Prefeito atende categoria, mas não apresenta proposta, diz Sindsel
Pela primeira vez , dia 2, a categoria para negociar. Mas, o encontro não foi suficiente para pôr fim ao impasse. Depois de trinta minutos do início da reunião entre a prefeitura e os vereadores, Felix convidou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Limeira (Sindsel), Eunice Ruth Araújo Lopes e um guarda municipal para participar da negociação. A reunião aconteceu na prefeitura e durou cerca de três horas.
De acordo com Eunice, o prefeito não apresentou nenhuma proposta concreta com relação à pauta de reivindicações. “Depois de muita insistência dos vereadores, o prefeito prometeu estudar a possibilidade de uma carteirinha de ônibus para o guarda e a formação de uma comissão para discutir o Estatuto da Guarda Municipal, mas se negou a fornecer uma data”, disse a presidente do Sindsel.
Quanto à incorporação das horas-extras e a escala de horário de trabalho de (2 horas de trabalho por 2 horas de folga), segundo Eunice, como desculpa para não negociar, o prefeito continuou alegando que não pode discutir salário fora da data-base da categoria. “Nós não estamos discutindo aumento, estamos reivindicando que a prefeitura transforme as horas-extras em salário e isso pode ser feito em qualquer momento. É um problema específico que envolve apenas os guardas municipais e não o funcionalismo inteiro”, ressaltou Eunice.
A falta de propostas gerou muita indignação entre os grevistas. “O prefeito precisa reconhecer que nos somos os únicos servidores na prefeitura que recebem hora-extra para compor salário, quando o normal é fazer hora-extra em situações especiais. Estamos pedindo um piso compatível com o trabalho que exercemos na região, para não precisarmos recorrer a uma jornada de trabalho desumana”, disse um gm indignado.
Além do sindicato, guarda municipal e da prefeitura, participaram da reunião os vereadores: Antonio César Cortez, Antonio Braz do Nascimento (Piuí), Eliseu Daniel dos Santos, José Farid Zaine Miguel Lombardi, Mário Celso Botion, Paulo Cezar Junqueira Hadich, Nilce Segalla, Silvio Marcelo Francisco Brito, Ronei Costa Martins.
Greve continua
Após o término da reunião, os guardas municipais realizaram uma assembleia, em frente à prefeitura, e decidiram continuar em greve até que haja uma proposta satisfatória por parte da prefeitura. “Nós precisamos pensar naqueles guardas que estão aposentados e recebem uma miséria porque viviam de hora-extra. Hoje são eles, mas amanhã pode ser a gente. Então, eu prefiro continuar em greve e exigir os meus direitos”, afirmou outro guarda durante a assembleia. Depois da assembleia od guardas municipais foram dispensados. A categoria volta a se reunir amanhã, dia 3, às 13h, no Salão da Casa da Criança, para dar continuidade ao movimento.
Ato Ecumênico
Na parte da manhã, Sindsel promoveu um ato ecumênico com a presença do padre Isaías Daniel e o missionário Alexandre Chizzotti Politzer, representando o pastor Rinaldo Batista de Lima da igreja Cristo Salva. O ato contou ainda que a presença de cantores gospels, emocionando os presentes, tanto que teve quem passou pelo local e parou para assistir.
Para os representantes das Igrejas Católica e Evangélica do município, presentes no ato, a categoria está exercendo um direito ao reivindicar melhores condições de trabalho. “Os guardas arriscam a vida em prol da cidade e nada mais justo que tenham a remuneração e a estrutura necessária para fazê-lo”, disse o missionário Politzer. “A greve é um mecanismo social que recorda o nosso compromisso com a vida e com a dignidade, desde que seja vivida na procura pacífica de ideais justos e coletivos e eu acredito que os guardas estão respeitando esses princípios”, ressaltou o padre Isaias.
Atenciosamente,
Nádia Pêrego
Assessora de Comunicação do Sindsel
(19) 9157-3575
(19) 3702-8447
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