Eleições: os liberais ingleses, à esquerda da esquerda
Escrito por Luiz Eça
Não foi surpresa a queda do Partido Trabalhista para um humilhante terceiro lugar nas pesquisas eleitorais inglesas. A incapacidade de Gordon Brown domar a crise, que atingiu a Inglaterra em cheio, pesou contra seu governo. Medidas tomadas nestes 13 anos dos trabalhistas no poder, como a participação destacada na guerra do Iraque, redução de salários (para aumentar a competitividade das exportações do país) e as leis anti-terror restritivas das liberdades, não pegaram bem num partido tradicionalmente associado à esquerda. Tudo isso culminando com a revelação de gastos escandalosos de parlamentares trabalhistas.
Como seria lógico, os conservadores aproveitaram-se da situação para se apresentar como a mudança que o povo britânico exigia.
Ninguém contava com a ascensão espetacular do Partido Liberal, mero coadjuvante da política inglesa desde o fim da 1ª. Grande Guerra, sempre bem atrás dos conservadores e trabalhistas que se revezaram no governo até hoje.
Ao noticiar a virada dos liberais que empataram com o Partido Conservador na liderança das pesquisas, a mídia brasileira ressaltou as qualidades pessoais do líder do PLD, Nick Clegg, comparando-o com Obama. Deu-se destaque ao seu carisma, juventude, facilidade de comunicação e à sua identificação com a “mudança”, tomando esta bandeira do Partido Conservador, na verdade, um partido do “establishment” que hoje pouco se diferencia do Partido Trabalhista.
Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/1GX21 .
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