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sexta-feira, 19 de março de 2010

UM LIVRO

Os Impasses da Estratégia - os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil. 1936-194 Escrito por Valério Arcary 19-Mar-2010 Este livro nos conta uma história política que uniu heroísmo e tragédia. Os leitores encontrarão nestas páginas uma análise crítica e até severa das formulações do partido de Prestes durante os anos que precedem e sucedem à II Guerra Mundial: neste intervalo o PCB se recuperou da terrível derrota de 1935, quando foi quase destruído, e se alçou à condição de um partido com presença nacional tendo à sua frente o único dirigente político que podia ombrear em popularidade com Getúlio Vargas - Luís Carlos Prestes - para mergulhar depois de poucos anos de legalidade na clandestinidade outra vez. Este livro nos expõe homens que uniram bravura moral e ruína política. Nas suas páginas os leitores encontrarão uma narrativa envolvente em que as vicissitudes das táticas são explicadas pelos impasses da estratégia, sem diminuir a dimensão humana dos personagens principais, os dirigentes do PCB, que apesar de suas fragilidades e erros, aparecem engrandecidos pela sua abnegação militante. Eles foram, na sua imensa maioria, alguns dos homens e mulheres da mais alta estatura moral e intelectual que participaram das lutas populares no Brasil do século XX. Eles viveram uma época extraordinária e foram capazes de feitos extraordinários. Este livro nos apresenta um partido que uniu, como nenhum outro do seu tempo, glória e infortúnio. Os leitores poderão compreender porque a direção do PCB, perseguida implacavelmente por Filinto Muller, foi capaz de defender em 1945 a presença de Getúlio no poder, o mesmo Vargas que alguns poucos anos antes tinha entregado Olga Benário aos nazistas alemães. Descobrirão, também, que o autor que desnudou essa desgraça política não deixou de olhar com grandeza para os homens e mulheres que lutaram sob a bandeira do comunismo no Brasil naqueles anos. Alguns deles foram homens de ação, dirigentes de greves e de campanhas políticas nas ruas. Outros foram organizadores de partido dedicados à formação dos militantes e à construção interna. E houve ainda aqueles que assumiram tarefas intelectuais complexas. Muitos foram levados às prisões sob os diferentes regimes políticos que o país conheceu entre os anos 20 e os anos 70. Dirigiram sindicatos, associações de bairros, organizações camponesas. Trabalharam, discretamente, na legalidade e mergulharam na clandestinidade quando se viram obrigados. Resistiram às desmoralizações que vieram com as prisões, cisões e exílios. Fizeram história. Mas, foram, politicamente, derrotados.
Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/1oD0I .

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