Cronista de um tempo ruim - por Jéssica Balbino
Deveria ser de leitura obrigatória.
No Ensino Fundamental, Médio, Vestibular e sequência.
Deveria ser promocional "Compre meia dúzia de pães e ganhe o livro "Cronista de um tempo ruim". Arroz, feijão, farinha, macarrão e o livro"Cronista de um tempo ruim", estes são os principais produtos da cesta básica.
Compre uma Mercedes ou uma Ferrari e ganhe o livro "Cronista de um tempo ruim". Calce um tênis nike e ganhe o livro "Cronista de um tempo ruim".
Abrace a causa do câncer de mama e o Ferréz: compre a camiseta e leve o livro.
Todos brasileiros, sejam da periferia ou não, deveriam ler este livro de bolso, de 123 páginas com histórias e contos incríveis.Um tempo ruim - o nosso tempo - é retratado por um homem que enxerga à frente desta realidade e também deste tempo.
Por um homem que nasceu e sempre viveu na quebrada mas consegue enxergar os problemas e soluções desta vida tão miserável.O livro, em formato de bolso, pode ser adquirido pelo preço de uma refeição ou de duas cervejas e meia. Pode ser lido para sempre, passado de mão em mão, de escola em escola, pode ser trabalhado, interpretado, porque é vivido diariamente por milhões de brasileiros desse mundaréu de quebradas, vielas, periferias e córregos sujos.
A visão de Ferréz para o cotidiano periférico é bem peculiar, e para os causadores dos problemas enfrentados pelo povo que é massacrado também.
Ele diz sim à guerra contra os que merecem, e paz aos que precisam. Ele passar por restaurantes populares, chacinas diáiras na zona sul de São Paulo, falta de comida em casa, falta de comida na casa dos amigos, muitos destes que morrem e o abandonam no meio do caminho, vai pelo crime, pela rima, por uma biblioteca comunitária montada numa antiga boca de tráfico e por fim, passa pelos nossos corações, ora mesquinhos e materialistas, desejando um nike, uma roupa da moda, um computador, um DVD, um home theater, ora caridosos, cobrindo o mendigo que dorme na esquina, rezando por quem já se foi e agradecendo até mesmo a desgraça.Ele se arma com a caneta e dispara palavras.
Não se importa quem vai machucar, mas temo que seja muito mais quem vive do lado de lá da ponte.
No mais, o pequeno livro (que não vai mais sair do meu bolso e bolsa) é um lindo presente para a favela e para nosso intelecto. Ferréz, você é um cara fera !
Jéssica Balbino.
Extraído: http://ow.ly/1TBkg .
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