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segunda-feira, 24 de maio de 2010

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL IV

Falência do Estado e assalto aos bancos Economia e Infra-Estrutura Robert Kurz O pior já passou, assim reza a fórmula oficial de exorcismo. Na realidade, apenas se estreitou o horizonte da percepção. Já não se quer pensar em períodos cíclicos (muito menos históricos), mas apenas em valores mensais. Também é tabu o tema das relações estruturais no mercado mundial, tal como o do relacionamento entre o Estado e a economia. Apenas têm saída as pretensas histórias de sucesso de empresas e sectores económicos. Mas não adianta enterrar a cabeça na areia. O "caso Grécia" trouxe à luz do dia que agora, sem grande surpresa, o verme da crise vai roendo as finanças públicas. A primeira insolvência de facto de um importante Estado membro da União Europeia é um sinal fatídico para a evolução futura. Espanha, Portugal, Irlanda, Itália e naturalmente o leste da Europa são os próximos candidatos a ficar na corda bamba, e não só. Já se podem ouvir os sussurros de que também a condição financeira dos centros capitalistas, E.U.A., Grã-Bretanha, França e Alemanha, poderá ter-se agravado dramaticamente. As consequências dos pactos de salvamento sem precedentes e dos programas de apoio económico, que deveriam estimular e simular a retoma do crescimento, ameaçam repercutir-se a curto e médio prazo no sistema financeiro e na conjuntura económica. A União Europeia quer tapar as fissuras no vigamento, colocando sob curatela o orçamento de Estado da Grécia. De trimestre em trimestre devem tornar-se obrigatórias drásticas medidas de contenção. Isso vai levar ao colapso dos sistemas sociais e da economia doméstica, num país já perturbado. Se o caso é apresentado como exemplo, pode-se calcular o que acabará por chegar, mais cedo ou mais tarde, a todos os países centrais, dentro e fora da União Europeia (incluindo o milagre económico chinês). Na Alemanha, o aperto da tarraxa nas contribuições do seguro de saúde é apenas uma pequena prova antecipada. Uma nova onda de desmantelamento dos sistemas de previdência estaduais e das infra-estruturas públicas junta-se com a onda iminente de falências de empresas e de despedimentos. Também neste aspecto a Grécia pode ser pioneira. Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/1OZiV .

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