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terça-feira, 8 de junho de 2010

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
O segundo livro desta secção é 111 AiS, do escritor Curitibano Dalton Trevisan. Trata-se de mais uma colêtanea de textos, micro contos, retirados de obras do autor: Ah é?, 234, e pico na veia. Dono de textos que em sua maioria tratam do cotidiano e de sua bela cidade natal, Dalton Trevisan, tem no curriculo obras do calibre de: Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965), seu livro mais famoso.
TEXTO 68. Pronto me calo, a minha mão ponho na boca. Todas as noites do velho são dores, eis que vem o fim. No tempo das aflições minha alma é uma lesma aos uivos que retorce o chifre e se derrete no sal grosso. Devo catar as migalhas debaixo da mesa? Morder a pelanca do meu braço? Comi a gordura, engoli as delicadezas, cuspi os ossinhos da sambiquira. E fui deixado só com o buraco do meu umbigo. Agora me deito e sem falta morrerei.

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