Moradores da zona rural apóiam guardas em greve
Os guardas municipais de Limeira em greve realizaram nesta terça-feira, dia 25, às 9h, uma manifestação no Bairro dos Pires, logo na entrada do bairro, em protesto à falta de negociações com a prefeitura e a falta de monitoramento no local. A manifestação contou a presença moradores e representantes de associações de moradores dos bairros dos Pires, Pinhal, Frades e Água Espraiada. A iniciativa de unir guardas e a comunidade rural partiu dos próprios moradores do local, indignados com a falta de segurança.
A manifestação teve como objetivo chamar a atenção das autoridades responsáveis para os problemas enfrentados, tanto pelos moradores quanto pelos guardas municipais. A zona rural da cidade está entre os pontos mais prejudicado com a paralisação da GM. Apesar do transtorno, os moradores manifestaram apoio e solidariedade aos guardas em greve “Eles fazem um trabalho de risco que precisa ser muito bem remunerado. Pelo menos, os guardas mereciam receber um salário digno”, observou o morador do bairro do Pinhal, Waldomiro Jorge Ivers. “A gente não discorda dos guardas lutarem pelos direitos deles, o que revolta é prefeito que na hora de pedir voto veio até aqui e agora deixou tudo ao Deus dará”, disse outra moradora dos Pires revoltada com a falta de segurança.
“Os agricultores estão pedindo ao sindicato [Rural Patronal] para ajudar a resolver a questão, por isso eu vim apoiar para que o prefeito se mobilize e resolva a situação o quanto antes”, afirmou o presidente do Sindicato Rural Patronal de Limeira, Nilton Piccin, presente na manifestação em apoio aos guardas.
Principais problemas
De acordo com um grupo de moradores, que estavam presentes na manifestação, existe uma “carência total” de segurança na zona rural e com a greve a situação ficou ainda mais alarmante. Segundo os moradores, devido à proximidade com o centro da cidade, muitas pessoas circulam na área e chega até acontecer duas ocorrências por semana, desde roubo a assalto à mão armada. A principal preocupação é quanto ao período noturno, pois muitos têm filhos que estudam à noite e chegam tarde às casas.
Para eles, segurança privada não resolve. “Os guardas que trabalham na zona rural conhecem os moradores e se preocupam de verdade. Se eles encontram um carro parado no meio da plantação, eles buscam se informar o que está esta acontecendo, se está tudo bem”, disse um morador. Para acabar com o problema outro morador dá a receita. “Acho que falta vontade de sentar e conversar. Ver o que é possível fazer. Com a guarda parada, o prefeito só está abrindo caminho para bandidagem aumentar”, disse um morador.
Parte da tarde
Nesta tarde, aproveitando o início da Feira Internacional de Jóias Folheadas, Brutos, Máquinas, Insumos e Serviços (ALJOIAS), os guardas municipais em greve distribuíram carta informativas ao redor do evento, com intuito de informar à população e autoridades presentes dos problemas enfrentados pela Guarda Municipal de Limeira. Infelizmente, durante a atividade aconteceu um “mal entendido” com a segurança privada do evento, que chamou a Polícia Militar e Civil ao ver os guardas municipais panfletando a área. Contudo, Guardas Municipais, Polícia Militar e Civil são forças que atuam em conjunto em prol da população e não houve maiores problemas. “A presença de um guarda é sempre bem vista pela população, os guardas estão acostumados a serem bem recebidos nos lugares e não conseguem imaginar que a presença deles possa representar algum tipo de ameaça para pessoas de bem”, explicou Eunice. Ainda segundo o Sindsel, o incidente foi um caso isolado e sem grandes proporções. Depois a categoria foi dispensada.
Amanhã – Carreata da Paz
Em greve, os Guardas Municipais de Limeira se reunirão nesta quarta-feira, dia 26, às 13h, em frente à Prefeitura Municipal de Limeira e seguirão de ônibus pelas quatro bases operacionais da GM, além das bases do Pelotão Ambiental e do Esquadrão Tático, encerrando o trajeto na sede da Guarda Municipal, localizada na via Antônio Eugênio Lucato, conhecida como Marginal Tatu.
Em cada base, os guardas vão entregar cartas informativas e uma bandeira branca, em sinal de paz. A estimativa é que a categoria chegue à sede da GM por volta das 17h, na tentativa de entregar, além da “bandeira da paz”, um documento pedindo ao Secretário Municipal da Segurança, Siddhartha Carneiro Leão, que interceda junto ao prefeito Silvio Félix para atender a categoria.
A atividade tem como objetivo, além de informar os guardas que não aderiram à greve da situação do setor, demonstrar que a categoria está aberta ao diálogo, esperando uma posição da prefeitura. “Estamos dispostos a negociar, mas para que a situação seja resolvida é preciso também um pouco de boa vontade por parte da prefeitura”, disse a presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), Eunice Ruth Araújo Lopes. A guarda entrou em greve no dia 7 de agosto e até o momento a prefeitura não apresentou nenhuma proposta com relação às reivindicações da categoria.
Atenciosamente,
Nádia Pêrego
Assessora de Comunicação do Sindsel
(19) 9157-3575
(19) 3702-8447
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