Hilda Hilst, no fluxo do eterno
Por Flávio Viegas Amoreira
Foto: Mora Fuentes
Repasso Hilda, nesse espaço mais importante da internet, que chamava de catacumbas de demônios dostoievskyanos: CRONÓPIOS, minha carta de 22 julho de 2000.
Minha sozinhez, Hilda, é solitude específica: as anatomias dum corpo já tão somente só me trazem vazio sem Alma: não há desejo que sustente por si só o Amor: o Amor que tenho em mim precisa estar fincado por andaimes num terreno poderoso, sem a movediça e fugaz satisfação da carne. “Desde sempre redescoberto amor em mim”, assim reúno trecho de teu “Júbilo”. Aguardo e-mail de Yuri e vamos a Campinas ainda nesse inverno dum novo século que se anuncia.
Beijos, Flávio Viegas Amoreira
“Caro Flávio, a Vida mostra-se a nós como uma prova de bastão: passo aos que tomarem a Literatura com dor e ventura de seguir a prova. Seguiremos a Solidão compartilhada e mesmo encantamento pela Beleza como âncoras. Olha aí o Mar de Santos onde vivi os primeiros 7 anos de minha trajetória em busca do inefável, sabe que não uso a palavra morte sem essa busca: quando faço Poesia já antecipo o que seja Eterno: sair do corpo ao encantamento. Aguardo você com Yuri aqui em Campinas. Vocês repõem “estoque” de jovens escritores que tanta falta fazem na hora do vinho: mesma saudável loucura. Beijos, por carta mesmo. Não entrarei nessa coisa que surge, internet”.
Hilda Hilst
Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/1CEKg .
Uma lembrança
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