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quinta-feira, 13 de maio de 2010

EDUCAÇÃO

A África do Sul para além da copa do mundo Francisco Bicudo do site do SINPRO-SP As escolas começam a pensar em como reorganizar as atividades para que professores e alunos possam acompanhar os jogos da seleção brasileira. O álbum de figurinhas que traz os astros das diversas seleções participantes do Mundial transformou-se em verdadeira febre, e os cromos são trocados freneticamente em ambientes de trabalho, nas áreas livres de universidades, em bares e restaurantes. Nas mais diferentes rodas de conversa, aliás, discute-se com toda a propriedade – e há argumentos para todos os lados – se Neymar, Paulo Henrique Ganso e Ronaldinho Gaúcho devem ou não ser convocados pelo técnico Dunga. Em tempo: o mistério será desfeito no próximo dia 11 de maio, uma terça-feira, às 13 horas, quando será divulgada a convocação oficial do Brasil. Emissoras de televisão exibem reportagens especiais sobre a Copa, jornais impressos trazem entrevistas e perfis de alguns dos craques que poderão se transformar em protagonistas da disputa. Na internet, começam a ser feitas as apostas, os tradicionais “bolões”. Quem vai ser mesmo o campeão? O artilheiro? Na Europa, os campeonatos chegam ao fim, com os clubes mais poderosos do planeta liberando jogadores das mais diferentes nacionalidades – é assim que funciona a babel globalizada futebolística – a se apresentarem às suas seleções. O mundo, enfim, já acionou o cronômetro da contagem regressiva e começa a respirar, cada vez mais intensamente, os ares da Copa do Mundo da África do Sul – a primeira disputa a ser travada em continente africano. A bola começa a rolar, em 11 de junho, às onze da manhã, no estádio Soccer City, na cidade de Johanesburgo, na partida que reunirá a seleção anfitriã e o México. Mas, para além do espetáculo proporcionado pelo futebol, qual será a África do Sul que o mundo terá a oportunidade de conhecer? Qual a realidade atualmente vivida pela nação que durante quase meio século, de 1948 a 1990, viu-se diante do domínio institucionalizado do regime de apartheid, que defendia a supremacia branca e a segregação racial? “É um país animado com a perspectiva de receber um evento com dimensão planetária. A realização da Copa representa para os sul-africanos uma espécie de conquista nacional, pois significa a reinserção digna e legítima do país no cenário internacional”, diz Valdemir Donizette Zamparoni, professor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos e do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ao mesmo tempo, destaca o pesquisador, aqueles que estiverem dispostos a um olhar mais crítico e não apenas a ver futebol conhecerão uma nação ainda marcada por tensões e distorções sociais, apesar das conquistas. Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/1KNn6 .

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