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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CASO BATISTI

Caso Battisti: Moção do Senador Suplicy Esta é, talvez, a mais importante proposta individual já feita pelo caso Battisti. Peço aos amigos que se esforcem em difundi-la. Carlos Alberto Lungarzo Anistia Internacional USA No dia 18 de Janeiro de 2011, o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy enviou um e-mail a *Dario Pignotti*, um jornalista argentino que atua no Brasil como correspondente da Agência ANSA. O motivo da mensagem é que esta agência tinha publicado, através de seu escritório em Trieste, mais uma das centenas de queixas contra Battisti dos familiares dos mortos, que, aliás, foram mortos por outros: Memeo, Masala, Mutti, Giacomini, Grimaldi e Fatone. Estas vítimas cobram do Battisti cumprimento de duas prisões perpétuas na Itália, na esperança de que depois de cumprir a primeira, sua alma vá ao inferno e aí cumpra a segunda. Segundo eles, pedem isso não por espírito de vingança, mas de justiça! Que bom que eles fazem a ressalva. Pode haver algum malicioso que pense que eles são vingativos. Contexto Geral Esta cobrança não é nenhuma novidade. Desde que começou a ser conhecido o caso Battisti, a Folha de S. Paulo publicou em forma relativamente destacada (até onde eu consegui conferir) 19 declarações de Alberto Torregiani, filho do ourives que fora assassinado por um comando dos PAC em fevereiro de 1979. Jornais, revistas e redes de TV deram também destaque a Maurizio Campagna, irmão do policial morto pelo mesmo grupo em abril desse ano, e a Alessandro Santoro, filho de Antonio Santoro, chefe dos carcereiros de Udine, morto em junho de 1978, em represália pela aplicação de torturas a prisioneiros na cadeia judicial de Udine. Já Adriano Sabbadin, filho do açougueiro Lino, da uma vila perto de Veneza, foi várias vezes citado pela mídia Brasileira, como um das pessoas que viu Battisti matar seu pai. É importante indicar que, em todos os depoimentos feitos por Adriano (incluído aquele reproduzido por Giuseppe Crucciani em seu livro Os Amigos do Terrorista), ele declara algo muito diferente: “que quando seu pai foi morto, ele estava falando ao telefone e, chegando bruscamente ao local onde estava seu pai ensangüentado, viu duas pessoas fugindo”. Ele acrescenta que a justiça, se baseando na confissão de um “arrependido” tinha identificado um desses homens como Battisti. Em, pelo menos 14 depoimentos e declarações à imprensa que eu chequei, repete-se o mesmo relato. Suponho que deve haver outros muitos. Ou seja, Adriano acredita que seu pai foi morto por Battisti, porque os delatores falaram isso, mas não se proclama testemunha. O caso de Torregiani é ainda mais expressivo: muito cedo, ele reconheceu que Cesare não estava no lugar do ataque, e até admitiu que a bala que o atingiu e o deixou paralisado, foi disparada por seu pai, quando visava outro alvo. Essa versão foi confirmada até por alguns procuradores italianos, apesar de que estes não pouparam mentiras para acumular culpas sobre Battisti. O jornalista francês de direita Guillaume Perrault, do jornal Le Figarò, confirma esta informação em seu livro Generation Battisti, do qual falei numa matéria anterior. Como se tudo isto fosse pouco, em 2006, o mesmíssimo Alberto se referiu em primeira pessoa ao caso, no seu livro Estava na Guerra, mas não Sabia. Leia a integra aqui: http://www.torturanuncamais-rj.org.br/noticias.asp?CodNoticia=289

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