Para Victoria Grabois, parente de militantes mortos na guerrilha, novas buscas na região não signficam um real interesse do governo em descobrir o passado
Desirèe Luíse,Radioagência NP“Eu participava do movimento estudantil. Os sindicatos foram desmantelados. A censura à imprensa. Então, quando você é jovem você tem um sonho: o de transformar o Brasil!”.
Este é um trecho da história de Victoria Grabois, que em 1965, tinha 21 anos, época em que foi morar em uma pequena cidade próxima a Rondonópolis, no oeste do Mato Grosso. Ela participava de um grupo de guerrilheiros. Eles tentavam encontrar um local para estabelecer uma organização de resistência à ditadura militar.Em 1966, o pai de Victoria e comandante da guerrilha, Maurício Grabois, o irmão, André Grabois, e o marido na época, Gilberto Olímpio Maria, foram para a região escolhida, próximo a Marabá, no Pará, onde teve início a Guerrilha do Araguaia.
Victoria teve que ficar em São Paulo, estava grávida.Composta por militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a guerrilha foi duramente reprimida pelos militares na primeira metade da década de 1970. Pelo menos 70 pessoas foram presas, torturadas e desapareceram na região.Em entrevista à Radioagência NP, Victoria afirmou que, mesmo com as novas buscas pelos corpos dos militantes no Araguaia, não existe real interesse do governo em descobrir o passado em torno da guerrilha.
Leia a Entrevista aqui: http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/marcas-da-guerrilha-do-araguaia
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