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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

REPRESSÂO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS

‘Em SP, você tem que se afogar e ficar calado. Se protestar, apanha da polícia’ Escrito por Gabriel Brito 12-Fev-2010 Na última segunda-feira antes do Carnaval, os moradores do Jardim Pantanal, Romano, Helena e cercanias mostraram que estão cansados do monumental descaso da administração pública com sua região e realizaram um pacífico protesto no centro da cidade. Ha poucas semanas, moradores do Grajaú também fizeram o mesmo, como relatou o Correio, entrando em choque com as cada vez mais repressivas forças oficiais. No entanto, quem não estava com os ânimos nada amenos eram os policiais, que mais uma vez reprimiram a manifestação com desproporcional virulência. "O movimento estava pacífico. De um momento para outro alguns policiais inventaram umas agressões desnecessárias. Estavam todos tranqüilos, sem xingar ninguém. Aí eles resolveram fazer um cordão e empurrar as pessoas para fora da área ocupada. E alguns eram mais truculentos e violentos que outros", contou ao Correio da Cidadania o vereador Zelão, do PT, que fez companhia ao lado de outros parlamentares aos esquecidos paulistanos da zona leste. Como já relatado neste Correio e também em outros veículos de imprensa, não é a primeira vez que isso acontece na administração Kassab. Aliás, nem mesmo neste recém-nascido 2010, como se viu no protesto contra o aumento da tarifa do ônibus na mesmíssima, e cada vez mais desvairada de Mario de Andrade. "É simplesmente a cara dos governos Serra e Kassab. Imagine se chegar a ser presidente... Aí provavelmente teremos uma ditadura escancarada. Em São Paulo temos uma ditadura disfarçada. Você tem que se afogar e ficar calado. Se protestar, apanha da polícia", disse ao Correio o líder do Movimento pela Urbanização e Legalização do Pantanal (MULP), Ronaldo Delfino. E é preciso mencionar a postura altiva dos moradores. Mesmo com o tratamento desumano de um governo que quer vê-los pelas costas, protestaram em tom pacífico por todo o tempo, inclusive acatando ordens de um representante do gabinete do prefeito, ausente na ocasião, de se afastarem da área de entrada do prédio administrativo. "Eles se utilizaram de toda a força, com gás de pimenta, cassetete, fazendo algumas pessoas parar no hospital. Foi uma ação de policiais que considero despreparados para trabalhar com o movimento popular", contou Zelão, mostrando que protesto social virou inimigo a ser combatido pelo Estado. O relato da blogueira Maria Frô (Para o poder público de SP, o povo é lixo e deve ser tratado a porrada e gás de pimenta) mostra de maneira impressionante os fatos contados pelo vereador, destacando a excessiva compreensão dos moradores (que levaram até cobras d’água coletadas em suas próprias casas), desejosos apenas de se fazerem escutar uma vez na vida, o armamento ostensivo da patota fardada e a desproporcional resposta violenta aos cidadãos. A jornalista também não escapou da violência oficial, registre-se.
Leia a matéria na integra aqui: http://ow.ly/18Mos .

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