Não é possíveis, como as elites de Limeira, são conservadoras e chegam muitas vezes às raias do absurdo. Sua política paroquial e bairrista é sem dúvida nenhuma um dos motivos do relativo atraso no desenvolvimento da cidade. Falo em progresso com justiça social e não que beneficie apenas uma parcela da população. Mas vamos ao fato que gerou este texto, ou melhor, a matéria. Na coluna Bastidores assinada ontem pela Jornalista Bruna Lencioni do periódico A Gazeta de Limeira, destaco os três primeiros tópicos:
CAMPANHA À LIMEIRA - Deve ser lançada em Limeira campanha para incentivar o eleitor a votar em candidatos da cidade. A medida começa com levantamento exato do número de votos que os últimos candidatos tiveram nas eleições. Já há números que revelam que grande parte dos eleitores locais optaram por políticos de fora.
SEM MAIS - Mais informações sobre essa campanha, aguardem, acompanhem na Gazeta.
EXCESSIVO - É grande o número de candidatos que temos e que prometem se lançar na disputa eleitoral para deputado estadual e federal. O cenário ainda não está fechado. É aguardar se alguém terá bom senso, pois o que está em jogo vai além do ego de partidos e políticos, É O BEM DO MUNICÍPIO.
Esta coisa de puxar sempre a sardinha para o suposto bem da cidade, já ta ficando muito chato. Já não chega uma campanha recente, intitulada "Salve o Horto", que algumas pessoas, inclusive lideranças sociais, que beirou a xenofobia. Pérolas do tipo, o horto é dos limeirenses, sem terra são forasteiros, quem defende ST não é de Limeira ou não gosta da terra e por aí vai. E tem também a lenda, que não se sabe se é tão lenda assim, de que empresários da cidade é que freiam a vinda de novas empresas e investimentos, por temer não ter grandes lucros.
E agora, de uns anos para cá, a necessidade de propagar que a cidade tem o dever de votar em candidatos que aqui moram. O argumento é de que eleitos, os "futuros" parlamentares olharam mais para as reivindicações do município. Sem deputados desde 1998, esta parcela tão preocupada com Limeira, afirma que a ausência dos da terra, dificulta a vinda de recursos estatais. Isto é bem relativo.
Quando aqui tivemos representantes seja na Assembléia Legislativa, seja no Congresso Nacional, nada de tão significativo, pelo menos não me lembro, veio por intermédio destes Parlamentares. È relativo à afirmação, pois a atuação no legislativo depende de correlação de forças existente em cada casa legislativa, e mais que o Deputado, se alie com o governo de plantão, os olhos deste ultimo só se voltam para a cidade ou Estado, quando lhe convém ou possa lhe render frutos no futuro. Esta é uma cultura política, ainda muito forte no Brasil, que é adotada da esquerda á direita. Um dos cânceres de nosso ideário político.
Não se pode concluir de que votando no candidato da terra, o mesmo tem valores e sentimentos de amor á sua população. Primeiro que é a ideologia política do Partido, grupo econômico, que define á atuação do Parlamentar. Não há vontade própria, á não ser que o Deputado seja ou vire cacique Partidário, vide um Sarney, família ACM e outros. Segundo temos mil exemplos de políticos que literalmente viram as costas para suas bases eleitorais, e em nada se preocupam com as necessidades e reivindicações das mesmas. Como não posso deixar de dizer, que á parlamentares, dedicados a sua cidade. Terceiro um mandato parlamentar não pode se resumir, a trazer "recursos" para sua cidade, não se importando aí com a Ética, a transparência com a coisa pública, posturas e comportamentos parlamentares. Então o Deputado é bom se consegue dinheiro para a cidade, se ele vota por aumento de impostos, cortes em direitos sociais, pelo aumento de seu próprio salário, se faz vistas grossas para a corrupção ou se dela participa, é irrelevante?. Quarto ao ser eleito o Deputado não é mais da cidade ou do Estado, ele é do conjunto da população Brasileira, pois o que se vota nos Plenários Legislativos, é do interesse coletivo e não individual.
Então se não temos deputados da cidade, ficaremos órfãos? Sim e não. Sim se os administradores públicos, continuarem a ser ineficientes ao reivindicar junto ao Estado e a União recursos, ou os Partidos e grupos políticos, não se movimentarem para isto. Não se estes movimentos perfeitamente legítimos, forem feitos. Há municípios menores que Limeira, que nunca tiveram Parlamentares, que tem conseguido verba do PAC. È uma constante, Prefeituras de todos os tamanhos, manterem em Brasília e São Paulo, escritórios especializados em acompanhamento e reivindicação, de projetos e ações governamentais, sem precisar com caixinhas e jetons. Basta ter iniciativas e boa vontade política, para se conquistar sucesso nesta empreitada.
Mas é lógico que gostaria que nossa cidade, tivesse Deputados, é muito mais fácil, cobrar e fiscalizar, desde que a sociedade civil, esteja organizada, não para defender interesses corporativos e de paróquia, mas da coletividade geral. Como os deputados eleitos que aqui tem tido votos, devem ser cobrados no decorrer dos quatro anos. Vou dar um exemplo de dedicação á cidade, neste quesito "buscar" recursos federais, de um Partido que não é de esquerda e que vem cumprindo bem este papel. Refiro-me ao PR, Partido da República. Pelo que me consta através dos Parlamentares do Partido em Brasília, o Partido tem trazido verbas para inúmeras áreas, muito mais que o PDT, partido do atual governo. Como disse, basta vontade política, e aí podemos dizer ser demagogia, que o político ama sua cidade. Ao contrario é só falácia.
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