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domingo, 25 de abril de 2010

O TRAFICANTE DA ARTE

Para Gú Tigers, rei do tráfico.
Gú Tigers é um outsider. Não. É um subersivo. Também não. Antes de tudo ele é um sobrevivente. Veja, esse cidadão chamado José Augusto Corrêa, 48, sequer tem conflitos éticos ou ideológicos. Não se trata de um deslocado que tenta colocar o mundo nos trilhos a seu modo. Não. O métier dele é o escracho. Arruinar a imagem postiça e supostamente ilibada dos homens públicos de Limeira é o seu pão. Mas também sua miséria. Na minha opinião não é um traficante e nem pedófilo. Limeira é um mal necessário na vida desse intelectual orgânico, perspicaz cronista social e jornalista marginal. Gú Tigers trafica arte. (Prendam-no!). É também um alquimista. (Calabouço nele!). Esse limeirense, nascido na Avenida Campinas, consegue transformar o lodo político da sua cidade natal numa comédia refinada, conceitual e contextualizada. Não oferece o joio como trigo e impõe uma postura cabotina sobre o que escreve, como é o hábito prosaico dos jornalistas. Das coisas feitas para serem sérias, Gú Tigers faz piada. O riso é a ante-sala da reflexão. Esse é o seu encanto. Sua força. Sua nêmese. Muitos derramam um olhar penalizado sobre Augusto, como se fosse um inocente. Como se fosse um inofensivo. Não é, nenhuma e nem outra coisa. Não é mito. Gú Tigers tem a semi-essência de um anti-heroi. É despreendido. É solitário. Entende perfeitamente seu papel. É um cavaleiro de havaianas, deslizando pelas ruas esquisitas dessa cidade. Bate de porta em porta atrás de patrocínio. Chega lá, sorri aquele sorriso infantil. Faz suas esquetes. Vez ou outra dá certo e consegue cinquentinha. Sai feliz por vender o que há de mais lisérgico em Limeira: o Diário Tigers. * Gú Tigers foi acusado de tráfico de drogas e pedofilia . Veja o link http://bit.ly/d5Hr67 Paulo Corrêa- Jornalista do Todo Dia de Americana

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