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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

PRESIDENTE DA ACARTE FALA DE FALTA DE APOIO AOS ARTISTAS

“Falta investimento e apoio para a classe”, diz músico
Hoje é comemorado o Dia do Artista, aquelas pessoas que levam alegria e emoção pelos lugares onde passam. Sejam eles músicos, bailarinos, atores, pintores, cantores, ou que trabalhem com outras modalidades, os artistas sempre tiveram dificuldades para exercer a profissão, um tanto quanto deixada em segundo plano no Brasil. Falta apoio, espaço e investimento para essas pessoas dotadas de dom artístico.
Marcos Lima, 43 anos, é músico percussionista e carrega em sua bagagem uma série de atividades artísticas, além de ser presidente da Associação Cultural dos Artistas e Técnicos de Limeira (Acarte). Criada recentemente, a entidade tem por objetivo representar e organizar a classe no município.Lima explica que o trabalho de um artista é muito satisfatório, pois quando ele sobe ao palco o sentimento de realização é grande e, quando há espaço para executar seu trabalho o retorno é imediato.
Além do lado bom e de satisfação, a classe sempre lutou por vários ideais, mas nem sempre foi fácil.“O orçamento das prefeituras destinado à cultura e eventos é um dos menores, em relação aos outros. Nós ficamos limitados e quase nunca conseguimos realizar nosso trabalho. Falta incentivo, apoio e reconhecimento”, opina o músico. “A classe não quer nada de graça, pois os artistas querem subir ao palco e mostrar o que sabem fazer. O apoio de que precisamos são condições e investimentos para o trabalho”.
A situação dos artistas se agravou ainda mais com a chegada da crise financeira mundial, que afetou diretamente a categoria. “O reflexo de uma economia em crise atinge diretamente a cultura, que sofre com cortes das secretarias e perdas de trabalho. Quando uma família quer conter os gastos, a primeira coisa que ela faz é cortar as aulas de arte”, acredita. Até a gripe suína acabou prejudicando alguns trabalhos de Lima, que precisou cancelar oito shows com sua banda “Toc Percussivo”.
Hoje, a partir das 15h, artistas farão intervenções culturais nas praças Coronel Flamínio Ferreira (Praça do Museu) e Toledo Barros. Haverá apresentação de dança, música, leitura de poesia, entre outras atividades.
ACARTE
Manter a profissão de artista no interior do estado é ainda mais difícil do que nas grandes cidades, onde existem mais oportunidades. Lima ressalta que o campo de atuação no interior é mais trabalhoso. “Na Capital há mais casas de shows e espetáculos, teatros, salas de artes e locais para exposições, além da condição de o artista ser melhor e o apoio maior do que no interior”, destaca.Lima comenta que a Acarte tentará buscar outros incentivos para criar projetos em busca de espaço na sociedade. “Por isso queremos unir a classe artística para buscar novos resultados”, fala.
A associação pretende também realizar projetos através das secretarias estaduais e municipais da Cultura e buscar incentivo do Ministério da Cultura, além da realização de cursos para a melhoria dos artistas.
Encontro multicultural
No dia 30, a associação realizará o evento “Encontro Multicultural”, às 18h45, no Limeira Clube, para divulgar o trabalho que deverá ser feito em prol dos artistas e discutir as diretrizes da Acarte. “Convido os artistas da cidade a comparecerem ao evento e tornarem-se associados.
Além de contar com diversas apresentações artísticas, vamos falar sobre a associação”, informa Lima.O evento, gratuito, contará com apresentações de dança, arte circense, música, declamadores, estátua viva, street dance, grafite, entre outras modalidades. Lima ressalta que artistas de todos os segmentos podem participar. “A proposta da Acarte é unir a classe artística, independente da modalidade e correr atrás de apoio estadual e federal para dar andamento nos trabalhos artísticos”, frisa. (Cláudia Trento)

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