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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO NO BRASIL

Trocar a marreta pela lousa eletrônica
Gilberto Dimenstein disse, em visita ocorrida em maio a Limeira, que o sucesso de uma escola pública depende do envolvimento da família, da escola e da comunidade. É a fórmula que dá certo no Brasil, na Europa, em qualquer parte do mundo.
Nas últimas semanas, relatos mostrados pela Gazeta de vandalismo e violência contra escolas e educadores em Limeira, como marretas derrubando muros, furtos até de coelhos, vidro de carro de professor quebrado, dão uma dimensão triste do quanto os elos que sustentam o sucesso de uma escola estão fracos. Não é uma realidade apenas do município: pelo menos cem escolas estaduais relatam casos de violência diariamente.
Dimenstein mostrou aos limeirenses um exemplo de sucesso: um bairro degradado de São Paulo transformou-se num grande espaço educativo aberto, demonstração de que, quando as pessoas estão presentes na discussão dos assuntos que interessam a toda a comunidade, existe a evolução.
Falta em Limeira, assim como em toda a parte do País, o aprimoramento do senso de coletividade. O mais de R$ 1 milhão gasto anualmente pela Prefeitura com conserto de prédios públicos decorrentes de vandalismo (escolas, praças, centros comunitários) é o mesmo valor que poderia ser investido na compra de mais 200 equipamentos como a lousa eletrônica, avanço tecnológico com potencial enorme de proporcionar melhorias na metodologia educacional. O processo de mudanças reais na educação, como a substituição de despesas causadas pelas pichações e danos por investimento em lousas eletrônicos, passa, necessariamente, pelo envolvimento da comunidade, pais e vizinhos, com a escola.
O agressor ao bem comum precisa se sentir intimidado pela postura vigilante e consciente da comunidade.
Por sua vez, o Poder Público precisa fazer sua parte, colocando agentes de segurança em contato com a população. A Guarda Municipal, importante na ajuda às demais corporações de segurança, precisa voltar a dar atenção à sua função primeira, que é zelar pelo patrimônio municipal. É um processo lento, mas que deve ser feito. Num mês significativo para a educação, com a lembrança do Dia do Professor, nesta quinta-feira, chamar a comunidade para colaborar no avanço da educação faz-se necessário. Do contrário, noticiar a implantação de um avanço como a lousa eletrônica sempre será um “oásis” no rotineiro cotidiano de furtos e depredações.
Rafael Sereno

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