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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UMA CRÔNICA

NATAL É FICÇÃO DE MARMANJO Escrevi no meu blógue (www.vozeriodoinferno.blogspot.com) sobre a decoração natalina de Rio Cráro. Especialmente a da rua 3, com ínicio na avenida dois. A impressão que se tem, é que ou se faz tudo sempre nas coxas ou o camarada que monta a bodéga é o cego antiborgiano. É hilariante e trashcômico, chefia. Natal: natal. Panetone boqueta e abraços cretinos. Ainda bem que surgiram duas comemorações de aniversário pra quebrar um pouco a monotonia. Primeiro o do Mucélis. Grande chapa, amizade recente, gran corazón, Muça integra o 100% simpatia ride. Depois, domingão, é dia de ir lá pra goma do Felipera. Grande mestre Zanzibar. Todo final de ano é essa comemoração fodóvisky, dá-lhe Zanzi. Pra quem não sabe, o mestre agora virou tradutor de manuais gringos, manuais de instruções referentes a astronaves e tanques da paz, pra citar mínimos exempros. Aoopa. Aproveitando o ensejo, dei aquele rasante pela rua 1. E é claro que dei o pulo lá pra dentro do sebo do Édson. Grande sujeito e alma comanchera, o Édson. Quanto livro bão achei! Neguinho tá de touca de não ir lá conferir. Incrusive, levei várias correspondências do Xará de Andrade pra casa. Tá certo. Aoopa. Não resisto, tenho que passar o pano nesse trecho pra geral conferir: “ O verbalismo é um estado puro de possessão em que o indivíduo não se controla mais. É um estado de poesia que se poderia chamar de entusiasmo, no sentido de maior desprendimento que esta palavra possa ter”. Taí: coisa fina. Aquecimento pra crônica sobre final de ano: falarei pra variar da arte em rio craro. O quão medíocre é seu papel. De quão óbvia é, na maioria dos casos. Como o uso da linguagem feito pelos artistas é bobo. Reflexo também da pasmaceira receptora: o povo daqui se contenta com qualquer merda. Outro fato é o grupo de arte & cultura de rio craro: são enxurradas de emails muitas vezes inúteis. Tudo bem, eu aprecio o inútil- mas não o inútil constrangível. A tônica de muitas toneladas da papagaiada que me chega é sempre balizar o pensamento de outrem, naquele capenga ctrl c+ ctrl v, ou seja reflexão-piada. Pra não falar que ali tudo me parece extrafake, de “juventude bom mocista” à “arruma um carguinho pra mim também”. Sim, há pessoas gente fina e com cérebro, com corazón no rolê. Eu e mais alguns, por exemplo. Aoopa. É. Nos fones permanecerei escutando o punk latino: Dos Minutos, Flema, Attaque 77, BBS Paranoicos, Cadena Perpetua, e por aí vai. Tem uma banda espanhola que é firmeza também, bem ramônica: o F.A.N.T.A. Baixo os sonidos pelo Soulseek e pego mais inspiração ainda. Como é bom o sangre punk refrônico dessa rapaziada. Dá mais gás ainda pra chegar logo no estúdio e lascar a quarta demo dos Garrafa: “o que restou da rua 1”. Serão belos temas, macacada. Dois palito e ela já estará saindo do forno de vez. Futricar também é fustigar. As alcoviteiras não tem corações: espelem furúnculos em frases feitas. Elas deviam arrancar as roupas e se divertirem em fliperamas da franquia pré-Santo Agostinho. Enquanto isso, dePUTAdo que vai pagar umas de Turista leva a fauna pra passear com desvio money. Ouuu iééé. Ilhas caribenhas nomeiam as suítes onde o velhote fornica a bufunfa. Brasilzão em mesmice integral. E ontem assisti enfim o filme que minha colega emprestou: Stoned. É craro, I know, é de 2005. Tem aquele drama “ó, o empreitero matou Brian Jones?”. O roteiro é ralinho, tentando isso desbaratinar jogando com linearidade. A trilha sonora é kids. Mas as cenas tentando emitar rugidos lo-fi com toda aquele blá blá blá de amor livre deixam o filme no quesito “para curiosos fãs de Stones”. No fim das contas, valeu. Claro que não chega nem aos pés do filme anterior que havia assistido, do diretor mexicano Amat Escalante: Los Bastardos. Filmaço. Jesus e Fausto, “bem representados”, correndo nas veias imagéticas PLÁ PLÁ em oitenta e seis minutos. Recomendo. E pergunto: meterá alguém uma bala na cabeça ouvindo o disco de natal da Simone - comprado na fila do caixa das lojas americanas?

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