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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CPI DO FANTASMA

Cidades Defesa de Félix em CPI do fantasma contradiz secretário
28/10/2009
Autor: Paula Martins
A defesa enviada pelo prefeito Silvio Félix (PDT) à CPI que investiga o caso da contratação de um funcionário fantasma e de mais três supostos fantasmas pela Prefeitura de Limeira revela contradições em relação ao depoimento do secretário de Cultura, Adalberto Mansur, à então Comissão Permanente de Controle e Fiscalização dos Atos do Poder Executivo. Mansur falou à comissão em 14 de agosto.
Ontem, o presidente da CPI, Sílvio Brito (PDT), reuniu-se com os outros integrantes da comissão - Nilce Segalla (PTB), Elza Tank (PTB), Miguel Lombardi (PR) e Paulo Hadich (PSB) - para entregar a defesa de Félix.
No documento, Félix afirma que o funcionário comissionado para o cargo de coordenador de serviços, junto à Diretoria de Escolas de Artes e bibliotecas, Roni Everson Muraoka, foi contratado em comum acordo com todas as secretarias para a produção de vídeos.
Segundo a defesa de Félix, Mansur ficou encarregado de localizar no mercado profissionais que tivessem tais aptidões técnicas. Por esta razão, o secretário - ainda conforme a defesa -, após pesquisa no mercado e contato telefônico com o interessado, indicou Roni, que, por sua vez, indicou os outros três funcionários: Elvécio Rui Lazari, Daniel de Almeida e Ailton Nunes dos Santos.
CONTRADIÇÕES
A declaração feita por Mansur em outra ocasião, porém, é diferente da versão de Félix. De acordo com o secretário, Roni foi contratado por "decisão do governo". "Soube, por meio da secretária-executiva Daniela, que houve uma reunião entre secretários municipais, que eu não participei, a qual me informou que foi tomada uma decisão de governo em que se decidiu pela contratação de quatro profissionais na área de audiovisual - Roni, Elvécio, Daniel e Ailton. Sendo Roni para a Secretaria da Cultura", falou Mansur, quando de seu depoimento.
Outro ponto conflitante da defesa do prefeito e do secretário diz respeito à função do funcionário. No texto de defesa de Félix, ele afirma que contratou Roni diante apenas da necessidade de se produzir um vídeo institucional do município, já que a prefeitura não possui funcionários especializados e aparelhagem para o serviço.
Mansur, por sua vez, chegou a falar que a função de Roni era acompanhar tudo o que acontece na Escola de Artes e bibliotecas no campo operacional, não tendo responsabilidade da gestão administrativa.
JUSTIFICATIVAS
Na defesa, Félix citou ainda que o funcionário trabalhava, às vezes, mais do que 44 horas semanais, uma vez que fazia captação de imagens nos finais de semana também. O expediente ocorria em vários locais da prefeitura e fora dela. Félix reforçou que decidiu nomear funcionários, pois a licitação para produção de um único vídeo geraria mais custos para o município - estimado por ele em R$ 80 mil.
Reportagem do Jornal de Limeira que denunciou Roni como fantasma revelou, segundo suas próprias palavras, que ele comparecia a Limeira apenas "uma vez por semana" ou "uma vez por mês". Além disso, a reportagem constatou que ninguém conhecia Roni no setor em que ele estava nomeado, conforme mostraram conversas gravadas.
SEM RESPOSTA
A reportagem entrou em contato com Mansur para saber o que ele tinha a dizer a respeito. Até o fechamento desta edição, porém, nenhuma resposta foi enviada.
Fonte: Redação

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