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quarta-feira, 28 de abril de 2010

ELEIÇÕES 2010

Jornal de Limeira X PT
Já que o debate está na boca do povo, democraticamente, quero estabelecer um canal de diálogo fraterno com os leitores e com o próprio jornal de Limeira. Vou exprimir apenas alguns pensamentos e espero ser bem compreendido. Penso que as agremiações políticas existem e devem ser as únicas responsáveis por suas decisões internas e externas. Compreendo, portanto, que as agremiações políticas mantêm ou mudam suas decisões e suas diretrizes de acordo com fatos conjunturais e/ou outros acontecimentos que as justifiquem. Vejo assim a trajetória do PT em nível nacional e em Limeira.Vejo assim a trajetória de outras agremiações que se fortaleceram e se enfraqueceram em consequência das suas práticas e decisões. Esse é o jogo em uma sociedade democrática, gostemos ou não dele. As agremiações mudam ou mantém seus programas e os cidadãos fazem o julgamento positivo ou negativo na hora que julgarem convenientes. Cabe a imprensa buscar equilíbrio para informar a sociedade, muito embora seja muito difícil para o jornal e para o jornal, manterem esse distanciamento das paixões que são capazes de movimentar mentes e corações dentro de uma agremiação partidária. Posso até discordar de muitas coisas que foram feitas e de muitas que continuam sendo realizadas no PT de Limeira, mas se eu tiver a pretensão de interferir internamente no PT de Limeira para esse ou aquele rumo devo antes de mais nada estar filiado a ele, participando e assumindo a responsabilidade por suas decisões. Penso que um veículo de comunicação ou um jornalista não podem tomar partido pró ou contra essa ou aquela decisão e passar a fazer campanha deliberada usando o veículo para destruir essa ou aquela posição. Misturar informações partidárias e relacioná-las às decisões de outras entidades para repassar a tese do jornalista ou do veículo para o leitor, o ouvinte, o telespectador ou internauta de que essa agremiação apodreceu, mudou, não tem mais jeito, tudo está perdido etc. é muito complicado. Respeito toda a história do Jornal de Limeira e seu compromisso com a cidade e com a democracia. Respeito os seus profissionais e o seu editor. Mas penso que o que aconteceu nas últimas semanas é um grande equívoco do jornal e do seu editor. Mas ao mesmo tempo, vejo que o caso de Limeira não se trata de um caso isolado e sim de algo que está, neste momento, acontecendo no jornalismo com muita frequência. Recentemente o sociólogo e cientista político Emir Sader escreveu um artigo no mínimo perturbador. Ele trouxe à tona a estratégia de um dos jornais mais importantes do Brasil para descredenciar a pré-candidatura governista ao Palácio do Planalto. Parafraseando Emir, o artigo sentencia: quando o jornal passa a confundir jornalismo com militância política, a coisa se complica e vira um jogo de interesses, distante dos interesses mais nobres da democracia. Essa postura dos profissionais do jornalismo em nível geral erguerem suas bandeiras e exigirem que dirigentes das mais diferentes agremiações, sigam suas vontades e crenças é algo muito complicado e que não ajuda a sociedade. Se os veículos de comunicação querem prestar um bom serviço para o avanço e o crescimento das instituições democráticas, creio que devam começar pelo respeito a essas mesmas agremiações e seus dirigentes. A história do PT é a história do PT. Ela foi construída por milhões e continua sendo construída por outros tantos. Cabe ao bom jornalismo jogar luz sobre os fatos, mas sempre com muito cuidado para não passar a ter a pretensão de substituí-las em seu papel e atribuições. Extraído: http://ow.ly/1EpaL . OBS: Texto endereçado ao Jornal de Limeira/SP

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