A trajetória de Dom Helder Câmara
O ano de 2009 marcou o centenário de nascimento de D. Helder Câmara, uma das figuras mais polêmicas da Igreja Católica. Chamado pela imprensa de “Bispo Vermelho” ou “Santo rebelde” ele tinha grande penetração popular, mas resistências junto aos governos militares. Sua pregação libertadora em defesa dos mais pobres e sua ação no campo da política social sofreu muita perseguição. Mensageiro da paz, figura carismática, foi muito perseguido no regime militar e, provavelmente, por isso teve sua candidatura ao Prêmio Nobel da Paz prejudicada.
Entre os muitos dados curiosos que o livro traz há um que envolve Chico Buarque. Ele conta, numa entrevista, que foi fazer um show em 1999 em Recife. E havia recebido advertências de que não poderia falar em D. Helder, mas resolveu dizer que soubera que ele ali estava, assistindo seu show. E a resposta do auditório foi muito forte: o ginásio quase veio abaixo, lembra Chico.
D. Helder morreu em agosto de 1999, em função de uma insuficiência respiratória aguda, após uma parada cárdio-respiratória, em sua residência no fundo da Igreja das Fronteiras. Naquela sexta-feira ele tinha passado o dia ouvindo canções religiosas.
O livro também faz revelações sobre as relações entre o então padre Helder com o integralismo no ano de 1937 quando Vargas implantou o Estado Novo e fechou o Congresso. Mas depois de alguns acontecimentos que mostravam o confronto governo/integralismo, o padre Helder foi alertado pelo cardeal Leme que se afastasse do movimento. O que aconteceu.
Por Carlos Fehlberg
Dados técnicos
Título: Dom Helder Câmara
Autores: Nelson Piletti e Walter Praxedes
Editora: ContextoAno: 2008
Número de páginas: 400
Extraído: http://ow.ly/1cGIR .
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