dejalma Cremonese é professor do Instituto de Sociologia e Política da UFPel–RS. Site: http://www.capitalsocialsul.com.br/ E-mail dcremoisp@yahoo.com. Twitter: @cremonese68 Extraído: http://ow.ly/23Bep .

quinta-feira, 24 de junho de 2010

UM CONTO

A Maçonaria Por Jorge Medauar Diziam que lá dentro havia uma mesa grande, coberta de pano preto, com um caixão de defunto em cima. Espadas cruzadas nas paredes, caveiras. As cortinas das portas e janelas eram roxas. Também havia um bode solto, de cavanhaque pontudo, que rondava pela casa: era o diabo disfarçado de bode. De noite, corujas ficavam empoleiradas pelos vãos do telhado. Pelo lado de dentro, os morcegos voavam cegos, para chupar o sangue do morto estendido em cima da mesa. Uma casa misteriosa, mal-assombrada. Só entravam ali homens que tinham costeletas compridas, sobrancelhas grossas, olhos brilhantes. Corcundas, velhos de capote preto. Os meninos passavam longe, tinham medo de se aproximar até mesmo do muro. Do lado de fora eram vistas as manchas das paredes, os rombos no reboco. Por cima dos muros caminhavam trepadeiras bravas, plantas com espinhos. Havia até, para o fundo do quintal, uma cacimba abandonada, com matos fechando a boca. O mamoeiro-macho nunca dera fruto. No tempo de laranja, fazia gosto ver as laranjeiras carregadas, as laranjas maduras cobrindo os ramos. Mas quem tinha coragem de colher uma? As pessoas que moravam por perto afirmavam que nunca viram nenhum passarinho bicando uma fruta daquele quintal. A casa era mesmo de fantasmas. Em noites fechadas, de sem lua, ouviam gemidos vindos de dentro, subindo da cacimba. Os gatos arrepiavam os pêlos, disparavam na carreira. Cachorro gania, latia para o vento, arreganhava a dentuça, como se estivesse vendo visagem. Diz que no fundo da cacimba afogaram um homem. E que de noite sua alma subia, rondava por dentro do muro, querendo sair. O cadeado da corrente do portão vivia fechado. Só em noites de reunião é que abriam as portas, acendiam as velas socadas nos castiçais. Os homens vestiam capas, arrodeavam a mesa com o caixão de defunto, falavam baixo. A casa estava fechada há muito tempo. Os matos subindo pelo muro, as paredes descascadas, um pedaço de muro arriado. Os meninos sabiam que lá funcionava a Maçonaria. Fora fechada por força do bispo, que tudo fizera para acabar com aquela obra dos infernos. Durante certo tempo alguns mata-cachorros ficaram na porta, vigiando para não deixar ninguém entrar. Depois, nunca mais precisaram guardar nada: a casa virou mal-assombrada. Ninguém era besta de entrar nos seus corredores, nas suas salas, nos seus quartos. Um dia, os meninos resolveram pular o muro, arrombar a porta do fundo, entrar pela casa adentro. Era preciso muita coragem. Antes de entrar, amarraram apostas para ver quem ia na frente. Com pouco, todo mundo se sentiu corajoso. Todo mundo quis ir. O trabalho maior era escolher as pessoas. Edson era o chefe. Debaixo de suas ordens, os meninos faziam tudo. Quando Lourdes quis entrar no grupo, Edson afastou-a: - Menina não entra em negócio de homem não. - Mas eu vou, nem que você queira nem que você não queira. A Maçonaria não é sua. É mais minha do que sua. Meu pai era de lá. Depois que informara, Lourdes passou a ser vista com mais respeito. Queriam que ela perguntasse ao pai como era, como não era. Se tinha mesmo diabo disfarçado em bode, que palavras mágicas precisariam dizer para espantar os mistérios. Lourdes inchava, se metia no meio dos meninos. Cada vez que vinha, para discutir planos, trazia uma nova informação: o pai dissera que era preciso repetir três palavras na hora de entrar. Para afastar o bode, era preciso tirar da parede uma espada, riscar o chão, esconjurar o pai de chiqueiro. O bode daria uns pinotes, bufaria, fungaria pelo chão até desaparecer. Na hora de desaparecer e virar diabo, estourava uma nuvem de enxofre, envolvendo o demônio, para que ninguém o pudesse ver Os meninos arregalavam os olhos, ficavam ouvindo as palavras de Lourdes. - Tu falou mesmo com seu pai? - perguntavam. - Falei, sim. Ele me disse mais: que tem um porão por debaixo do soalho. Lá no fundo tá cheio de caveira, queixada de burro, sapo-boi, cobra venenosa. Enquanto Lourdes ia trazendo informações, os meninos iam adiando o assalto. Edson às vezes duvidava, dizia que negócio com menina no meio não dava certo. E, se uma alma pegasse Lourdes pela saia? Homem não tinha saia, era mais fácil pular muro, sair correndo desembaraçado na hora da precisão. Uma vez - contou - sua irmã foi com ele para um assalto nas goiabeiras do lado de lá do rio. O homem das goiabas viu de longe os meninos empoleirados nos galhos, colhendo feito macaco. Panhou sua espingarda, encheu até à boca de sal, andou por detrás dos matos. Quando chegou bem de junto, cascou fogo. Todo mundo desceu com a bunda ardendo, danou-se na carreira desembestada pelo meio dos carrapichos, dos espinhos, dos galhos de ponta. No meio da carreira, a irmã ficara embaraçada no arame da cerca, pedindo pelo amor de Deus que a acudissem. O homem da goiabeira apanhou-a. E foi assim que ficou sabendo quem era o cabeça da traquinagem. O banzé, na hora que chegara em casa, foi maior do que o fim do mundo. Por isso não queria nenhuma menina no meio, no dia que fosse à Maçonaria. Cada um já tinha sua arma: Zebinho arranjara um facão Jacafé, novinho em folha, tirado da loja do pai. O filho do gringo tinha um canivete Corneta, dos grandes, de duas folhas. Miguel tinha um bodoque construído com elástico de roda de automóvel. Edson, que era o chefe, tinha um punhal de ponta, com lâmina de palmo e meio. E Lourdes? - Cadê sua arma? - perguntava Edson. Lourdes abaixava a cabeça, se sentia reduzida. Mas depois criava coragem, enfrentava os meninos. Dizia: - Apois vou na frente, abrindo caminho, sem arma na mão. Não tenho medo de coisa nenhuma: vocês todos têm. Ninguém aí é mais homem do que eu não, ouviu? Aí os meninos caíam na pagodeira. Quá, quá, quá. Oxente! Era só o que faltava, uma menina querer ser mais homem do que eles! Ai, meu Deus! Se pudessem, iam mostrar uma coisa a Lourdes. Não mostravam porque não podiam. Tome - empinavam a banana. - Vá pra sua casa, menina. Não seja tola - pedia o chefe. Edson outra vez tomava as rédeas do grupo, conduzia os meninos para onde bem quisesse. Mas Lourdes voltava de novo. Sabia onde se reuniam, por mais que vivessem trocando de lugar. Chegava, entrava no meio do grupo, ia dizendo coisas que seu pai contara. Os meninos arregalavam os olhos, ouviam em silêncio Um dia, Edson decidiu reunir o pessoal no outro lado do rio. Combinaram tudo, chegaram na hora marcada. Lourdes nunca que haveria de descobrir o ponto. Ali poderiam discutir o plano todo, organizar os que iriam na frente, abrindo caminho, e os que iriam atrás, fazendo a cobertura. Alguém teria que ficar no muro, vigiando de cima. Um na porta da frente, um de junto da cacimba, os outros por dentro, vasculhando a casa. Estavam assim, por debaixo do cacaueiro, quando ouviram barulho de passos pelas folhas do chão. Edson arrepiou os cabelos, os outros ficaram de orelha em pé. Zebinho fez "psiu", com o dedo na boca. Escutaram o silêncio, os ouvidos apurados, esperando. Os passos aquietaram nas folhas secas. Que seria, que não seria? - Só se for a doida da Lourdes - disse Miguel em voz baixa, já com seu bodoque preparado para o que desse e viesse. Com pouco mais, perceberam que os passos continuavam. Agora se aproximavam. Todos prepararam as armas. Zebinho foi o primeiro a gaguejar. Depois, o próprio Edson quis falar, a palavra embolou, não saiu: ninguém ficou sabendo a ordem que queria dar. Quando os passos se aproximaram ainda mais, ouviram um fungar forte: um bode foi entrando por onde estavam, seguindo seu caminho pelo meio do cacaueiro. No que viram o bicho, danaram-se - cada um para um lado, pulando por dentro do rio. Depois que o bode passou, um olhou para a cara do outro, pouco a pouco foram se agrupando de novo. Estavam novamente no esconderijo, quando viram Lourdes: vinha chegando pelo mesmo caminho que trouxera o bode. - Que foi, minha gente? - perguntou. - A gente viu um bode preto, de cavanhaque pontudo, no meio do cacaueiro - informou Edson. - Ficamos espiando de longe, vigiando e, na mesma hora, ninguém mais viu o bicho: sumiu feito fumaça. Lourdes contou que uma vez seu pai dissera que o bode da Maçonaria costumava sair: era o Cão que vagava pelo mundo, atentando os outros. Se metia mesmo pelo meio do mato. Preferia o cacaueiro. Num lugar qualquer, que só ele sabia, arriava a pele no chão e corria o mundo com corpo de gente. Era encantado para o mal. Quando encontrava um tabaréu de alma fraca, parava, assuntava, conversava, pedia um pau de fósforo para acender o cigarro. Na hora que o homem dava o fósforo, o Cão desencantava, virava demônio mesmo e vupte! - fisgava o homem com o garfo de pontas. Um horror. Fazia muito isso com meninos, oferecendo doces, bombom - coisas de dar água na boca. Só por via de um rosário bento o Cão estuporava. Quem não tivesse medalhinha de santo, rosário, bentinho, ai meu Deus! - nem queria pensar. Melhor era procurar o bode. Se tivesse sumido mesmo, conforme falaram, só podia ser o Cão - acentuou. Todos obedeceram. Entraram pelo cacaueiro, bateram aquilo tudo, as armas preparadas. Se vissem o bicho, a fuzilaria ia ser pesada. Lourdes na frente, vasculhando o caminho. Cadê o bode? - cada um perguntava. Ninguém via nada, nem rastro. Foi aí que Lourdes falou: - Vamos cercar ele na porta da Maçonaria. - Vambora - responderam. Lourdes sempre na frente, comandando o grupo. Quando passaram por sua casa, seu pai, que estava na porta chamou: - Venha cá, sua moleca. Os meninos foram atrás. Era sua companheira: não iam deixar que fosse só. O velho estava com uma cara de fazer medo, revirando o charuto nos dentes arregaçados. Lourdes ia murcha, arrastando os passos, de cabeça baixa. Não estava com nenhum pingo de medo do carão que o pai por certo lhe daria. Mas seguia pedindo a Deus que abrisse um buraco em sua frente, para nele se enterrar, sumir, antes que alguém perguntasse ao velho pelo bode, pelas palavras mágicas, pelas coisas misteriosas da Maçonaria. Jorge Medauar (1918-2003) Extraído: http://ow.ly/22VAS .

COMBATE AO RACISMO

O Estatuto e a tentativa de negação do racismo no Brasil
Senhor Presidente, senhoras e senhores deputados, Após uma década de tramitação no Congresso Nacional, o projeto de lei (PLS 213/03), do senador Paulo Paim, que tem o objetivo de combater a discriminação e resguardar os direitos étnico-raciais da população negra, foi aprovado na última semana no Senado. Parcela significativa do movimento negro, no entanto, não comemorou a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. A razão é tão simples quanto lamentável: a versão aprovada, proposta pelo senador Demóstenes Torres, vai contra tudo o que estava como premissa básica no cerne original da proposta. Tanto que, antes de sua aprovação, dezenas de organizações encaminharam uma mensagem aberta aos senadores propondo a retirada do projeto da pauta. Onde está um dos principais problemas do texto? No não reconhecimento do racismo como advindo de um processo de escravização e violação da liberdade de vários povos africanos. Portanto, no não reconhecimento da dívida histórica do país com sua população negra. Por isso, a versão aprovada, fruto de uma negociação entre setores que compõem a base governista com o DEM, não permite sequer que medidas compensatórias e/ou afirmativas sejam implementadas para reparar todas as desigualdades oriundas do racismo brasileiro. Se há pontos positivos no texto, como o ensino da história e cultura áfrica e da população negra no Brasil em todas as esferas de ensino público ou privado (já garantido pela Lei 10.639/2003); a multa e interdição de sites racistas; a criação de uma ouvidoria pública para o recebimento de denúncias; o livre exercício religioso de matriz áfrica e a liberação de assistência religiosa aos seguidores em hospitais, por outro lado ficaram de fora do Estatuto todos os tipos de cotas: para escolas, para trabalho, em publicidade e em partidos políticos. Para aqueles que são contrários às cotas raciais nas universidades, o acesso ao ensino superior deve se fazer com base no princípio da meritocracia, ignorando a brutal desigualdade presente na vida escolar de um estudante negro e negando que haja mérito nos processos de seleção dos programas de ação afirmativa – que já comprovaram, em inúmeras pesquisas, que os alunos cotistas atingem desempenho equivalente ou superior aos demais alunos, quando superado o gargalo do vestibular. Na área da saúde, uma das perdas mais significativas. O texto aprovado teve suprimida a obrigatoriedade do registro da cor das pessoas nos formulários de atendimento e notificação do Sistema Único de Saúde e a necessidade de pactuação entre União, Estados e Municípios para a descentralização de políticas e ações em saúde da população negra. Em 2006, no entanto, o Conselho Nacional de Saúde já havia aprovado por unanimidade a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que foi pactuada pelos entes federados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), segundo preceitos legais para a gestão de políticas no campo da saúde. Ao retirar do Estatuto mecanismos centrais desta política, os senadores ignoraram indicadores importantes. Hoje, no Brasil, a taxa de mortalidade materna de mulheres negras é seis vezes maior do que a de brancas. Segundo Jurema Werneck, Coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde da População Negra do Conselho Nacional de Saúde, com base em dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2006, o número de homicídios da população negra aumentou de 24.763 vítimas de para 29.583. Enquanto isso, a freqüência de mortes de pessoas brancas pela mesma causa caiu de 18.712 para 15.578 no mesmo período. Ou seja, os homens negros, especialmente os jovens, são 2,2 vezes mais vítimas de homicídios do que os brancos. Para as mulheres negras, a taxa é 1,7 vezes maior do que para as brancas. Tudo isso acompanhado de maiores taxas de mortalidade infantil para crianças negras, cuja diferença em relação às brancas também aumenta. Na questão quilombola, há um reconhecimento da cultura e a previsão de criação de linhas de crédito específicas, mas o essencial, a titulação das terras, não foi garantido. Ou seja, ao longo da tramitação, o texto foi desconfigurado, esvaziado e destituído substancialmente de seu potencial transformador, numa tentativa conservadora, que avança em nosso país com a contribuição dos meios de comunicação de massa, de acabar com o debate público sobre a existência do racismo no Brasil e, assim, manter a desigualdade histórica, muitas vezes transformada em privilégio, dentro de nossa sociedade. Foi isso o que ouvimos, por exemplo, na cobertura midiática sobre as cotas nas universidades e sobre o próprio Estatuto. Propagaram para a opinião pública a idéia de que a nova lei terminaria por “racializar” a sociedade brasileira, como se a idéia de raça, da superioridade branca e inferioridade negra não tivesse fundado o Brasil desde a colônia. Portanto, senhor Presidente, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial desta forma, como se deu no Senado, apesar de trazer avanços pontuais, em seu conjunto significou uma derrota para a população negra. Reafirmamos então nosso compromisso com a luta do movimento negro pelas ações afirmativas e por políticas públicas que combatam o racismo estrutural e institucional que marca nossa sociedade. Sem isso, seguiremos uma nação dividida pela cor da pele e marcada, para sempre, pela desigualdade. Muito obrigado. Ivan Valente Deputado Federal PSOL/SP Extraído: http://ow.ly/22Vqy .

ACELERA A PIRÂMIDE SOCIAL

Bilionários ficaram mais ricos em 2009 Segundo um relatório da Merrill Lynch sobre a riqueza mundial, o número de pessoas que, no mundo, tem mais de um milhão de dólares para investir aumentou e a sua riqueza cresceu 18,9%. Os 0,15% mais ricos do planeta ganharam mais 18,9% em 2009 - Bolsa de Nova Iorque, foto da Lusa (arquivo) O banco Merril Lynch e a consulta francesa Capgemini publicaram o 14º relatório sobre a riqueza mundial, com os dados de 2009. Segundo esse relatório, o número de pessoas que tem mais de um milhão de dólares em activos de investimento aumentou 17,1% em 2009. São dez milhões de pessoas, cerca de 0,15% da população mundial, cujas fortunas aumentaram 18,9% em 2009 para 39 biliões de dólares. Em 2007 o montante global era de 40,7 biliões de dólares e em 2008 de 32,8 biliões de dólares. Segundo Nick Tucker, director do Merrill Lynch, “enquanto que em 2008 houve um declive económico sem precedentes, em 2009 já se avistaram sinais de recuperação e algumas áreas do mundo regressaram aos níveis de 2007”. De acordo com Tucker, a área onde os índices de riqueza mais cresceram em 2009 foi a Ásia Pacífico. A população mais rica desta região aumentou 25% em número e as suas fortunas cresceram 30,9%. Na América Latina a população mais rica aumentou 8,3% e a sua riqueza subiu 15% em 2009. A maior concentração de população rica está, no entanto, em três países (Estados Unidos, Japão e Alemanha) que detêm 53,5% das maiores fortunas mundiais. Só nos Estados Unidos encontram-se 31% das maiores riquezas mundiais. Extraído: http://ow.ly/22VdT .

quarta-feira, 23 de junho de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 77. II Orra vida, não tenho mais onde ir. Que neguinha me quer? Então fico na rua e tal. E fico zoando. Estou pra tudo. Pra morrer, pra matar. Certo? Muita sorte que não morreu. Um dia falei pra uma irmã: “Fiz umas artes aí e tal”. “você fez, pô?”, ela disse: “Que se dane, pô.” Mulher não tem pena. Ta ligadão? Mata o babaca de pouquinho. Mata quanta vez ela pode.

CADERNOS DE SARAMAGO

"Publicarei sempre que possível um texto do mestre do realismo fantastico na literatura, o prêmio Nobel e comunista José Saramago. Os textos quase todos crônicas, são originalmente do blog do escritor, http://caderno.josesaramago.org/ ."
Palavra
O mais certo é ser a palavra o melhor que se pôde arranjar, a tentativa sempre frustrada para exprimir isso a que, por palavra, chamamos pensamento. In O Ano da Morte de Ricardo Reis, Ed. Caminho, 6ª ed., p. 217 (Selecção de Diego Mesa)

ISRAEL COMBATE MOÇÃO DE VEREADOR

Embaixada de Israel critica moção de Ronei 23/06/2010 - 05:09 Autor: Nani Camargo Ronei: autor de moção e polêmica com a Embaixada de IsraelUma moção de apelo feita pelo vereador Ronei Martins (PT) - que a princípio parecia não ter efeito algum - repercutiu em Brasília, com impacto até mesmo nas relações exteriores. O caso se refere aos ataques a um navio turco que seguia até a Faixa de Gaza ocorridos em 31 de maio deste ano, quando 10 pessoas morreram e várias ficaram feridas. Após o incidente, Ronei apresentou na Câmara de Limeira uma moção de apelo ao Estado de Israel para que fosse realizado o desbloqueio dos acessos à Faixa de Gaza, com o objetivo de se permitir a entrega de ajudas humanitárias para a população palestina. O petista criticou os ataques e a conduta governamental de Israel ao impor o isolamento de Gaza. A moção foi aprovada pela Câmara. Ao ser informada sobre o caso - quando do recebimento da moção -, a Embaixada de Israel no Brasil, que fica em Brasília, respondeu ao vereador. O Jornal de Limeira teve acesso à carta, assinada pelo embaixador Giora Becher. "Em primeiro lugar, lamentamos muito receber sua manifestação (...). Queremos também expressar o nosso mais profundo pesar pelas vítimas desse confronto", escreveu o embaixador, logo no início da carta. No documento, Becher faz a defesa de Israel e remete ao passado para explicar os conflitos. "Em 2005, Israel implementou seu plano de desengajamento, retirando completamente as Forças israelenses e civis da Faixa de Gaza. Enquanto Israel tinha a esperança de que esse desligamento pudesse servir para melhorar as relações com seus vizinhos, ocorreu justamente o contrário: o Hamas, uma organização conhecida por sua ligação com o terrorismo, tomou o controle da Faixa de Gaza e deu início a uma série de ataques com foguetes contra civis israelenses", declarou ele. O embaixador apontou que, entre os "instrumentos legais para conter o contrabando de armas e proteger seus cidadãos de ataques, Israel buscou o bloqueio marítimo". Sobre o incidente do dia 31 de maio, Becher afirmou que os tripulantes do navio não tinham objetivos pacíficos. "Os ativistas evidenciaram em entrevistas na televisão turca que se Israel tentasse impor o bloqueio marítimo, encontraria uma oposição violenta. Foi colocado por um dos ativistas que a missão não se tratava de entregar suprimentos humanitários e sim romper o cerco de Israel", apontou o embaixador. Bevher citou ainda que houve várias tentativas de se dialogar com os organizadores da missão e, sem sucesso, os soldados israelenses, "infelizmente foram obrigados a agir em legítima defesa", escreveu ele. Brasília, 22 de Junho de 2010. Prezados Senhores, Em primeiro lugar, lamentamos muito receber sua manifestação com relação aos eventos ocorridos na madrugada do dia 31 de maio entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a flotilha que seguia em direção à Faixa de Gaza. Queremos também expressar o nosso mais profundo pesar pelas vítimas deste confronto. Em 2005, Israel implementou seu "plano de desengajamento", retirando completamente as Forças israelenses e civis da Faixa de Gaza. Enquanto Israel tinha a esperança de que este desligamento pudesse servir para melhorar as relações com os seus vizinhos, ocorreu justamente o contrário: O Hamas, uma organização conhecida por sua ligação com o terrorismo, tomou o controle da Faixa de Gaza e deu início a uma série de ataques com foguetes contra civis israelenses. É importante ressaltar que Gaza é controlada por uma organização terrorista que recusa reconhecer o direito de Israel de existir e declara abertamente que vai continuar a luta terrorista armada contra Israel. Até hoje, o Hamas disparou mais de 10.000 foguetes contra alvos civis em Israel. O armamento pesado usado nestes ataques foi contrabandeado para Gaza por terra e por mar. Mencionamos o episódio com o Karin A, no qual a marinha israelense interceptou mais de 50 toneladas de armamento avançado que seriam entregues para o regime do Hamas em Gaza, comprovando a existência de contrabando marítimo. Israel, como Estado democrático, busca instrumentos legais para conter o contrabando de armas e proteger os seus cidadãos de ataques. Um dos instrumentos disponíveis sob a lei internacional é justamente o bloqueio marítimo. Israel, encontrando-se em uma situação de conflito armado com o Hamas, optou em aplicar estas medidas legais. Um bloqueio naval é um instrumento legitimo e reconhecido pela lei internacional. De fato, outros bloqueios foram impostos ao longo século 20, e o manual naval de vários países reconhecem os bloqueios marítimos como uma efetiva medida legal disponível diante de conflitos armados com organizações terroristas. Israel cumpriu todas as suas obrigações sob a lei internacional, fornecendo a devida notificação da existência do bloqueio e as exatas coordenadas através de canais marítimos profissionais, portais oficiais do governo e canais diplomáticos; executando o bloqueio de forma efetiva e imparcial desde a sua implementação; não impedindo o acesso a portos e costas de estados neutros; e fornecendo um corredor terrestre alternativo para a transferência dos bens humanitário, da mesma forma como 15.000 toneladas de ajuda humanitária chegam a Faixa de Gaza semanalmente. É importante ressaltar que os ativistas que participaram da flotilha evidenciaram anteriormente em entrevistas na televisão turca que se Israel tentasse impor o seu bloqueio marítimo, encontraria uma ôoposição violentaõ. Como colocado por um dos ativistas, "Esta missão não se trata de entregar suprimentos humanitários. Ela tem por objetivo romper o cerco de Israel" (Greta Berlin, AFP, 27 de maio). Os tripulantes dos barcos foram avisados sobre o bloqueio em várias oportunidades, em tempo real, por soldados da marinha israelense, e informados que se o barco não mudasse a sua rota, medidas legais seriam tomadas. Estes ativistas devidamente informados sobre os direitos e intenções de Israel de aplicar o bloqueio. Israel esperava atuar de forma ordenada, como nas bem sucedidas missões anteriores de bloqueio. Em cinco dos seis barcos que participavam da flotilha de 30 de maio não houve resistência violenta. As medidas tomadas por Israel foram aplicadas de forma pacifica. No entanto, no barco em que os soldados israelenses foram recebidos com violência, eles foram, infelizmente, obrigados a agir em legitima defesa. Nossa política é simples: qualquer mercadoria, qualquer ajuda humanitária para Gaza, pode entrar. O que queremos evitar é a entrada ilegal de materiais bélicos. A Marinha Israelense solicitou à flotilha - que não era uma flotilha pacífica que seguisse com seus carregamentos para o porto de Ashdod. Foram informados de que a carga seria examinada e permitida a entrada de bens (que seguiriam por terra para Gaza), que não fossem armas ou materiais de blindagem para o Hamas. Todo Estado tem o direito de inspecionar cada navio que entra ou pretende entrar em seu território. Infelizmente, todas as tentativas de Israel para dialogar e alcançar um entendimento com os organizadores da flotilha foram rejeitadas durante o período de negociação. Foram realizados por vários dias contatos com o governo turco, com diversas organizações, através de canais oficiais e não oficiais, buscando uma solução para o impasse. Lembramos também que todas as solicitações de Israel aos organizadores do movimento e ao Hamas para que fosse autorizada a entrada da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza, com objetivo de visitar e atender o soldado israelense, Gilad Shalit, seqüestrado há quatro anos pelo Hamas foram negadas. Organizações terroristas constantemente criam novos métodos de combate. O desafio encarado por Israel e outras democracias é de como, dentro dos limites, lutar contra o terrorismo que cinicamente ignora a lei. O recente bloqueio realizado por Israel honra o direito internacional. Atenciosamente, Sr. Giora Becher Embaixador de Israel no Brasil Extraído: http://ow.ly/226wx .

terça-feira, 22 de junho de 2010

ARRAÍ DE SÃO JOÃO EM COSMÓPOLIS

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 76. I Eu? Nove lances, eu? É mentira da moçada. Uma delas grávida? O que eu tenho são três assinados. Não sei dizer, não. Sempre que estou na rua, eu bebo. Um bagulho aí. Conhaque . Puxo um baseado, certo? Mais umas cervejas. Umas caipirinhas, tudo misturado. Aí fico meio doidão. Nada pra fazer. Já fui servente e saí, ganhava pouco. Na batalha de outro e tal. Aí não arrumei. Pra casa da mãe eu não vou. Muito mordida, essa bruxa. Não sabe se cuida de tanto filho. Eu fico zoando.

CADERNOS DE SARAMAGO

"Publicarei sempre que possível um texto do mestre do realismo fantastico na literatura, o prêmio Nobel e comunista José Saramago. Os textos quase todos crônicas, são originalmente do blog do escritor, http://caderno.josesaramago.org/ ."
Coisas feitas
No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e que é que estamos fazendo e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade. “Somos sobretudo a memória que temos de nós mesmos”, La Provincia, Las Palmas de Gran Canaria, 20 de Julho de 1997 [Entrevista de Mariano de Santa Ana]

A MÍDIA PARTIDÁRIA

A imprensa legitimadora Mesmo com a investigação sob sigilo, mídia levanta hipóteses para “justificar” chacina contra os moradores de rua Marcio Zonta de São Paulo (SP) Das sete vítimas da chacina contra moradores de rua ocorrida na madrugada de 11 de maio, no bairro do Jaçanã, no limite entre São Paulo e Guarulhos, apenas uma mulher sobreviveu. Segundo o delegadoLuiz Fernando Lopes Teixeira, da 3ª Delegacia de Homicídios Múltiplos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, trata-se de uma moça branca de 25 anos. Segundo informativo lançado pelo Movimento Nacional da População de Rua, três vítimas – até o momento, ainda não identificadas – eram jovens cuja faixa etária aparentava variar entre 25 e 35 anos; dois eram de cor parda e um de cor branca. As demais vítimas já identificadas são: Reinaldo Rodrigues Ananias (pardo, idade variando entre 25 e 30 anos), Adriano de Jesus (cor parda, 25 anos) e Manoel do Nascimento Batista Cerqueira de Jesus (negro, 25 anos, provável morador de um conjunto habitacional Cingapura). Segundo os depoimentos das primeiras testemunhas ao DHPP, as vítimas sofreram vários disparos efetuados por quatro homens em duas motos. Os criminosos usavam capacetes e fugiram em alta velocidade, dificultando a identificação. Mídia Mesmo que o delegado Teixeira mantenha a investigação em sigilo, o noticiário sobre os assassinatos “revelou” que o local do ocorrido seria um ponto de tráfico de drogas e que haviam sido achados cachimbos de crack e um pó branco, que poderia ser cocaína a ser utilizada pelas vítimas. Outras versões cogitaram, ainda, que os moradores de rua teriam sido mortos por vingança, por estarem cometendo pequenos roubos e furtos e incomodando outras pessoas. Na opinião de Átila, ex-morador de rua e um dos coordenadores do Movimento Nacional da População de Rua, a cobertura da imprensa sobre a chacina é preocupante. “A imprensa procura a conotação sensacionalista. Ela não enfoca que outros níveis econômicos da sociedade, por exemplo, também usam crack, e justifica a violência contra os moradores de rua porque eles são alcoólatras ou usam drogas”, observa. Átila concorda que muitas pessoas habitam a rua devido a problemas com drogas, mas, “daí, dar esse desfecho, de matar em vez de tratamento, não é o certo”. “Massacram vidas humanas em nome disso. Justificam a repressão policial e não colocam que isso seria um caso de tratamento de saúde, de se criar clínicas públicas de recuperação que os tragam os moradores de rua viciados em drogas] de volta ao convívio social e familiar, dignamente”, conclui. Extraído: http://ow.ly/21EbC .

AÇÕES GOVERNAMENTAIS

RESULTADO DA ORDEM DO DIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LIMEIRA Sessão Ordinária 21 de Junho de 2010 I – Redação Final do Projeto de Lei n°168/10, de autoria do Vereador Paulo Cézar Junqueira Hadich, que perpetua o nome de Célia Thereza de Oliveira Levy "Tia Celinha", à Rua 11 do Jardim Porto Real IV, no município de Limeira. (Aprovado) II – Redação Final do Projeto de Lei n°169/10, de autoria do Vereador Paulo Cézar Junqueira Hadich, que perpetua o nome do Escrivão Ronaldo Rangel Nilsson à Rua 02 do Jardim Porto Real IV no município de Limeira. (Aprovado) III – Redação Final do Projeto de Lei n°170/10, de autoria do Vereador Paulo Cézar Junqueira Hadich, que perpetua o nome de Delmira da Silva de Oliveira “Vó Miruca” à Rua 01 do Jardim Porto Real IV no município de Limeira. (Aprovado) IV – Projeto de Decreto Legislativo n°28/09, de autoria do Vereador Antonio César Cortez, que concede o Diploma de Gratidão da Cidade de Limeira ao Ilustríssimo Estilista Dudu Bertholini, de acordo com o Decreto Legislativo n°82/89 de 14/8/89. (Aprovado) V – Projeto de Lei n°26/10, de autoria do Vereador Mário Celso Botion, que disciplina e ordena o estacionamento de veículos nas dependências dos postos de combustíveis. (Prejudicado por apresentação de emendas) VI – Projeto de Lei n°184/10, de autoria do Vereador Mário Celso Botion, que perpetua o nome da Senhora Maria Joanna de Salvi Camargo à Rua 22 do Jardim Residencial e Comercial Alto dos Laranjais no Município de Limeira. (Aprovado) VII – Projeto de Decreto Legislativo n°10/10 de autoria da Vereadora Nilce Segalla, que concede o Título de Cidadão Limeirense ao Excelentissimo Senhor Doutor Antonio Francisco Montanagna. (Aprovado) VIII – 1° Turno de Discussão e Votação da Proposta de Emenda à L.O.M. n°3/10, de autoria do Vereador Eliseu Daniel dos Santos, que acrescenta o § 8º ao art. 118 a Lei Orgânica do Município de Limeira. (Adiado por 2 sessões) Carla Pizani Depto. Assessoria de Imprensa imp_presidencia@camaralimeira.sp.gov.br 19 3404.7529 Rua Pedro

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Adeus à Turquia ou a Bem x Mal? Luiz Carlos Bresser-Pereira Folha de S. Paulo, 20.6.2010
EUA veem mundo dividido entre amigos e inimigos; é uma visão distorcida, com cada vez menos crédito
O ocidente está preocupado com a Turquia. Seus porta-vozes temem havê-la "perdido" desde que seu primeiro-ministro Recep Tayyp Erdogan se associou ao presidente Lula na proposta de intermediação entre o Ocidente e o Irã, e, em seguida, reagiu com determinação contra a interceptação violenta por parte de Israel de um barco com sua bandeira transportando manifestantes contra o bloqueio de Gaza.
A Turquia é o país mais desenvolvido do Oriente Médio. Foi um firme aliado dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, e tinha o apoio norte-americano para ser admitido na União Europeia. Entretanto, já em 2003, quando os Estados Unidos pediram autorização para que suas tropas passassem pela Turquia para invadir o Iraque, o Parlamento turco a recusou.
O que estará havendo? Os mais apressados e os bem-pensantes lembram que o partido no governo desde 2002 é um partido islâmico, ainda que moderado e democrático, e concluem que a Turquia está mudando de "eixo" e se aliando ao "inimigo islâmico".
O primeiro-ministro e todas as autoridades turcas naturalmente rejeitam a interpretação. Erdogan afirma que apenas se inquietam "aqueles que são incapazes de compreender o novo papel da Turquia e sua política externa multilateral". Ou, em outras palavras, primeiro, é preciso saber se existe um eixo do bem e outro "do mal" como afirmou o ex-presidente George W. Bush.
Essa é a questão que países de renda média, como é o caso do Brasil e da Turquia, ou também da Índia e da Argentina, rejeitam ao elaborar sua política externa e adotar uma política multilateral.
No tempo da Guerra Fria estávamos diante de dois imperialismos, mas havia uma ameaça à sobrevivência do capitalismo e da democracia que não podia ser ignorada. Hoje, não há qualquer ameaça ao capitalismo ou à democracia. E ninguém personifica o bem ou o mal.
O mundo está dividido em países ricos nacionalistas, países de renda média nacionalistas em diversos graus, e países pobres que ainda precisam realizar sua revolução capitalista ou se modernizar.
Países nacionalistas são aqueles capazes de defender seus interesses nas arenas internacionais ao mesmo tempo em que cooperam com os demais.
Para os países de renda média não existem razões para se aliarem aos países em ricos. Pelo contrário, dado o fato de que países ricos são imperialistas mesmo sem querer, pelo simples fato de serem mais ricos e poderosos, os países de renda média precisam tomar cuidado para não se tornarem deles dependentes. A experiência mostra que só com independência um país se desenvolve plenamente.
A desastrosa experiência do México é o último exemplo dos males da dependência. Depois que se associou aos Estados Unidos e ao Canadá, o México viu sua economia quase estagnar e a corrupção e a droga tomarem conta da própria política do país.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados europeus ainda continuam a ver o mundo dividido entre amigos e inimigos, entre o bem e o mal. E a buscar apoio para suas políticas identificando como inimigos os países nacionalistas de renda média -a China, a Rússia, o Irã, e agora, quem sabe, a Turquia. Essa é uma visão distorcida que merece cada vez menos crédito.
Luiz Carlos Bresser-Pereira Professor Emérito da Fundação Getúlio Vargas Globalization and Competition (Cambridge UP) Globalização e Competição (Campus/Elsevier) Mondialisation et Competion (La Découverte) www.bresserpereira.org.br .

segunda-feira, 21 de junho de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 75. Na hora de assinar, todo soberbo o velhote, no seu oclinho torto. - O meu nome, qual é? Quem mesmo sou eu?

ELEIÇÕES 2010

Em Convenção neste final de semana, PSOL confirma Paulo Bufalo como candidato a governador e Rodrigo Paixão candidato a Deputado Cerca de 400 pessoas participaram da Convenção Eleitoral Estadual do PSOL São Paulo na manhã deste sábado, 19 de junho, no Sindicato dos Professores da Rede Municipal de São Paulo, no Bom Retiro – região central. Durante o evento foi oficializada a candidatura de Paulo Bufalo pela legenda ao governo do Estado. Também estiveram presentes o deputado federal Ivan Valente, os deputados estaduais Raul Marcelo e Carlos Giannazi e o pré-candidato do partido à presidência da República, Plínio Arruda Sampaio. Com início às 10h30 o evento foi aberto com as falas de Miguel Carvalho, presidente do PSOL –SP, e dos três parlamentares que compunham a mesa. Todos enfatizaram a necessidade de organização da militância para a disputa eleitoral e ressaltaram a ampliação do espaço conquistado pelo PSOL na política brasileira, destacando a atuação do partido em nível estadual e federal. Foram homologados as candidaturas do Partido para deputado federal e estadual. A lista completa aguarda posição do PCB sobre possível aliança, mas já conta entre outros nomes com Rodrigo Paixão Paulo Bufalo
Paulo Bufalo é professor de escola técnica pública no Centro Paula Souza. Um dos mais importantes companheiros na construção e consolidação do PSOL no estado de São Paulo, é membro da executiva estadual do partido coordenando a Secretaria de Direitos Humanos, foi vereador em Campinas por dois mandatos e tem uma longa trajetória junto aos movimentos sociais, na luta por reforma agrária, no movimento sindical, na defesa da criança e do adolescente e na educação pública. Extraído: http://ow.ly/21qV0 .

JOSÉ SARAMAGO SEMPRE PRESENTE II

Adeus Saramago
O escritor e Prémio Nobel da Literatura em 1998, José Saramago, morreu esta sexta-feira aos 87 anos em Lanzarote.
“Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione como data de nascimento o dia 18”, assim começa a sua biografia inscrita no site da Fundação que tem o seu nome. Os pais do futuro Prémio Nobel emigraram para Lisboa antes que ele fizesse dois anos. Fez estudos secundários (liceais e técnicos) que, por dificuldades económicas, não pôde prosseguir. Publicou o seu primeiro livro, um romance, “Terra do Pecado”, em 1947. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do jornal Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do jornal Diário de Notícias. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias (Espanha). Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago regressou ao mundo da prosa ficcional com “Manual de Pintura e Caligrafia”. Publicaria depois “Levantado do Chão” (1980), no qual retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo. Dois anos depois surgiu “Memorial do Convento”, livro que conquistou definitivamente a atenção de leitores e críticos. De 1980 a 1991, o autor publicou mais quatro romances “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1984), “A Jangada de Pedra” (1986), “História do Cerco de Lisboa” (1989), e “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991). Nos anos seguintes, publicou mais seis romances: “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995); “Todos os Nomes” (1997); “A Caverna” (2001); “O Homem Duplicado” (2002); “Ensaio Sobre a Lucidez” (2004); e “As Intermitências da Morte” (2005). Os últimos romances publicados foram “A Viagem do Elefante”, 2008, “Caim”, 2009 Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Era casado com Pilar del Río. Em 1990, estreou no Teatro Alla Scalla de Milão a ópera Blimunda, com libreto do músico italiano Azio Corghi, baseado no romance “Memorial do Convento”. A polémica com a Igreja Católica e o veto do PSD Saramago encontrou sempre fortes críticas e oposição na Igreja Católica, ainda que o escritor tenha sempre agido usufruindo, como referia, dos seus direitos de liberdade religiosa e de liberdade de expressão. A relação de tensão com a Igreja Católica agravou-se devido à origem portuguesa de Saramago, país onde o catolicismo ainda é muito forte e discuti-lo ainda é um tabu. Devido à sua origem portuguesa e toda a influência cultural exercida pelo catolicismo em tal contexto, Saramago sentiu a necessidade de abordar a Bíblia no seu trabalho de escritor, uma vez que este texto faz parte do seu património cultural, ao contrário, por exemplo, do Alcorão, que Saramago entendeu não ser sua tarefa abordá-lo. Saramago interpreta a Bíblia como um "manual de maus costumes", referindo-se a ela como "um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana". Disse mesmo que para uma pessoa comum a decifrar, esta precisaria de ter "um teólogo ao lado". O lançamento do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", em 1991, foi bastante polémico. O longo processo de recepção da obra, do ponto de vista político-religioso, culminou com a sua saída definitiva de Portugal, para Espanha. Em 1991, Sousa Lara, o Sub-Secretário de Estado adjunto social-democrata da Cultura, vetou o livro do escritor, “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, de uma lista de romances portugueses candidatos ao Prémio Literário Europeu. Saramago entendeu o acto como “censório”. Na altura, devido a estes acontecimentos desproporcionados, Saramago chegou até mesmo a propor dois novos direitos à Declaração Universal dos Direitos Humanos: o direito à dissidência e à heresia. O lançamento de “Caim” em 2009, mesmo em pleno século XXI, despertou polémicas antigas e agravou consideravelmente a sua (não)relação com a Igreja Católica. O eurodeputado do PSD Mário David, por exemplo, falando em nome pessoal e assumindo-se católico não-praticante, disse ter vergonha de ser compatriota do escritor, escrevendo isso no seu blogue e repetindo depois nos meios de comunicação, que “Saramago devia renunciar à nacionalidade portuguesa” - tudo a propósito de “Caim” (apesar de tais declarações, o escritor esclareceu que jamais pensou em abandonar a cidadania portuguesa). Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/21qLj .

GREVE GERAL NA ÍTALIA

Itália: greve geral dia 25 de Junho O Comité de Direcção da Confederazione Generale Italiana del Lavoro (CGIL) convocou uma greve geral para 25 de Junho que durará o dia inteiro no sector público e pelo menos quatro horas no sector privado, com manifestações por todo o país. Os sindicatos têm insistido na necessidade de um imposto sobre as grandes fortunas e na luta contra a evasão fiscal. O protesto organizado pela Confederação vem responder ao "plano de ajuste" do governo italiano, repetidamente descrito pela CGLI como "injusto e errado": “O governo aprovou uma medida injusta, desigual e com as escolhas que deprimem mais e mais a economia”, diz a central sindical no panfleto que convoca a greve geral, anunciada em conferência de imprensa no passado dia 17 de Junho. O plano está “errado” porque não existem medidas de apoio ao emprego e crescimento económico, dizem os sindicatos, e é “desigual” porque divide o país fazendo recair diferentemente o custo do ajuste sobre funcionários públicos e privados, regiões, autoridades locais e sobre os cidadãos mais vulneráveis. O governo de Berlusconi optou pelo "Collegato lavoro" que, segundo a CGLI, “apenas sacrifica os trabalhadores tanto públicos como privados, os precários e os aposentados”. O plano governamental impulsionado e defendido pelo FMI e por Bruxelas, prevê um corte nos gastos públicos na ordem dos 24.900 milhões de euros durante os próximos anos. Berlusconi prepara-se para aprovar um plano de austeridade que prevê cortes no investimento regional e científico (cerca de 40%), congelamento de salários na função pública em geral e redução dos vencimentos dos juízes e dos médicos, dispensa metade dos trabalhadores precários do sector público, impede durante um ano os pedidos de reforma e estabelece que, em 2012, as funcionárias públicas verão a idade da reforma fixada nos 65 anos, baseando-se num critério sexista para limitar o direito à aposentação. A meta do governo italiano é reduzir o défice real de 5,3% para 2,7% em 2012. A Itália vem arrastando uma gigantesca dívida pública, correspondente a 116% do PIB, mas a sua notação de crédito é melhor do que a de países como Espanha, Grécia ou Portugal, graças principalmente à sua pequena dívida privada. Em 2009, o PIB italiano contraiu 5,1%, o seu menor número desde 1971, mas no primeiro trimestre de 2010, a economia cresceu 0,5%, à frente da União Europeia. Sindicatos e oposição concordam que o plano de austeridade penaliza as classes mais baixas e é condescendente com grandes fortunas, a corrupção, a economia ilegal ou evasão fiscal que escondem do Tesouro, anualmente, 120 mil milhões de euros. "Não à manobra do governo" Os sindicatos têm insistido na necessidade de um plano para incentivar o crescimento e que peça o contributo de todos equitativamente, incidindo no imposto sobre as grandes fortunas e na luta contra a evasão fiscal. A CGIL reclama pela necessidade de uma verdadeira política industrial, colocando a prioridade na defesa do emprego, crescimento e desenvolvimento e propõe um "plano especial de trabalho" com base em no investimento público e nas contribuições da nova geração em sectores estratégicos da economia, educação e investigação. Os sindicatos irão tentar uma mobilização geral da população e sairão à rua no dia 25 de Junho tendo com mote do protesto: “Tudo sobre os nossos ombros? NÂO!”. Extraído: http://ow.ly/21qEg .

ELEIÇÕES 2010

Aliança por Mercadante em São Paulo já reúne 12 partidos Link para fotos. Crédito: Cesar Ogatta www.flickr.com/photos/edinhosilva/4720127333/sizes/o/ www.flickr.com/photos/edinhosilva/4720776802/sizes/o/ Segundo Edinho Silva, presidente do PT-SP, as convenções do PCdoB e do PSDC realizadas neste final de semana mostraram militância animada com a chapa forte construída em São Paulo: Mercadante ao Governo; Marta e Netinho ao Senado O PCdoB e PSDC realizaram convenções na capital paulista nesse final de semana e oficializaram apoio à candidatura de Mercadante ao governo do Estado. O PCdoB reuniu a militância no anfiteatro da UniNove, na região central. Presente no evento, Aloizio Mercadante lembrou que o Partido Comunista é um aliado histórico, tanto do PT quanto dele próprio. Na convenção, também foi oficializada a candidatura de Netinho de Paula ao Senado, além do apoio a Marta Suplicy para a outra vaga a ser preenchida neste ano. Netinho e Marta discursaram e defenderam Mercadante no Palácio dos Bandeirantes, para acabar com a “estagnação” vivida por São Paulo nos últimos 16 anos. Eles lembraram que a educação pública está em frangalhos, a segurança pública desamparada e que os paulistas pagam os maiores pedágios do mundo. Netinho lembrou ainda da intransigência do governo tucano, que “sequer recebe parlamentares e prefeitos de oposição para conversar”. Para Edinho Silva, presidente do PT paulista e ex-prefeito de Araraquara, que esteve no evento, essa é a chapa mais forte já construída no estado de São Paulo e as condições de vitória nunca foram tão reais pela aliança política histórica realizada. Segundo o dirigente petista, esse foi uma caminhada que teve início ainda em 2009. Várias reuniões com partidos aliados do Governo Lula foram realizadas a fim de discutir um projeto alternativo para o estado. “Estamos desde setembro do ano passado construindo um campo partidário onde a principal proposta era discutir eleições e um projeto alternativo para o estado. Esse campo partidário é fruto dessa construção, desse diálogo. Estamos todos juntos para colocar o estado na mesma sintonia do Brasil e para avançarmos nas transformações implementadas pelo Governo Lula”, disse. No sábado também, quem confirmou apoio a Mercadante foi o PSDC, representado pelo seu presidente nacional, José Maria Eymael. Apesar da candidatura própria à Presidência da República, o Partido Social Democrata Cristão acertou a participação na candidatura petista ao governo paulista. A candidatura de Aloizio Mercadante será oficializada no próximo sábado, dia 26, durante a convenção estadual do PT, no Expo Center Norte. Além do PT do B, PSDC e do próprio PT, outros nove partidos integram a aliança por Mercadante no governo estadual: PDT, PTN, PRP, PRTB, PT do B, PR, PRB, PTC e PPL. Em 2006, Mercadante disputou em São Paulo numa coligação de três partidos – PT; PCdoB e PR. Acesse: www.edinhopt.com.br

DICA DE CD

Érika Martins - Curriculum Cantora e compositora que está no mercado há 15 anos, desde que fundou em Salvador a banda Penélope, Érika Martins celebra com este CD ´Curriculum` seus 10 anos de carreira no mercado fonográfico. A história começa em 1999, quando o Penélope lançou seu CD de estreia, e vai até o final de 2009, quando Érika gravou uma faixa inédita para esta compilação. ´Curriculum` reúne pela primeira vez os principais sucesso da banda Penélope e também todas participações especiais de Érika em discos dos amigos Raimundos, Herbert Vianna, Autoramas, Lafayette & Os Tremendões etc, além de trazer as participações especiais de Wanderléa, Samuel Rosa (Skank) e Arnaldo Antunes em seus discos. Há gravações solo de Érika em projetos em homenagem aos Beatles e, por fim, sua novíssima gravação para ´Waiting For My Song` - famoso tema do comercial de TV do Mercado Livre, já um hit nos shows da cantora nas últimas semanas. REPERTÓRIO DO CD: 01 - Holiday 02 - Namorinho de Portão 03 - A Mais Pedida - com Raimundos 04 - In Between Days - com Herbert Vianna 05 - Não Vou Ser Má - com Wanderléa 06 - Caixa de Bombom 07 - Educação Sentimental II - com Biquíni Cavadão 08 - Continue Pensando Assim - com Samuel Rosa 09 - Superfantástico - com Arnaldo Antunes 10 - She Loves You - com Telecats 11 - Let Me Sing, Let Me Sing - com Autoramas 12 - A Fórmula do Amor - com Avellar Love 13 - Pare O Casamento - com Lafayette & Os Tremendões 14 - Deveras - com Dândi 15 - I Will 16 - Goodbye 17 - Waiting For My Song 18 - Só Penso No Meu Bem - com Ecos Falsos Produção executiva: Marcelo Fróes RESERVE LOGO O SEU!!! http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3046831/curriculum/?ID=BB6923867DA06111023260656&PAC_ID=18659

O CHORO DO COREANO

Chorar, e não ter vergonha...
A Coreia do Norte foi, na última década, demonizada pelas potências mundiais por motivos, politicamente, justificáveis: tem um regime fechadíssimo, é considerada ditadura totalitarista, volta e meia desafia a comunidade internacional com um míssel aqui, outro ali, tem ambições atômicas e realimenta constantemente o desentendimento que a distancia do país-irmão do sul. Paro por aí, porque este não é um texto para discutir se o ditador Kim Jong-Il é um maluco pronto a mandar pelos ares quem não segue sua cartilha. Odiada pelas lideranças mundiais, foi a Coreia do Norte quem acolheu o responsável pelo momento mais emocionante desta que, até aqui, tem tudo para ser a mais fria (do ponto de vista climático ao futebolístico) de todas as Copas do Mundo. Leia mais aqui: http://ow.ly/21pJu .

CANÇÕES A L'ACARTE- NOITE DO ROCK

BONUS DESCONTO
IMPRIMINDO BONUS DESCONTO E ENTREGANDO NA PORTARIA DO TEATRO VITÓRIA VOCÊ SÓ PAGARÁ R$ 3,00 NO EVENTO NOITE DO ROCK - DIA 14/07/2010 Entre aqui para conseguir o Bônus: http://ow.ly/21ok1 .

domingo, 20 de junho de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 74. - Bêbado, ele me bate sem dó. Fica doidão, quer fazer de tudo. Se resisto, apanho mais ainda. Ai, meu Jesusinho. Então abro as pernas. Uma vela oferecida para as almas do purgatório.

sábado, 19 de junho de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 73. O pai, cabecinha branca e tremula: - Sim, meu filho. Almocei bem. Arroz com...qual é? Esse bichinho... - Arroz com formiga? - Não, não. - Arroz com gafanhoto? - Não. - Arroz com mosca? - Não. - Ah, então deve ser camarão frito. - È, sim. Isso mesmo.