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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CRISTÃOS E MARXISTAS

Remediar Escrito por Gilvan Rocha 01-Fev-2010 Madre Tereza de Calcutá. Irmã Dulce, da Bahia. Agora, Zilda Arns. São figuras, com justiça, reverenciadas pelo trabalho dedicado a socorrer os pobres e miseráveis. São elas cristãs e o cristianismo tem a milenar tradição de administrar a miséria, ministrando algumas doses de assistencialismo. Outro cristão, no caso o saudoso Betinho, sob o argumento de que "a fome tem pressa" buscou criar os "comitês de cidadania", cujo objetivo era arregimentar homens e mulheres de boa vontade para socorrer os famintos. As atitudes do Betinho, como da Madre Tereza de Calcutá, da Irmã Dulce, da Zilda Arns, são louváveis, porém, completamente insuficientes e terminam por servir aos que assim agem, pois que, no hipotético Céu, está reservado um lugar para eles e depois (quem sabe?) poderão ser canonizados. Diferentemente dos cristãos de boa fé, agem, em princípio, os marxistas, ou melhor, os socialistas, que, ao invés de pretender remediar os males sociais, causados pelo capitalismo, buscam ir às causas e resolver definitivamente esses problemas milenares. Essa diferença de comportamento entre cristãos e marxistas merece reflexão. Ambas as correntes não devem se afastar, porque sobre elas pesa a tarefa de construir a paz, a harmonia, através da justiça social que o capitalismo não pode oferecer. É preciso união sem discriminar credos e convencimentos e não é demais, porém, alertar para o equívoco de todo trabalho que se limite a mitigar o sofrimento dos desvalidos. A união torna-se necessária e, sobretudo, urgentíssima, uma vez que a ordem econômica, cujo eixo é proporcionar lucros para uma minoria, tornou-se inviável e nos arrasta para tragédia total, como se vê pelos sinais que a própria natureza agredida tem nos dado fartamente. Salvar o mundo, salvar a vida, é a tarefa que hoje se impõe a todos nós e dela não devemos fugir, pois seríamos cúmplices de nossa própria destruição, num espetacular suicídio social que só a conscientização permanente e abrangente desse problema poderá evitar. Gilvan Rocha é presidente do CAEP - Centro de Atividades e Estudos Políticos.

Extraído: http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4281/9/

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