Cidades
Conselho tratará sobre acessibilidade no AME
18/10/2009
Autor: Paula Martins
O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Limeira, se reunirá na próxima terça-feira para tratar do ocorrido no dia 9, quando o presidente do órgão e vice-presidente da Associação Integrada de Amigos e Deficientes (Ainda), Joaquim Lazari, foi até o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), na Vila Cláudia, e não conseguiu entrar no local. A partir do encontro, serão avaliadas as providências que serão adotadas.
Na oportunidade, ocorria a entrega do prédio, que era da prefeitura - onde seria o Hospital da Mulher - para o Estado abrigar o AME.
Lazari, que é cadeirante, ficou do lado de fora do ambulatório, que não possui acesso para os deficientes. O fato gerou desconforto. "Como é um prédio novo, nunca imaginei que a prefeitura pudesse construir uma obra sem rampas de acesso", diz.
O presidente do conselho relata que foi até o local para tentar pedir ao governador José Serra (PSDB) uma unidade móvel que atendesse deficientes. "É uma unidade que fica dois dias na cidade recebendo pedidos de próteses e órteses. Como a cidade carece disso, já tínhamos feito o pedido pelo Ceprosom, mas como não adiantou. Soube que o governador estaria na cidade e por isso fui até ele. Nunca pensei que passaria por essa situação constrangedora", relata.
Segundo ele, no momento em que entraria no ambulatório, observou que havia uma escada no local. "Uns falavam que o prédio seria reformado, outros pediram para eu entrar pelos fundos e outros ainda queriam me carregar no colo. A situação foi lamentável. Entrar pela porta do fundo? Sou uma pessoa como outra qualquer. Quero entrar onde todos entram", reclama.
Lazari passou o tempo todo fora do prédio - separado por uma escada e uma divisória de vidro - e não conseguiu se aproximar do governador e do prefeito Silvio Félix (PDT). "É uma questão de direito. É mais uma luta do conselho. Inclusive já faz um ano que estive na Câmara Municipal pedindo acessibilidade lá e até agora nada foi feito. Alguma atitude em relação ao ocorrido vai ter que ser tomada", fala.
LEI
Em Limeira, desde 2001, existe uma lei - do ex-vereador Jorge de Freitas, sancionada pelo ex-prefeito Pedro Kühl (PSDB) - que obriga que todos os prédios públicos municipais e passarelas a serem construídos tenham rampas de acesso para deficientes físicos. Segundo a lei, a rampa deve ter 1,20 metro de largura e inclinação máxima admissível.
SEM RESPOSTA
A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicações da Secretaria da Saúde do Estado, mas não obteve resposta sobre o assunto. O mesmo ocorreu na Assessoria de Comunicações da prefeitura, que não se manifestou.
Fonte: Redação
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