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quarta-feira, 31 de março de 2010

A FILHA DA REVOLUÇÃO

Aleida, a filha da revolução Grande defensora do socialismo cubano, filha de Che Guevara fala ao Unificados A pele clara e o ar europeu contrastam com sua forte posição política. Uma mulher aparentemente calma, de cabelos despenteados e olhos bem escuros. Essa é Aleida Guevara, médica pediatra cubana e filha mais velha do famoso guerrilheiro Ernesto Che Guevara. Apaixonada por Cuba e pelo regime socialista, Aleida provocou uma enorme comoção durante o painel que participou na 3ª Ação Internacional – Marcha Mundial das Mulheres. Nesta entrevista ao Unificados Aleida fala sobre Cuba, América Latina e outros assuntos polêmicos: O Brasil também pode! Presos políticos
O problema da mídia mundial, inclusive no Brasil, é que repetem como papagaio o que é dito. Ninguém checa a informação. Ninguém vai até Cuba perguntar. Repetem somente o que é divulgado pelas grandes agências de comunicação americanas e européias. Este senhor que morreu, Zapata, é um deliquente comum. Foi preso por roubo. Isso não é política. É um deliquente comum.
Ele decidiu não comer, ficou inconsciente, os médicos tentaram reanimá-lo, mas era tarde. Porém, não se pode violentar uma pessoa que decide não comer. Foi uma decisão dele e não tivemos possibilidade de fazer nada. Este outro senhor, que agora está fazendo greve de fome, era pago por agências americanas como co-responsável por uma televisão que transmite diretamente dos Estados Unidos para Cuba, em espanhol.
Além disso, foi preso outras vezes por agressão com um bastão e também por atacar uma mulher.
Agora, depois de ver recusado seu pedido de ter internet em casa, decidiu fazer greve de fome. Ele insiste também na libertação de mais de 20 presos em Cuba, outros delinquentes. São pessoas que não valorizam a própria vida, param de comer. Se não respeitam a própria vida, eu sinto muito, mas não posso fazer nada. O governo de Cuba não pode fazer nada, temos que seguir a lei.
Bloqueio econômico O bloqueio é muito cruel, é muito duro com o povo cubano. Os Estados Unidos não quererem negociar com Cuba, isso nós entendemos, é um direito deles. Mas bloquear outros povos de comerciar com um país pobre, isso não. Eles não têm esse direito.
Um navio que atraca em um porto cubano, só pode atracar nos Estados Unidos depois de seis meses. Então, para alguma empresa comercializar com Cuba, ela cobra 3 ou 4 vezes mais. Imagina um mercado de 11,5 milhões de pessoas contra um de mais de 400 milhões de pessoas. Cuba sempre perde. Esse é o bloqueio. É duro, muito duro para o povo cubano.
Esse dinheiro que investimos para superar o bloqueio, imagina tudo que poderíamos fazer com esse dinheiro. Tudo que poderíamos construir.
Venezuela O comércio com a Venezuela está melhorando a vida do povo Cubano. Nós fazemos uma troca justa. Mandamos médicos quando eles precisam, mandamos professores, e eles nos vendem petróleo por um preço de mercado, um preço justo. Para pagarmos lentamente, pouco a pouco. É uma troca positiva para os povos, assim vamos crescemos juntos, como países irmãos.
Brasil Se Cuba, um país pequeno e pobre em recursos naturais consegue melhorar a vida de seus habitantes, o Brasil, um país com muitas riquezas naturais, um país que tem a Amazônia, também consegue.
Os recursos naturais do Brasil precisam ser do povo brasileiro. Precisa beneficiar o povo brasileiro e não as indústrias multinacionais.
Como pode em Cuba não existir mendigos e no Brasil ter tantos? Isso não é compreensível.
Cuba Não se consegue sustentar um povo bloqueado, agredido militarmente, fisicamente e quimicamente pela maior potência econômica e militar do planeta por causa de um único homem. Cuba não é só Fidel.
Em Cuba, precisamos de muita vontade política da grande maioria do nosso povo. Precisamos ter consciência social e saber tudo que ganhamos por meio do socialismo.
Uma senhora um dia me perguntou: Doutora, se você colocasse em uma balança a revolução e seus filhos, qual escolheria? Eu disse certamente a revolução. Sabe por quê? Porque eu amo os meus filhos e quero que eles vivam suas vidas com a mesma dignidade que eu. E isso só se consegue com o socialismo.
Esperança Não sou uma pessoa de grande poder, mas, nos pequenos atos, tento ser útil aonde quer que me encontre.
Eu não tenho capacidade de reivindicar que o exército turco desocupe o território do Chipre. Mas eu, cubana e filha de Che Guevara, não visito a Turquia enquanto seu exército estiver no Chipre.
Assim, com pequenas coisas, mínimas coisas, faço o que acredito que preciso fazer como ser humano, e isso me dá uma satisfação enorme, me faz sentir uma legítima filha do povo cubano. http://www.quimicosunificados.com.br/

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