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quinta-feira, 20 de maio de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO
54. Errei, doutor. Quanto eu errei. Deus sabe que não sou culpada. Esse homem que me tentou há de pagar. Rondando a casa, sem sair de perto. Com agrado e presentinho. Uma tarde me pediu que pregasse um botão, não tirou a camisa. Tão juntinho, minha mão tremia. Me agarrou e deu um beijo. “Credo”, eu disse, “não tem respeito? Vou contar pro João.” “Não conte”, ele disse. “ O João acaba com nós dois.” Daí, o doutor sabe, a mulher é fraca. Um dia, quando criar meus filhos, eu falo pra ele: “Você me tentou. Fez a minha desgraça”.

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