Opinião
Editorial - CPI e morosidade
23/10/2009
Autor: Redação JL
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que apura a existência de funcionários fantasmas na Secretaria da Cultura nem começou e as investigações parecem correr em sigilo, mesmo sem terem sido decretadas - e até mesmo para seus próprios membros. O acesso à resposta do prefeito Silvio Félix (PDT) foi vetada à imprensa, os vereadores que compõem a mesa ainda não leram o documento e as explicações sobre o cancelamento do início dos trabalhos, previstos para ocorrerem anteontem e desmarcados, não são convincentes. A desculpa oficial do presidente da CPI, Silvio Brito, do mesmo partido do prefeito, é, simplesmente, "por motivo operacional". No caso, tal expressão dá margem a uma série de interpretações e possibilidades, entre elas o fato de Brito esquecer de fazer uma convocação oficial aos outros membros da comissão. Isso coloca em dúvida a própria transparência e seriedade das apurações. A impressão que sem tem é de que está se ganhando tempo em um processo que dura 90 dias e precisa ter nova votação dos vereadores para ser prorrogado.
As táticas, ou desculpas usadas pelos parlamentares locais, não são diferentes do que já foi visto em inúmeras situações, especialmente nos últimos anos na esfera nacional. Atravancam-se os trabalhos, marcados pela lentidão e dificuldades em se conseguir quebras de sigilo. A consequencia é um termo que já virou jarguão: "Toda CPI acaba em pizza". A continuar nesse rumo, a massa de Limeira já está ganhando os ingredientes para ir ao forno. Mas, como toda aposta, pode queimar e ter uma resposta séria da Promotoria e do Judiciário, o que desmoralizaria toda a comissão. Fica a indagação e a dúvida de como serão conduzidos os procedimentos daqui em diante.
Fonte: Redação
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