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sábado, 27 de fevereiro de 2010

GREVE NA GRÉCIA

Grécia: Centenas de milhares se unem à greve do setor público contra os brutais planos de austeridade
Andros Payiatsos, Xekinima (CIT Grécia) O ‘resgate’ da UE vem com impiedosas “condições rigorosas” – a resistência dos trabalhadores deve continuar!
Centenas de milhares de trabalhadores do setor público entraram em greve na Grécia, na quarta 10 de fevereiro, em um impressionante demonstração de força contra o draconiano pacote de cortes sociais do governo do social-democrata PASOK.
Estima-se que 75% dos trabalhadores do setor público participaram, subindo para 90% entre as maiores empresas do setor estatal. Duas manifestações de sindicalistas e trabalhadores também foram realizadas em Atenas, apesar da forte chuva, com um total de 15 mil, o que são grandes manifestações comparadas a protestos similares nos anos recentes, especialmente dadas as más condições climáticas.
Uma greve dos trabalhadores do setor privado chamada para 24 de fevereiro se tornará uma greve geral de 24 horas, já que a Confederação Sindical dos Trabalhadores Públicos (ADEDY) decidiu se unir a mobilização.
Há uma raiva generalizada e profunda contra os planos de ataques aos empregos, salários, condições de trabalho, aposentadoria e aumentos de impostos. As medidas de austeridade incluem um congelamento dos salários do setor público e sérios cortes nos bônus, que constituem uma grande parte da remuneração do setor público grego (algumas vezes 90% do salário oficial); pesados impostos sobre combustíveis, tabaco e álcool; substituição de apenas um em cada cinco dos empregados que deixam o serviço publico; aumento da idade de aposentadoria em dois anos, em média acima dos 65 anos (agora a idade formal de aposentadoria), dando “incentivos” aos trabalhadores para ficarem mais tempo no trabalho (incentivo significa reduzir o número de aposentadorias para que os trabalhadores sejam forçados a trabalhar por mais tempo). Jornalistas estrangeiros descreveram as principais marchas da última quarta como um “rio de fúria”. Um trabalhador comentou: “O que eles estão tentando fazer é roubar nossos direitos duramente conquistados, direitos como a jornada de oito horas e uma aposentadoria decente depois de toda uma vida de trabalho. Essa é uma crise que vai tornar os pobres ainda mais pobres e os ricos mais ricos. É totalmente injusto”. Mas o sentimento é misto, com alguns trabalhadores também expressando resignação e até desespero. Muitos também estão aturdidos pelo rápido desenvolvimento e profundidade da crise econômica grega. Os líderes da federação sindical ADEDY (dos empregados públicos), que chamaram a greve, dizem que se opõem ao brutal pacote de austeridade do governo, mas não apresentam um programa concreto para os trabalhadores derrotarem os ataques ou oferecer uma verdadeira alternativa aos cortes. Muitos ativistas experientes dizem que a greve foi chamada principalmente para “diminuir um pouco a pressão”.
Leia a matéria na integra aqui: http://ow.ly/1bUb1 .

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