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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

GOLPE EM HONDURAS

VERDADES SEJAM DITAS Manuel Zelaya, é o Presidente eleito de acordo com a Constituição hodurenha, pelo voto e de forma democrática. Não há nenhum pecado, não consiste em golpe, se propor uma consulta popular, seja para qualquer assunto pertinente e que não leve a nação, a guerras, á pratica de terror e de preconceitos. Zelaya, propunha um plebiscito para que o povo dissesse sobre a reeleição ou não de seu presidente. Podemos discordar da reeleição para o todo sempre, mas não se pode impedir a participação popular em decidir qual o melhor caminho. O conceito de golpe militar ou civil, para alguns órgãos de imprensa, parece que mudou, quando quem protagoniza tal violência são setores ligados ao grande capital imperialista. O que aconteceu em Honduras foi um golpe clássico, ou seja militares adentraram no palácio presidencial e arrancaram dela afirmando sua deposição pela força e vontade de uma minoria. Não adianta ficar amenizando, buscando argumentos de que não houve nenhum atentado contra as instituições democráticas, e a Presidência é uma delas. O Governo Brasileiro, desde o inicio acertou em sua política relacionada ao que ocorre em Honduras. Primeiro saindo na frente inclusive dos Estados Unidos, na condenação do governo golpista e se colocando em total apoio a Manuel Zelaya. Esta postura é digna de uma nação que preza pela soberania de um povo e preserva suas decisões e com isto deseja para todos os países. Este gesto solidário já de cara, nos coloca em um patamar de liderança junto aos Países da América Latina. Segundo nos diferencia, pelo menos neste caso, da imensa maioria de governantes que são rápidos para apoiar quando Americanos invadem o quintal alheio, justificando muitas vezes o injustificável, como no caso do Iraque ou ações como a prisão de Guantanamo em Cuba. Por isto é inadmissível, setores da imprensa e alguns políticos, ficarem mesmo que timidamente sugerindo que o Brasil se meteu onde não devia e que o que acontece no País da América Central só é de responsabilidade dos Hondurenhos. Mas quando se agride a soberania de um povo, como dos casos já citados, aí pode, como diz o jargão de personagem do humorístico Zorra total. Os jornais estampam em letras garrafais as estripulias imperialistas e intervencionistas que Países ricos fazem com os pobres. O asilo na Embaixada Brasileira ao Presidente Manuel Zelaya não só é legitimo, como providencial. Não nada de ilegal, imoral ou exagerado, neste apoio. È a defesa da democracia em todos os seus mais sagrados sentidos. Penso que o papel do Presidente Lula em cobrar da comunidade internacional, providências mais eficazes, como a intervenção do comitê de segurança da ONU em Honduras é importante. O mesmo comitê que decidiu intervir nas loucuras fascistas de George W Busch, pode se redimir perante a humanidade se contribuir para o restabelecimento da Democracia Hondurenha.

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