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domingo, 7 de março de 2010

CURIOSIDADE

Naufrágio lento explica "desastre civilizado" no Titanic As horas que embarcação levou para afundar permitiram o restabelecimento de padrões sociais, dizem cientistas Estudo de trio da Suíça e da Austrália quer mostrar como a impulsividade influi nas escolhas, questionando modelo econômico clássico
RICARDO MIOTO DA REPORTAGEM LOCAL A cena, no filme "Titanic", dos cavalheiros tocando violino calmamente enquanto o navio afundava agora foi explicada pelos cientistas.Eles ficaram intrigados comparando a embarcação, que naufragou em 1912, a outra parecida, o Lusitania, que afundou em 1915. Se no Titanic a ordem social e a civilidade foram, em geral, mantidas, com mulheres e crianças tendo sobrevivido, no Lusitania os homens jovens não hesitaram em usar a força para se salvar. Por que a diferença entre os navios?A resposta se relaciona com a demora do Titanic em afundar, diz Benno Torgler, economista da Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália).
Ele se interessou pelo assunto quando percebeu que as duas embarcações eram muito semelhantes, com tamanhos parecidos e passageiros de várias classes sociais. Analisou uma grande quantidade de dados disponíveis sobre as tragédias para chegar à sua conclusão.O Lusitania, cujo torpedeamento por um submarino alemão acabou levando os Estados Unidos à Primeira Guerra Mundial, afundou em 18 minutos. Para Torgler, aconteceu uma explosão de adrenalina no cérebro dos passageiros, criando desespero e fazendo com que as regras sociais fossem jogadas no lixo, substituídas por um espírito de "cada um por si". "Quando não há tempo disponível, os instintos naturais de sobrevivência dominam", diz.
Mas "a adrenalina se degrada rapidamente, a resposta é limitada a alguns minutos", escrevem os economistas. Como o Titanic, que se chocou com um iceberg, levou quase três horas para afundar, existiu tempo suficiente para que os comportamentos voltassem aos padrões sociais. Os passageiros da classe econômica, especialmente os homens, ficaram de fora dos botes salva-vidas, em geral.Outros fatoresNo trabalho publicado na revista científica "PNAS", os autores lembram, entretanto, que outros fatores podem ter ajudado a fazer dois episódios parecidos terem resultados tão diferentes. Talvez a sombra da Primeira Guerra tenha feito com que os passageiros do Lusitania acreditassem que não tinham muito a perder sendo egoístas, por exemplo.Os economistas dizem também que quem estava no Lusitania provavelmente sabia o que tinha acontecido três anos antes no Titanic.
Podem ter aprendido a lição: ninguém vai aparecer para o resgate.Vida realTorgler é um entusiasta da utilização de episódios históricos no estudo do comportamento. "Estou entusiasmado explorando como pessoas agem em situações de vida ou morte, porque é nelas em que se revelam as reais atitudes. É diferente de fazer uma pesquisa perguntando para as pessoas o que elas fariam."O economista pretende mostrar como a impulsividade faz diferença nas escolhas das pessoas, que não são como "os modelos econômicos tradicionais previam". Elas nem sempre tomam a decisão mais racional.Ele quer prosseguir com esses estudos, agora analisando os dados de 11 de setembro.Além disso, pretende saber se a noção prévia de que o risco existe muda o comportamento. Quer explorar como agem montanhistas no Himalaia, que sabem que tudo pode dar errado. "É diferente de desastres em navios, em que os passageiros, desprevenidos, não estão preparados para reagir", diz.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. como eles estao assin sendo que ela sobreviveu e morreu de outro geito nao sei mais acho que esses nao sao eles se vcs pararem pra pensar vc ve que no começo do filme quem conta é a verdadeira house ... nao entendo mais esses nao sao eles

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