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terça-feira, 25 de agosto de 2009

GLOBO VERSUS RECORD

“Rato comendo rato”. Parte 3/3
Por Laerte Braga
(Fonte: Coluna Prosa e Verso – Crispiniano Neto, Jornal de Fato em 19/08/2009, http://www.defato.com).
Está prevista uma conferência nacional de comunicação para dezembro. A ideia é discutir toda essa realidade e abrir caminhos para a efetiva democratização do setor. Nada de tratar o cidadão como idiota, definição de William Bonner para o telespectador do Jornal Nacional. Os bandidos sabem disso e já começam um movimento de cerco a essa conferência. A Fundação Ford, partícipe de vários golpes de estado na América Latina, se prontifica a ajudar a organização da conferência. Esse ajudar aí equivale a meter o tacão de ultradireita e manter o controle.
Chávez não restringiu liberdade alguma de informação. Chávez colocou o dedo na ferida. O papel que cumprem as grandes redes de tevê e rádio como a Globo e a Record. É necessário fazer o mesmo por aqui. Do contrário grandes complexos de comunicação irão se constituir, sempre, em fator de controle e alienação, como hoje Globo e Record. Ou como Veja, Folha de S.Paulo, todo o espectro da informação em nosso País.
É preciso explicar, apurar cada centavo de dinheiro público dado à Globo, desde sua fundação, passando pela ditadura militar (da qual foi o principal instrumento de comunicação), aos convênios que geram programas educativos às cinco da manhã (para ninguém), aos socorros ilegais dados pelo BNDES em momentos de situação falimentar. Às ligações com os grupos que governam São Paulo. E começam em Mário Covas , passam por Geraldo Alckmin e chegam a José Serra.
O próprio Governo Federal, vítima constante de chantagens da rede. Como no episódio do falso dossiê nas vésperas das eleições de 2006. A Globo deixou de lado a queda do avião da Gol para cumprir seu papel dentro do esquema Fiesp/Daslu. Notórios criminosos. Como é necessária uma ampla discussão sobre o papel das redes de tevê e rádio no país. São concessões de serviço público e têm regras básicas definidas, ainda que falte legislação específica, como existe em países outros.
Na Grã-Bretanha, na matriz, os EUA. Bem mais que isso. Ação do governo federal para coibir e redesenhar o setor, privilegiando a comunicação voltada para processos de formação e conscientização do brasileiro. Não o atual, de alienação e mentiras a serviço dos piores criminosos que se possa imaginar. Sejam eles os irmãos Marinho, seja ele um pilantra do "dá ou desce" como Edir Macedo. E todos os outros.
Do contrário vamos continuar assistindo ao filho de Renan Calheiros ganhando concessões de rádio. A José Sarney dono das afiliadas da Globo no seu feudo. A família de ACM na Bahia. A Collor de Mello em Alagoas. A tucanos/democratas no sul do país. E a todas essas armações para transformar Brasil e brasileiros em terra de ninguém e num monte de "ninguéns".
Mas todos ávidos consumidores de Coca-Cola, sanduíches da rede McDonalds, transgênicos da Monsanto, remédios dos laboratórios que montam pandemias como a gripe suína para auferir lucros fantásticos.
É Colgate para os dentes brilharem até na hora que o distinto ou distinta estiver espirrando com sinais de gripe suína. É isso o que querem, é esse o papel que cumprem. O caráter "religioso" da rede de Macedo não difere do da Globo. É a religião do consumo. Das legiões de zumbis. Uns fascinados com o "bispo" do "dá ou desce", outros com os heróis de Pedro Bial no bordel em casa, o BBB. São iguais, rato comendo rato.

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