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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

OBAMA E A QUESTÃO AMBIENTAL

“EUA”.
Por João Paulo – Pastoral Operária.
(Fonte: e-mail pessoal, em 16/11/2009).
Quem não sabia? Eu já sabia, só não imaginava que seria tão rápido. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outras potências mundiais, entre elas o Japão e a China, anunciaram que não assinariam nenhum acordo vinculante sobre mudanças climáticas em Copenhague, Dinamarca.
O mundo esperava por um resultado positivo desta conferência que substituiria o protocolo de Kyoto e traçaria novas metas para o futuro da terra. A questão ambiental já não é mais encarada como uma loucura de ambientalistas, como há vinte anos atrás. É notório, até para os mais intransigentes à causa, que a terra está doente.
Em pouco mais de trezentos anos conseguimos destruir o que o planeta demorou bilhões para construir. Hoje produzimos 30% a mais do que a terra é capaz. É como se andássemos numa velocidade de 260Km em um veículo que tem a potência de apenas 200Km. Procuramos produzir infinitamente em um mundo de recursos finitos.
Escolhas erradas construíram um mundo errado. Apenas um esforço conjunto de todos os países do globo, principalmente as potências econômicas, vez que são as principais poluidoras, poderá encaminhar nosso futuro por outras veredas, que não a do desastre.
Todavia, tal como Kyoto, os EUA, que são os principais poluidores do globo, se negaram, antecipadamente, a assinar um acordo conjunto sobre a causa ambiental e o futuro do planeta.
Para se ter uma idéia, os americanos são responsáveis por ¼ da poluição atual. Se todas as pessoas do globo consumissem como um americano, precisaríamos de quatro planetas terra.
Sempre sustentei a tese de que a vitória de Obama na corrida presidencial americana, negro e com concepções diferentes dos presidentes anteriores, seria também uma vitória para humanidade. Mas sempre fazia a ressalva de que não poderíamos taxá-lo como salvador da humanidade. Foi um avanço? Sim. Mas ele vai sempre por em primeiro lugar a questão econômica americana. Logo após a vitória de Obama ao prêmio Nobel, que achei totalmente equivocada, o presidente americano enviou mais centenas de soldados para sua “guerra pela democracia” no Oriente Médio.
Engraçado como alguns passam toda a sua vida lutando por uma causa, para no final serem reconhecidos. Ele, ainda verde na conjuntura mundial, sem ter dado nenhum avanço significativo pela paz entres os povos, saiu com o prêmio da paz. Essa história que alguns defendem, afirmado que o prêmio serviu de incentivo, também não cola. Se fosse deste modo, daríamos também o prêmio para Osama Bin Laden, assim o incentivaríamos a deixar a sua “guerra santa” de lado.
Mais um vez os Estados Unidos não estão dispostos a deixar de lado o American way of life pelo bem de Gaia, da Pacha Mama, do planeta Terra.

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