O orgulho e o nojo de ser humano
Assisti hoje ao filme Chico Xavier, contando a vida desse ser humano fantástico que pregava o amor e a tolerância ao próximo! Um filme digno e respeitoso para com a memória desse que foi um dos espíritos mais elevados que passou por aqui...
No mesmo dia, vejo jogadores santistas recusando descerem de um ônibus e visitarem crianças deficientes e carentes cuidadas por uma instituição espírita de caridade. O motivo? A maioria dos jogadores é evangélica... Leia o fatídico e vergonhoso caso aqui.
Ocorre que boa parte dos atletas --incluindo os mais badalados e aguardados, como Neymar, Robinho e Ganso-- não saiu do ônibus. O aparente motivo do levante foi religioso: a instituição beneficente segue a doutrina espírita.
Ganso chegou com seu próprio carro e, antes de entrar no local, foi chamado pelos colegas que estavam no ônibus (eles gritaram e bateram nas janelas). Ganso entrou no ônibus, onde também estavam Fábio Costa, Durval, Léo, Marquinhos e André, e não saiu mais.
No dia em que vi o filme do Chico, vejo os "meninos da Vila" com preconceito contra o espiritismo. E Chico não pregou a intolerância!
No dia em que vejo o exemplo de amor ao próximo que foi Chico Xavier, vejo jogadores milionários virarem as costas para crianças... tudo por conta de um maldito separatismo religioso!
Sob quais preceitos evangélicos tais jogadores se basearam pra cometer tamanho ato de desumanidade? Quais leis "divinas" obrigam um evangélico a não "se misturar" com outras pessoas que não sejam da mesma orientação religiosa que a sua?
Chico vivia com salário de funcionário público... e atingiu milhões por milhares de anos! Robinho, Neymar e cia. ganham milhões... e atingirão o mínimo de pessoas pelo mínimo de tempo!
Uma cena memorável marcará todos que assistirem ao filme de Chico: no final, após a subida dos créditos, um silêncio impera na sessão, por mais lotada que esteja. É um silêncio ecumênico e de respeito a esse incrível homem...
Que o silêncio perdure... mas que perdure apenas por um minuto. Façamos um minuto de silêncio pela morte do amor ao próximo, protagonizada e agonizada pelos jogadores santistas.
Façamos um minuto de silêncio... Mas façamos uma vida de barulho contra a intolerância religiosa!
Não sou mais espírita, não tenho mais religião... sequer acredito em Deus, mais! Aliás, duvido que tenha vindo a acreditar algum dia. Porque ao mesmo tempo que tenho orgulho de ser tachado de ser humano ao ver um Chico Xavier, sinto nojo de ser colocado no mesmo no mesmo código genético de pessoas como esses jogadores.
A tolerância desse homem foi tanta que ele chegou a dizer:
"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem."
Receio ressaltar que, em alguns casos, algumas pessoas sequer as terão... Mas, aos "nobres" evangélicos de chuteiras, deixo outro recado dele:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Extraído: http://ow.ly/1uiCz .
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