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terça-feira, 25 de maio de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO
59. - O João chegou de noite querendo guerra. Ontem a gente já tinha discutido. Fiquei com raiva. Na frente dos cinco filhos, ele começou a me bater. Chutava as pernas. Me jogou água quente. Aí eu falei: “Agora chega. Não sou escrava”. Nunca dei motivo pra me agredir. Trabalho duro de cozinheira. Mas ele sempre me bateu. Morde o meu braço, tira sangue. Me arrasta na rua pelo cabelo. Uma vez fiquei surda três meses. Na outra, me quebrou o nariz. Olha só: bem torto. Agora chega. Ele não é de beber, não. O que tem é gênio forte. Por qualquer nadinha. Já viu, eu apanho. Ele é o machão.

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