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sábado, 10 de outubro de 2009

A FOLHA DE SÂO PAULO È CONTRA A DEMOCRACIA

Efeito 2016: Folha publica pesquisa questionando voto popular Temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada. Na edição deste domingo, a Folha de São Paulo estampa como manchete o resultado de uma pesquisa produzida por seu instituto questionando a legitimidade dos resultados das eleições no Brasil. Segundo a pesquisa, estaria provado que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez. A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água para a operação tudo-ou-nada. O artigo é de Fernando Carvalho. Fernando Carvalho, de Madri
Lendo a manchete principal do jornal Folha de São Paulo desse domingo, ficamos sabendo que o seu dono, Otavinho Frias, mandou que o seu instituto particular de pesquisas, o DataFolha, produzisse uma enquete que questionasse, pudesse anular ou que pelo menos, justificasse mais tarde, que os resultados das próximas eleições para presidente, governadores e parlamentares não poderiam ser aceitos.
Obediente, o instituto Datafolha teria cumprido a ordem do chefe e entrevistado dois ou três milhares de pessoas em várias cidades do país, fazendo a seguinte pergunta: “alguma vez você votou em alguém em troca de alguma coisa”?
Segundo o jornal do Otavinho, se considerarmos o resultado encontrado pelo instituto do Otavinho, em proporção com a população do Brasil, estaria provado pelos cálculos dos cientistas empregados pelo Otavinho, que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez.Isso bastou para que o Otavinho, mandasse seus jornalistas, colocarem na primeira página de seu jornal, hoje, algo inédito.
E que vai engrossar o já extenso currículo de pioneirismo da Folha pois nunca antes neste país, um jornal, alegando possuir “pesquisas científicas”, havia questionado o regime democrático de realizar eleições.Ou seja, para o Otavinho, sua “pesquisa científica” provaria que tudo aquilo que acontece no dia das eleições seria uma autentica palhaçada, algo sem valor.
Não valeria nada o trabalho dos juízes eleitorais, dos procuradores da justiça eleitoral, dos mesários, dos policiais, dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.Tudo seria uma tremenda bobagem, uma falcatrua, inclusive o acompanhamento de especialistas e de representantes dos parlamentos de todo o mundo, que reconhecem sempre o excelente grau de lisura das eleições no Brasil.
Para o Otavinho, isso tudo é bobagem. É mentira. É bobagem para o Otavinho, principalmente, essa história de “vontade do povo”, expressa nãosó nas urnas, mas nos bilhões de horas de trabalho ou de descanso que foram gastas pelos milhões de brasileiros que, a cada dois anos, ficam nas filas das seções eleitorais, ou se deslocando até o local das urnas.Para o herdeiro da Folha de São Paulo, tudo o que foi e será considerado como “vontade popular”, não valeu nada.
Leia a matéria na Integra aqui:

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