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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DICA DE LIVRO

Livro resgata registros fotográficos de processos revolucionários
Em seu livro "Revoluções" (Editora Boitempo), Michael Löwy reúne os principais registros fotográficos dos processos revolucionários do final do século XIX até a segunda metade do século XX. Para o organizador da obra, “as fotos de revoluções revelam ao olhar atento do observador uma qualidade mágica, ou profética, que as torna sempre atuais, sempre subversivas. Elas nos falam ao mesmo tempo do passado e de um futuro possível”. O livro percorre a diversificada experiência das lutas populares por meio de imagens raras, como as fotografias da Comuna de Paris, e clássicas, como as de Lenin e Trotski na Rússia. Redação - Carta Maior
Em um esforço inédito de compilação, o livro "Revoluções" reúne os principais registros fotográficos dos processos revolucionários do final do século XIX até a segunda metade do século XX. O livro convida o leitor a percorrer a diversificada experiência das lutas populares por meio de imagens raras, como as fotografias da Comuna de Paris, e clássicas, como as de Lenin e Trotski na Rússia. Para Michael Löwy, organizador da obra, “as fotos de revoluções revelam ao olhar atento do observador uma qualidade mágica, ou profética, que as torna sempre atuais, sempre subversivas. Elas nos falam ao mesmo tempo do passado e de um futuro possível”.
Além da documentação iconográfica, os acontecimentos históricos são narrados por intelectuais como Gilbert Achcar, Rebecca Houzel, Enzo Traverso, Bernard Oudin, Pierre Rousset, Jeanette Habel e o próprio Löwy. São ensaios ágeis que, a partir de registros fotográficos, retratam a Comuna de Paris, as revoluções Mexicana (1910–1920), Russas (1905 e 1917), Alemã (1918–1919), Húngara (1919), Chinesas (1911 e 1949), Cubana (1953–1967) e a Guerra Civil Espanhola (1936).
A edição brasileira conta com um capítulo exclusivo, no qual Löwy faz uma reflexão sobre os momentos de resistência que marcaram a história do Brasil. O livro traz também um texto, "A história não terminou", que passa em revista uma série de eventos transformadores dos últimos trinta anos: o Maio de 1968, a Revolução dos Cravos em Portugal (1974) e a Nicaraguense (1978–1979), a queda do Muro de Berlim (1989) e a sublevação zapatista de Chiapas (1994–1995).
A obra resgata, assim, a trajetória daqueles que viveram movimentos contra-hegemônicos e de inspiração igualitária, aliando rostos de anônimos que protagonizaram as lutas de classe a registros de dirigentes eternizados pela história, como Vladimir Lenin, Felix Dzerjinski, Leon Trotski, Béla Kun, Emiliano Zapata, Pancho Villa, Che Guevara e Fidel Castro.Nas palavras de Luiz Bernardo Pericás, que assina a orelha do livro, “sucesso de público e crítica tão logo foi lançado na França, em 2000, Revoluções teve sua primeira edição esgotada rapidamente. As imagens e os ensaios que compõem este volume tornam-se imprescindíveis para a compreensão de alguns dos episódios mais bonitos e emocionantes da história universal contemporânea”.
Textos e autores
A revolução fotografada Michael Löwy
A Comuna de Paris, 1871 Gilbert Achcar
A Revolução Russa de 1905 Gilbert Achcar
A Revolução Russa de 1917 Rebecca Houzel e Enzo Traverso
A Revolução Húngara, 1919 Michael Löwy
A Revolução Alemã, 1918–1919 Enzo Traverso
A Revolução Mexicana, 1910–1920 Bernard Oudin
As Revoluções Chinesas, 1911 e 1949 Pierre Rousset
A Guerra Espanhola, 1936 Gilbert Achcar
A Revolução Cubana, 1953–1967 Janette Habel
A história não terminou Michael Löwy
Posfácio à edição brasileira – Revoluções brasileiras?
Michael Löwy Sobre o organizador
Nascido no Brasil, formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, o sociólogo Michael Löwy vive em Paris desde 1969. É diretor emérito de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Homenageado, em 1994, com a medalha de prata do CNRS em Ciências Sociais, é autor de A teoria da revolução no jovem Marx (Vozes, 2002), Walter Benjamin: aviso de incêndio (Boitempo, 2005) e Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade (Boitempo, 2009), dentre outras publicações.
Ficha técnica
Título: Revoluções
Autor: Michael Löwy
Tradução: Yuri Martins Fontes
Título original: Révolutions
Orelha: Luiz Bernardo Pericás
ISBN: 978-85-7559-147-5
Páginas: 552Preço: R$ 68,00
Editora: Boitempo

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
Vamos iniciar com a coletânea Mulheres, que reuni textos do escritor Uruguaio Eduardo Galeano. A obra compõe escritos de vários livros do autor, como a trilogia Memória do Fogo, O livro dos Abraços, Vagamundo, Palavras Andantes, Dias e Noites de Amor e Guerra, entre outros. Galeano autor do best seller As veias abertas da América Latina, faz uma homenagem carinhosa a mulheres ilustres e anônimas que ajudaram a construir a História das Américas.
O TEXTO
BEATRIZ
Pedro de Alvarado tinha casado com Francisca, mas Francisca caiu fulminada pela água de flor de laranjeira que bebeu no caminho de Vera Cruz. Então, casou com Beatriz, a irmã de Francisca. Beatriz estava esperando por ele na Guatemala quando soube, há dois meses, que era viúva.
Cobriu sua casa de negro por dentro e por fora e pregou portas e janelas para fartar-se de chorar sem que ninguem visse.
Chorou olhando no espelho seu corpo nu, que tinha ficado seco de tanto esperar e já não tinha nada para esperar, corpo que não cantava, boca que só era capaz de dizer: - Estas aí?
Chorou por esta casa que odeia e por esta terra que não é a sua e pelos anos gastos entre esta casa e a igreja, da missa á mesa e do batismo ao enterro, rodeada de soldados bêbados e de servas indígenas que lhe provocam asco. Chorou pela comida que lhe faz mal e por aquele que não vinha nunca, porque sempre havia alguma guerra para guerrear ou terra para conquistar.
Chorou por tudo que tinha chorado em sua cama sem ninguem, quando dava um salto cada vez que latia um cão ou cantava um galo e sozinha aprendia a ler a escuridão e escutar o silêncio e a desenhar no ar. Chorou e chorou, partida por dentro. Quando por fim saiu do claustro, anunciou: - Eu sou a governadora da Guatemala.
Pouco pode governar.
O vulcão esta vomitando uma catarata de água e pedras que afoga a cidade e mata tudo o que toca. O dilúvio vai avançando até a casa de Beatriz, enquanto ela corre ao oratório, sobe no altar e se abraça á virgem. Suas onze criadas se abraçam ás suas pernas e se abraçam entre si, e Beatriz grita: - Estas aí?
A tromba arasa a cidade que Alvarado fundou, e enquanto o rugido cresce Beatriz continua gritando: - Estas aí?

DIA DO TEÓLOGO

“30 de Novembro – Dia do Teólogo”.
A imagem que algumas pessoas fazem de um teólogo é de alguém que está constantemente enclausurado no último aposento de uma casa, às voltas com obras raras, escritas em dialetos desconhecidos do grande público ou com livros pesados e grossos. Algo assim como no filme o Nome da Rosa, não?
Mas, na verdade, um teólogo é uma pessoa bem mais próxima de nós do que pensamos. Ele presta serviços de consultoria a escritores, por exemplo, que estejam usando a religião para contar alguma história ou fornece orientação a grupos religiosos em geral, principalmente organizações não-governamentais.
Outra confusão que é feita com freqüência: um padre ou um pastor podem ser um teólogo mas um teólogo nem sempre é um religioso. Podemos encontrar um teólogo dando aulas em cursos universitários da área de ciências sociais, como Letras, Antropologia, Sociologia. Aliás, é cada vez maior nos meios acadêmicos a intertextualidade entre as disciplinas. E em relação à teologia isso é sentido de forma evidente. Trata-se de um fenômeno recente a redescoberta da leitura teológica do mundo nas áreas de ensino voltadas para o conhecimento do comportamento humano em geral.
O QUE UM TEÓLOGO ESTUDA?
Basicamente o teólogo formado estuda e analisa as diversas religiões do mundo e sua influência sobre o homem do ponto de vista antropológico e sociológico. Sua principal fonte de pesquisa são os textos sagrados e as doutrinas e dogmas religiosos.
Com isso procura explicar de que forma as crenças, com o decorrer do tempo e da história, modificam ou eternizam as maneiras do homem interagir na sociedade.
Nos cursos de teologia, a grade curricular varia de instituição para instituição. Algumas dão maior importância à análise das religiões em si, enquanto outras se debruçam mais sobre os textos sagrados.
De qualquer forma, um estudante de teologia - o futuro teólogo - deverá ler muito e participar de muitos debates em sala de aula sobre as bases e a história das religiões.
O QUE QUER UM TEÓLOGO?
Um teólogo procura a tempo e a hora tornar a religião em um saber racional, no caso, um saber chamado teologia (estudo de Deus: teo = Deus; logia = estudo).
Sua atitude diante da religiosidade é quase sempre objetiva, uma vez que a religião em si e mais precisamente a fé tem caráter subjetivo.
Uma coisa é termos fé, outra é estudarmos os fenômenos da fé. Para o primeiro caso, basta crer, acreditar num dogma ou numa doutrina como verdade a ser vivida. No outro, esta mesma fé será interpretada, relativizada e, conseqüentemente, racionalizada.
O teólogo, então, é aquele que deseja ser os olhos da razão dentro de uma experiência que normalmente só pode ser vivida sem questionamentos, ou seja, na fé, que não questiona, não interroga, apenas crê.
Por isso nada impede que um teólogo venha a ser um religioso fervoroso ou uma pessoa completamente descrente de Deus. Uma coisa não impede a outra. No exercício ou não da fé, crente ou descrente. No exercício da profissão, teólogo sempre.

MOSTRA LUTA

GRUPO CHORO DE SAIA

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS

“Dia da Ação de Graça”.
Quando novembro vai chegando ao fim, começam a aparecer na TV desenhos e filmes com perus que escapam da panela. Ao mesmo tempo, milhares de brinquedos são lançados nos EUA. Quem mora no Brasil pode não saber, mas a causa de tudo isso tem um nome: Dia de Ação de Graças, ou "Thanksgving Day".
A data, celebrada sempre na quarta quinta-feira de novembro, é um dos principais feriados dos Estados Unidos. Ele chega a ser até mais importante do que o Natal. O costume começou com os peregrinos, primeiros colonos que chegaram aos EUA, e os índios nativos deste país.
Atualmente, a maioria das pessoas comemora o "Thanksgiving" com uma refeição típica que reúne a família e os amigos. O peru - que os primeiros colonizadores dos EUA encontraram aos montes quando chegaram a este país - é prato certo no cardápio. Além disso, o dia seguinte ao de Ação de Graças é o primeiro e principal dia da temporada de compras de Natal. As grandes lojas organizam até desfiles para mostrar as novidades.
NO BRASIL, durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, o Congresso Nacional aprovou uma lei que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro como o Dia Nacional de Ação de Graças. Porém, em 1966, o Marechal Humberto Castelo Branco mudou a data para a quarta quinta-feira do mês de novembro, para coincidir com a celebração no resto do mundo.

CONVITE

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

MALUF E TUMA NA CADEIA

MPF indicia Maluf e Tuma por ocultação de cadáveres durante a ditadura da Redação O Deputado Federal Paulo Maluf pode agora acrescentar mais uma acusação oficial a seu currículo: o Ministério Público Federal acaba de indiciá-lo por ocultação de corpos de prisioneiros políticos assassinados pela ditadura civil militar (1964-1985). Além das pessoas jurídicas da União Federal, do Estado e do Município de São Paulo, o Senador Romeu Tuma, o médico legista Harry Shibata e o ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno também são indiciados pela ação que afirma ter “por finalidade responsabilizar as pessoas jurídicas de direito público e autoridades que contribuíram para a ocultação desses cadáveres, impedindo o seu funeral e enterro por familiares e amigos, e promover a memória e a verdade no interesse de toda a sociedade brasileira”. O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo ingressou hoje, 26, na Justiça Federal com duas ações civis públicas para responsabilizar pessoas, autoridades e instituições envolvidas na ocultação de corpos de prisioneiros políticos assassinados pelo regime militar brasileiro, que estavam enterrados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, na capital paulista. A primeira ação é a que visa a responsabilização da União, Estado, Município e autoridades de então por esses enterros, realizados sem identificação ou comunicação aos familiares. A segunda indicia médicos legistas, acusados de atrapalharem e atrasarem deliberadamente o processo de identificação de algumas dessas ossadas, exumadas em 1990. De acordo com a ação, os fatos foram apurados, em sua maioria, por Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de São Paulo, instituída por ocasião da abertura da vala do Cemitério de Perus em 4 de setembro de 1990. Paulo Maluf era prefeito de São Paulo entre 1969 e 71, nomeado pela ditadura, e foi responsável pela criação do Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, “projetado especialmente para indigentes e que tinha quadras marcadas especificamente para os ‘terroristas’”, de acordo com nota do MPF. Ainda de acordo com a nota, o projeto original do cemitério previa um crematório, que depois não foi construído. “A prefeitura chegou a fazer gestões visando mudar a legislação para cremação, para dispensar a autorização da família para o procedimento, possibilitando a cremação de indigentes, mas não teve sucesso”, afirma o texto. De acordo com o texto da ação, assinado pelos procuradores Eugênia Fávero, Marlon Weichert, Jefferson Dias e Adriana Fernandes, este não “foi o único local”, havia enterros na Vila Formosa e “é importante assinalar: ainda hoje há dezenas de corpos ocultos em tais cemitérios”. Sem entrar no mérito da luta contra a ditadura, a ação afirma que “frustrar o direito ao enterro da vítima é a mais horrenda das penalidades”. Neste período, Romeu Tuma era diretor do DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social), órgão responsável pela repressão aos opositores do regime. Era esse departamento que formalizava as prisões ilegais feitas pelo Exército, abria os inquéritos e conduzia as “investigações”, invariavelmente recorrendo à tortura. Segundo a nota do MPF, “há documentos que mostram que Tuma tinha conhecimento de várias mortes ocorridas sob a tutela de policiais do DOPS, mas não a comunicou a familiares dos mortos”. O legista Harry Shibata era o responsável por assinar atestados de óbitos que atribuíam outras causas às mortes causadas pelos milicos, ignorando as lesões causadas por tortura, como no caso de Vladimir Herzog. Já Miguel Colasuonno foi prefeito de São Paulo entre 1973 e 75, e em sua gestão o cemitério da Vila Formosa foi reurbanizado, com a quadra reservada aos “indigentes” e “terroristas” tendo sido destruída, praticamente impossibilitando a identificação de militantes enterrados ali. Também é indiciado Fábio Pereira Bueno, diretor do Serviço Funerário Municipal entre 1970 e 1974. Por se tratar de ação cível, o MPF pede que os cinco sejam condenados à perda de suas funções públicas e/ou aposentadorias. No entanto, se condenados, Maluf e Tuma não perderiam seus mandatos, uma vez a Constituição impede a perda de mandato em ações civis públicas. Além disso, pede seja declarada a responsabilidade da União Federal, do Estado e do Município de São Paulo pelas ocultações. A ação frisa também que não houve na Lei da Anistia “qualquer menção ou referência de anistia para obrigações cíveis decorrentes da prática de atos ilícitos (o que, aliás, nem seria admissível), seja em favor dos opositores do regime, seja para agentes públicos”. “Dessa forma, é cristalino para o autor que todas as pretensões veiculadas nesta ação – exclusivamente de natureza cível – não sofrem qualquer influxo da Lei de Anistia de 1979”, prossegue o texto.

CONVITE

MOVIMENTOS SOCIAIS EM MOVIMENTO

Servidores repõem dias de greve por meio de ações socais Os funcionários públicos municipais de Limeira, que aderiram à greve geral da categoria neste ano, irão repor os dias de paralisação nos eventos promovidos pela prefeitura nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro. As ações e os eventos para reposição são: colaboração na distribuição de cartazes e participação no primeiro dia do “2º Seminário de Erradicação do Trabalho Infantil do Município de Limeira - Os Desafios das Políticas Públicas", que será realizado no dia 30 de novembro, das 18h30 às 22h, e dia 1 de dezembro, das 8h às 18h, no Salão Social do Nosso Clube; e atendimento ao público na festa gastronômica “Natal das Nações”, que acontece na sexta-feira e sábado, dias 27 e 28, a partir das 19h, e no domingo, 29, com início às 12h. Além dessas ações, os funcionários públicos da Secretaria Municipal da Saúde também irão colaborar nos sábados, dias 28 de novembro e 5 de dezembro, com o Centro de Controle de Zoonoses na distribuição de panfletos sobre abandono de animais. Os funcionários públicos também já fizeram reposição no evento “Cidade da Leitura”, que aconteceu nos dias 29, 30, 31 de outubro e 1º de novembro. Cada funcionário deverá repor os dias de paralisação por meio de quatro ações sociais promovidas pela prefeitura e em concordância com o sindicato, conforme acordo de greve. De acordo com a presidente do Sindsel, Eunice Ruth Araújo Lopes, a estimativa é que a maioria dos funcionários conclua a reposição com esses eventos. “De qualquer forma, o sindicato está em contato com a prefeitura e continuará informando à categoria as ações que podem ser utilizadas para reposição, para que todos possam concluir a reposição o quanto antes”, disse ela. Atenciosamente, Nádia Pêrego Assessora de Comunicação do Sindsel (19) 3702-8447 (19) 9157-3575

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
Vamos iniciar com a coletânea Mulheres, que reuni textos do escritor Uruguaio Eduardo Galeano. A obra compõe escritos de vários livros do autor, como a trilogia Memória do Fogo, O livro dos Abraços, Vagamundo, Palavras Andantes, Dias e Noites de Amor e Guerra, entre outros. Galeano autor do best seller As veias abertas da América Latina, faz uma homenagem carinhosa a mulheres ilustres e anônimas que ajudaram a construir a História das Américas.
O TEXTO
INÊS
Há poucos meses, Pedro de Valdívia descobriu este monte e este vale. Os araucanos, que tinha feito a mesma descoberta alguns milhares de anos antes, chamavam o monte de Huelén, que significa dor. Valdívia batizou-o de Santa Luzia.
Da crista do morro, Valdívia viu a terra verde entre os braços do rio e decidiu que não existia no mundo melhor lugar para oferecer uma cidade ao apóstolo Santiago, que acompanha os conquistadores e luta por eles.
Cortou os ares sua espada, nos quatro rumos da rosa-dos-ventos, e assim nasceu Santiago no Novo Extremo. Assim cumpre, agora, seu primeiro verão: umas poucas casas de barro e madeira, com telhado de palha, a praça ao centro, a paliçada ao redor. Apenas cinquenta homens ficaram em Santiago. Valdívia anda com os outros pelas ribeiras do rio cachapoal.
Ao despontar do dia, a sentinela dá o grito de alarma do alto da paliçada. Pelos quatro cantos aparecem os esquadrões indígenas.
Os espanhóis escutam os alaridos de guerra e em seguida cai em cima deles um vendaval de flechas.
Ao meio dia, algumas casas são pura cinza e a paliçada caiu. Luta-se na praça, corpo a corpo. Inês corre então até a choça onde funciona a prisão. O guardião vigia, ali, os sete chefes araucanos que os espanhóis tinham prendido tempos atrás. Ela sugere, suplica, ordena que lhes cortem as cabeças. - Como? - As cabeças ! - Como? - Assim!
Inês agarra uma espada e as setes cabeças voam pelos ares.
A batalha muda de direção. As cabeças convertem os sitiados em perseguidores. Na acometida, os espanhóis não invocam o apóstolo Santiago, mas Nossa Senhora do Socorro.
Inês Suárez, a malaguenha, tinha sido a primeira a acudir quando Valdivia alçou a bandeira de alistamento em sua casa em Cuzco. Veio a estas terras do sul á cabeça das hostes invasoras, cavalgando ao lado de Valdívia, espada de aço bom e cota de fina malha, e desde então junto a Vadívia marcha, luta e dorme. Hoje, ocupou seu lugar.
È a única mulher entre os homens. Eles dizem: "È um macho", e a comparam com Roldão e com El Cid, enquanto ela esfrega azeite sobre os dedos do Capitão Franscisco de Aguirre, que ficaram presos no punho da espada, e não existe maneira de abri-los, embora a guerra, por enquanto, tenha terminado.

QUE VERGONHA

ARCEBISPO DE MARIANA DEMITE E MANDA RECOLHER JORNAL por Michelle Amaral da Silva
Decisão é motivada por conteúdo que faz duras críticas a prefeitos da região e ao governador Aécio Neves
25/11/2009
Danilo Augusto de São Paulo (SP)
Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Mariana (MG), demitiu parte do conselho editorial do Jornal Pastoral e mandou recolher os exemplares da edição do mês de setembro, proibindo assim sua circulação. O periódico, com tiragem de aproximadamente 2 mil exemplares, é de responsabilidade da diocese de Mariana e tem circulação garantida em aproximadamente 70 municípios da região.
Segundo religiosos envolvidos no caso, entrevistados pelo Brasil de Fato e que não se identificaram temendo perseguições, o que levou dom Geraldo a adotar tal medida foi o conteúdo do editorial da edição de setembro. Intitulado “Do toma lá dá cá ao projeto popular”, o texto faz duras críticas a prefeitos da região e ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). De acordo com um dos religiosos, o texto estava totalmente pautado no pensamento da Igreja. “O editorial condiz com o que pensa a Igreja voltada para o compromisso social. Por isso, avaliamos que esta é uma posição pessoal do bispo”, completa.
Questionamento
Em trechos, o editorial questiona as despesas da prefeitura de Piranga (MG), que gastou aproximadamente R$ 375 mil nas obras de uma praça. O valor gasto pela administração do prefeito Eduardo Sérgio Guimarães (PSDB) estaria em média R$ 225 mil acima do valor de mercado, como informou um laudo técnico do engenheiro Carlos Alberto Gomes Beato. Saindo do âmbito regional, o editorial desenvolve críticas à administração do governo mineiro apontando que “levantamento publicado no jornal Estado de Minas do dia 30/08/2009 mostra que em 81 dos 85 municípios com menor índice de desenvolvimento [renda, emprego, saúde e educação] a pobreza caminha de mãos dadas com a corrupção”.
Em outro momento, o nome do governador mineiro é citado: “O governo Aécio, sob a diligência da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, canalizou recursos da ordem de R$ 15 bilhões, em grande parte recursos públicos, para quatro empresas [Vallourec, Sumitomo, CSN e Gerdau] ampliarem ou consolidarem seus próprios negócios na região do Alto Paraopeba. O dinheiro é suficiente para a construção de 700 mil casas populares ao preço de R$ 20 mil cada, quase quatro vezes mais do que os R$ 4 bilhões reservados pelo governo federal para programas de moradia em todo o Brasil. Se esse recurso fosse distribuído para as três cidades Congonhas, Ouro Branco e Jeceaba, onde as empresas ‘sortudas’ estão instaladas, que somam 70 mil habitantes, tocariam perto de R$ 219 mil para cada pessoa ou quase R$ 1 milhão por família.
Os nomes envolvidos no editorial também seriam motivos para a tal atitude de dom Geraldo. “O texto cita nomes de políticos e esses políticos citados poderiam cobrar a igreja por meio do bispo uma satisfação sobre o editorial. Isto foi uma motivação política e não religiosa. O bispo quer manter o seu lado do poder, ele não quer perder isso”, explica um dos nossos entrevistados.
Resgate
O editorial também faz um histórico dos financiamentos do governo de Minas em empresas privadas desde o ano de 2003. “As ricas áreas desapropriadas e entregues de mão beijada às minerados e siderúrgicas em Jeceaba e Congonhas chegam a 4 mil hectares. E, de 2003 a 2008, foram canalizados R$ 199 bilhões para as empresas em todo o estado de Minas Gerais, em negociatas de compadrio e cumplicidade tipo ‘unha e carne'”, finaliza.
“Não concordo...”
Em resposta, no mês de outubro, dom Geraldo afirma em editorial do Jornal Pastoral, que “não concordo, não aceito e não aprovo o editorial do Jornal Pastoral do mês de setembro. A Arquidiocese de Mariana não se responsabiliza pelas afirmações e acusações aí expressas. Seja essa a última vez que o Jornal Pastoral incorre em erro tão grave. A fé cristã implica em compromisso social e a Igreja Católica nunca renunciará à sua missão de ser advogada dos pobres e injustiçados”.
Esse trecho, segundo religiosos ouvidos pelo Brasil de Fato, evidencia a postura de uma parte dos lideres católicos. “Ele tem uma visão de Igreja. E nessa visão ele tem preocupação de manter o nome da Igreja. E qualquer coisa que venha colocar em questionamento a posição da Igreja ele teme e foge do conflito. Pois grande parte da Igreja ainda tem medo do conflito e tem medo de se colocar contra a posição do poder político. E na hora desse conflito eles se colocam do lado de quem detém o poder”, observa.
Contrário
Os religiosos acrescentam que essa posição e essa atitude de dom Geraldo não causaram estranhamento. “Acreditamos que essa posição do bispo não é a mais importante de toda a situação. Ele tem posição contrária diante da Romaria dos Trabalhadores, posição contrária em relação à denuncia contra corrupção, posição de afastamento de padres que se envolvem com pautas de movimentos sociais e populares. Então, há uma série de coisas que vão definindo o rumo da diocese e a linha de trabalho dele” lamenta.
Segundo eles, esse posicionamento é contraditório com o atual momento vivido pela Igreja Católica, que apóia o projeto Ficha Limpa e que tem como tema da Campanha da Fraternidade de 2010 “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. “Essa posição é contraditória, pois bate de frente com o momento vivido pela Igreja, que é o posicionamento contra a corrupção política. O editorial condena pessoas politicamente corruptas. A posição do bispo em relação a isso é uma contradição e acaba ficando contra a coleta de assinaturas para o projeto de Ficha Limpa. Ele ficou preocupado com a imagem diante do Senado Federal, na pessoa representada por José Sarney, diante do Estado e dos políticos citados pelo texto”.
Fé em movimento
No Brasil, mesmo estando em queda, os católicos ainda são maioria. De acordo com última pesquisa realizada em 2007 e divulgada pelo Datafolha, aproximadamente 64% dos brasileiros se dizem católicos. O número é 11% menor que uma pesquisa realizada pelo mesmo instituto em 1994. Soma-se a isso o crescimento dos evangélicos pentecostais e não pentecostais, que somam mais de 22%. Esses dados preocupam os religiosos, tendo em vista que muitas vezes o caminho da Igreja é traçado por pessoas como dom Geraldo. “Esse posicionamento dificulta muito a caminhada da Igreja. Por outro lado, eu acredito que a força da Igreja está se manifestando nos movimentos populares. Uma atitude como essa não demora muito tempo a ruir” completa. _________________ O Brasil de Fato entrou várias vezes em contato com o arcebispo dom Geraldo Lyrio Rocha, mas ele não atendeu e nem retornou as ligações.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MOVIMENTOS SOCIAIS EM MOVIMENTO

Juizado Especial Federal de Americana-SP em greve a partir de 26/11 Nós, funcionários do Juizado Especial Federal de Americana-SP, em Assembléia realizada nesta data, 24/11/2009, às 9:30 horas, deliberamos, por unanimidade, aderir ao movimento nacional de GREVE para que o Supremo Tribunal Federal - STF envie ao Congresso Nacional nosso projeto de REAJUSTE SALARIAL, sem diminuição de direitos. Entendemos que a reivindicação é justa, pois como o próprio Presidente do Supremo, o Ministro Gilmar Mendes disse, o Poder Judiciário da União tem perdido seus melhores quadros para órgãos de outros poderes, devido à defasagem salarial. Queremos ter o mesmo tratamento que é dado às outras carreiras similares dos Poderes Executivo e Legislativo. Durante a greve estaremos atendendo apenas os casos de urgência devidamente justificada. José Benedito de Barros JEF/Americana Qual é o motivo da Greve? A Fenajufe, juntamente com os servidores judiciários e ministeriais, vem lutando para conquistar uma revisão salarial que garanta às carreiras do Poder Judiciário e Ministério Público da União a isonomia em relação às carreiras dos Poderes Executivo e Legislativo. Neste sentido, reconhece a iniciativa correta do STF de discutir a questão salarial dos servidores, com a participação da representação sindical de seus funcionários ao instituir a Comissão Interdisciplinar para elaborar a proposta de revisão salarial. No dia 7 de outubro, os presidentes dos tribunais superiores reuniram-se e aprovaram uma proposta de projeto de lei, que atendia os requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os valores constantes na tabela daquela proposta foram devidamente estudados pela Comissão Interdisciplinar e são baseados nas remunerações de carreiras assemelhadas - no âmbito do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União. Entretanto, esse processo de negociação, que já vinha se estendendo há mais de um ano, quando finalmente concluído, sofreu interferência das associações representativas dos juízes/magistrados e procuradores que inviabilizou todo o processo de negociação até ali estabelecido. Diante desse impasse inusitado, provocado pela atitude das associações dos juízes/magistrados e procuradores, e depois de os servidores terem aguardado por mais de um mês o envio da proposta, aprovada pelos tribunais superiores, no dia 7/10, os servidores foram forçados a utilizarem os instrumentos de pressão a que tem direito, deflagrando assim, o movimento paredista. Porém, esperamos que o bom senso prevaleça entre os juízes/magistrados e procuradores, pois a reivindicação dos servidores é legítima e necessária. Os servidores desempenham um trabalho de alta especialidade, executando, em conjunto com os juízes, atividades necessárias à prestação jurisdicional. Portanto, esperam o reconhecimento e a valorização do seu trabalho por parte das associações dos juízes/magistrados e procuradores e das administrações dos tribunais. Esperam ainda, que os direitos estabelecidos na Constituição Federal sejam respeitados e que o projeto que foi aprovado pelos presidentes dos tribunais superiores seja encaminhado imediatamente ao Congresso Nacional, a fim de permitir uma solução rápida para a questão salarial dos servidores. A categoria continuará mobilizada e unida aguardando posicionamento do Judiciário. Diretoria Executiva da Fenajufe FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FENAJUFE SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINTRAJUDSINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINTRAJUD

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
Vamos iniciar com a coletânea Mulheres, que reuni textos do escritor Uruguaio Eduardo Galeano. A obra compõe escritos de vários livros do autor, como a trilogia Memória do Fogo, O livro dos Abraços, Vagamundo, Palavras Andantes, Dias e Noites de Amor e Guerra, entre outros. Galeano autor do best seller As veias abertas da América Latina, faz uma homenagem carinhosa a mulheres ilustres e anônimas que ajudaram a construir a História das Américas.
O TEXTO
O ESPELHO
O sol do meio dia arranca fumaça das pedras e relâmpagos dos metais. Alvoroço no porto: os galeões trouxeram de Sevilha a artilharia pesada para a Fortaleza de São Domingos.
O prefeito, Fernandez de Oviedo, dirige o transporte de colubrinas e canhões. A golpe de Chibata, os negros arrastam a carga a todo vapor. Rangem os carros, sufocados pelo peso dos ferros e bronzes, e através do torvelinho outros escravos vão e vêm jogando caldeirões de água contra o fogo que brota dos eixos aquecidos.
Em meio da zoeira e da gritaria, uma moça índia anda em busca de seu amo. Tem a pele coberta de bolhas. Cada passo é um triunfo e a pouca roupa que usa atormenta sua pele queimada.
Durante a noite e meio dia, esta moça suportou, de alarido em alarido, os ardores do ácido. Ela mesma assou as raízes de guao e esfregou-as entre as mãos até convertê-las em pasta. Untou-se inteira de guao, da raiz do cabelo até os dedos dos pés, porque o guao abrasa a pele e limpa a cor, e assim transforma as índias e negras em brancas damas de Castilha. - Me reconhece, senhor?
Oviedo afasta-a com um empurrão; mas a moça insiste, com seu fio de voz, agarrada ao amo como sombra. enquanto Oviedo corre gritando ordens aos capatazes. - Sabe quem sou?
A moça cai no chão e do chão continua perguntando: - Senhor, senhor, não sabe quem sou?

ENTENDA O CASO BATTISTI III

Refugiados, uma decisão soberana do Brasil Dalmo de Abreu Dallari*
Uma decisão recente do ministro da Justiça do Brasil, concedendo o estatuto de refugiado ao cidadão italiano Cesare Battisti, merece especial atenção por sua importância dos pontos de vista ético, jurídico e político.
É oportuno lembrar que toda a história brasileira, desde 1500, é uma constante de concessão de abrigo e proteção a pessoas perseguidas por intolerância política, discriminação racial ou social e outros motivos injustos, como o uso arbitrário da força.
Assim, na segunda metade do século 20, pessoas perseguidas por se oporem aos regimes comunistas estabelecidos na Europa oriental, assim como outras que sofriam perseguição em países vizinhos do Brasil, por se oporem a governos fortes de extrema direita, procuraram e obtiveram no Brasil a condição de refugiados.
Deixando de lado as conveniências políticas e dando a devida prioridade aos valores do humanismo, o Brasil decidiu soberanamente, com independência, e concedeu aos perseguidos a proteção de sua ordem jurídica. No caso de Cesare Battisti estão presentes os requisitos fundamentais para a concessão do estatuto de refugiado, como fica evidente pela análise dos antecedentes do caso e pelo exame sereno dos dados do processo, minuciosamente expostos pelo ministro da Justiça.
Há pouco mais de 30 anos, Battisti foi militante de um grupo político armado, de orientação esquerdista. O governo italiano da época, de extrema direita, estabeleceu o sistema de delação premiada, pelo qual os militantes que desistissem da luta armada e delatassem seus companheiros ficariam livres de punição. Com base numa delação premiada, Battisti foi acusado da prática de quatro homicídios, sendo condenado à prisão perpétua.
Além de só haver como prova as palavras do delator, dois desses crimes foram cometidos no mesmo dia, em horários muito próximos e em lugares muito distantes um do outro, de tal modo que seria impossível que Battisti tivesse participado efetivamente de ambos os crimes.
Dispõe expressamente a lei nº 9.474, de 1997, que trata do Estatuto dos Refugiados no Brasil, que será reconhecido como refugiado o indivíduo que, devido a fundados temores de perseguição por motivo de opinião política, encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não queira acolher-se à proteção de tal país.
Além daquela contradição no julgamento de Battisti, outro dado revelador é a enxurrada de ofensas e agressões de ministros do governo italiano ao governo e ao povo do Brasil pela decisão do ministro Tarso Genro.
Reagindo com extrema violência, o ministro do Exterior convocou o embaixador brasileiro na Itália para exigir a mudança da decisão, ao mesmo tempo em que outros ministros fizeram ameaças de represália, inclusive de boicote da participação do Brasil em reuniões internacionais. Entretanto, muito recentemente o governo da França negou atendimento a pedido italiano de extradição de Marina Petrella, que, como Battisti e na mesma época, foi militante de um movimento político armado, as Brigadas Vermelhas. O governo italiano acatou civilizadamente a decisão francesa, reconhecendo tratar-se de um ato de soberania. Qual o motivo da diferença de reações? O governo e o povo do Brasil não merecem o mesmo respeito que os franceses?
Essa diferença de comportamento dos ministros italianos deixa mais do que evidente que é plenamente justificado o temor de Battisti de sofrer perseguição por motivo político. A reação raivosa dos ministros italianos não dignifica a Itália e elimina qualquer dúvida.
Por tudo quanto foi exposto, a decisão de Tarso Genro merece todo o acatamento. Expressa em linguagem clara e objetiva, deixando evidente sua inspiração humanista, livre de preconceitos ou parcialidade de qualquer espécie, a decisão tem sólido fundamento em dados concretos e faz aplicação correta e precisa dos preceitos jurídicos que regem a matéria.
A concessão do estatuto de refugiado a Cesare Battisti é um ato de soberania do Estado brasileiro e não ofende nenhum direito do Estado italiano nem implica desrespeito ao governo daquele país, não tendo cabimento pretender que as autoridades brasileiras decidam coagidas pelas ofensas e ameaças de autoridades italianas ou façam concessões que configurem uma indigna subserviência do Estado brasileiro.
*Dalmo de Abreu Dallari , 76, é professor emérito da Faculdade de Direito da USP. Foi secretário de Negócios Jurídicos do município de São Paulo (gestão Erundina).

CONVITE

O II Fórum de Mídia Livre <http://www.forumdemidialivre.org/> será realizado em Vitória/ES, nos dias 04 a 06 de dezembro, na Universidade Federal do Espírito Santo. O evento, aberto e gratuito ao público, é voltado para os realizadores de mídia independente no Brasil. E tem como principal desafio, este ano, formular princípios e propostas para a Conferência Nacional de Comunicação.
Na segunda edição do Fórum, a programação contará com I Encontro Nacional de Blogs Políticos, o "Post Livre"; I Festival de Música Livre; Oficinas de Realizadores Multimídia; o Seminário "A Morte do Pop Star"; Mesas de Debate sobre Midialivrismo; e as Desconferências na forma de Grupos de Trabalho sobre políticas públicas, realização de mídias livres e formação para o midialivrismo.
"Preparamos um fórum à altura do que vem sendo realizado pelos midialivristas no Brasil. Este ano, o desafio é pensar a sustentabilidade dos realizadores independentes nessa Era pós-mídia.
Antes de tudo, o Fórum é um encontro de gerações que hoje produzem cultura a partir de valores associados à colaboração e à rede, visando a produção de um novo mercado da comunicação: o mercado do diálogo", ressalta Fábio Malini, coordenador local do II Fórum de Mídia Livre.

DICA DE FILMES

Documentário sobre o diretor do Cinema Novo, Leon Hirszman, realizado por seu amigo e companheiro de trabalho. O filme refaz a trajetória do cineasta através de sua obra e de imagens de arquivo. Usando inúmeros depoimentos do próprio Leon, Eduardo Escorel traça a síntese das esperanças e das frustrações de toda uma geração.
O debate contará com presença do diretor Eduardo Escorel.
O Cineclube FGV é uma iniciativa ligada à Pós-Graduação em Cinema Documentário da FGV. As sessões são gratuitas e abertas ao público.
Deixa que eu falo
Direção: Eduardo Escorel 26 de novembro, quinta-feira, às 19h
Local: Fundação Getulio Vargas - Sala 305 (3º andar) Praia de Botafogo 190, Rio de Janeiro

terça-feira, 24 de novembro de 2009

MÌDIA

PESSOAL: Recebí este artigo por e-mail, e achei fantastico, embora a analíse se limita a questão técnica, não enveredando pelo conteúdo, editorial, e compromisso social das emissoras, aja vista que ambas, são concessão educativa. Gostei.
Saudações,
Esses dias um amigo me perguntou sobre os programas de Tv aqui do interior, não sendo muito pessimista comentei que não existe nada de novo ou extraordinariamente perfeito.Alguns programas se destacam como por exemplo Beat clip da Tv Jornal e o Encima do Fato da Tv Mix.
Os Jornais não são de boa qualidade, porem podemos perceber que existe uma vontade de melhorar, talvez por falta de orçamento ou de incentivo das Tvs.O Jornal da Mix da até dó do Jornalista que por sinal conduz muito bem o Jornal, no entanto parece que ele esta em um local apertado com um fundo parado e sem sentido, deveriam no mínimo colocar um Chroma key com um fundo "falso" maior ...etcNa hora do almoço vejo que existe duas opções, publico velho e publico novo. Isso porque no programa Reinaldo Bastelli o mesmo na maior parte do programa só fala de coisa antiga. Tipo você se lembra no bar Jardim ? ...etc, compania união? ...etc, fulano de tal ? ....etc, acho que tem mais gente no site do Limeira Jovem na hora do Programa Reinaldo Bastelli do que vendo o programa dele, pois é muito chato ouvir os papos dele, tem também uma banda que fica tocando, meio sem sentido.
No caso do programa Reinaldo Bastelli, posso concluir da seguinte forma, qualidade operacional muito boa mas o programa é ruim na parte de apresentação, mesmo quando troca o apresentador o programa é ruim pois o formato do programa é ultrapassado.O Fatos & Notícias, já tem uma cara mais moderna, ficam conectados na rede e passando informações actuais, os apresentadores conseguem se expressar melhor e quando não tenho nada para fazer, na hora do almoço assisto Fatos e Notícias.No final da tarde dois programas em Limeira que posso comentar.
Na Mix o programa Encima do Fato, melhorou muito e hoje considero um dos melhores programas do interior, a principio eu não gostava, mas com o passar do tempo, percebi que a qualidade do programa foi melhorando gradativamente e hoje esta ótimo.Na Tv jornal o programa A Hora Informação Verdade, que na minha opinião o nome não é aconselhavel, ninguem fica falando ( A Hora Informação Verdade ), era melhor a Hora da Verdade, assim como éra antes...
O Apresentador é ruim, muito ruim ... Tem um ponto positivo nele, que nos momentos mais pesados ele da uma relaxada e faz umas brincadeiras, num programa que mostra a realidade da cidade, que aparecem coisas tristes é importante o apresentador quebrar o gelo de vez enquando.
Um cara que faz reportagem de mascara, isso é o cumulo, algo semelhante tinha na EuroNews Fr a uns 4 anos atras. Esse negocio de mascara não ta com nada, meio amadorismo isso.Para finalizar dois bons programas Casa & Cia da Tv Jornal e Café com Você da TV Mix, ambas apresentadoras sabem conduzir muito bens seus programas.Para concluir muita coisa precisa ser mudada no interior na parte de equipamento e operacional, as Tvs deveriam usar Travilling pequenos, FlyingCam para os cameras ruins, melhorar as animações e aberturas dos programas e quadros.
No mais é isso, fiz um Resumo das Tvs de Limeira, claro que isso é apenas minha opinião, vale lembrar que tenho um conhecimento pequeno em Audio e Video, com base nesses conhecimentos fiz essa analize.
Para quem não sabe, em Limeira tem uma otima empresa que trabalha com equipamentos de suporte para Tvs, chame-se Dimtec ( www.dimteclimeira.com.br ) . A Dimtec é cliente da minha empresa, mas estou comentando aqui pois realmente são referencia em todo Brasil.
No proximo artigo vou fazer um resumo dos programas de Radio de Limeira.
Fonte: Limeira Jovem - www.limeirajovem.com.br

COPIANDO E REPASSANDO

"Esta secção, tem como objetivo socializar através da leitura dos posts uma obra literária de vulto. Todo dia será postado um texto do livro a ser abordado. Quem tiver sugestões e queira colaborar, envie nome das obras ou as mesmas para este exercício de compartilhar arquivos e conhecidos. Endereço Eletrônico: revupoeta@yahoo.com.br ou revupoeta@gmail.com “.
A OBRA
Vamos iniciar com a coletânea Mulheres, que reuni textos do escritor Uruguaio Eduardo Galeano. A obra compõe escritos de vários livros do autor, como a trilogia Memória do Fogo, O livro dos Abraços, Vagamundo, Palavras Andantes, Dias e Noites de Amor e Guerra, entre outros. Galeano autor do best seller As veias abertas da América Latina, faz uma homenagem carinhosa a mulheres ilustres e anônimas que ajudaram a construir a História das Américas.
O TEXTO
O PRESENTE
A sombra das velas se alonga sobre o mar. Sargaços e medusas derivam, empurrados pelas ondas, até a costa da ilha de Santa Cruz.
Do castelo de popa de uma das caravelas, Colombo contempla as brancas praias onde plantou, uma vez mais, a cruz e a forca. Esta é a segunda viagem. Quanto durará, não sabe; mas seu coração diz que tudo saíra bem, e como não vai acreditar no coração o Almirante? Será que ele não tem por costume medir a velocidade dos navios com a mão contra o peito, contando as batidas?
Debaixo da coberta de outra caravela, no camarote do Capitão, uma moça mostra os dentes. Miquele de Cuneo busca os peitos dela, e ela o arranha e chuta, e uiva. Miquele recebeu-a há uns instantes. È um presente de Colombo.
Açoita-a com uma corda. Bate firme na cabeça e no ventre e nas pernas. Os uivos fazem-se gritos; os gritos, gemidos. Finalmente, escuta-se o ir e vir das gaivotas e o ranger da madeira que balança. De vez em quando uma garoa de ondas entra pela escotilha.
Miquele deita sobre o corpo ensanguentado e se remexe, arfa e força. O ar cheira a breu, a salitre, a suor. E então a moça, que parecia desmaiada ou morta, crava subitamente as unhas nas costas de Miquele, se enrosca em suas pernas e o faz rodar em um abraço feroz.
Muito depois, quando Miquele desperta, não sabe onde esta nem o que aconteceu. Se desprende dela, lívido, e a afasta com um empurrão.
Zanzando, sobe á coberta. Aspira fundo a brisa do mar, com a boca aberta. E diz em voz alta, como se comprovasse: - Estas índias são todas putas.

ENTENDA O CASO BATTISTI

ABAIXO ASSINADO César Battisti: quando o governo brasileiro é exemplo de democracia
Em decisão corajosa e coerente com seus princípios democráticos e progressistas, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Justiça do Brasil, concedeu asilo político a Cesare Battisti, ex-militante do movimento italiano dos anos 1970.
Como o próprio Ministro Tarso Genro declarou, trata-se de decisão jurídica que considera o estatuto político da perseguição da qual é objeto um ex-militante, mais de 30 anos depois dos acontecimentos pelos quais foi condenado em julgamento sumário, sem direito a plena defesa e por sentença baseada unicamente em informação obtida por “delação premiada”. Naquele julgamento e sob essas condições, um acusado de crimes políticos foi condenado a pena de prisão perpétua (que, inclusive, não é admitida pela Constituição Brasileira).
A decisão do governo brasileiro é ato de justiça, que reconhece e reafirma, ao mesmo tempo, jurisprudência relativa a pedidos de extradição de outros ex-militantes italianos – extradição que o STF nunca concedeu, reconhecendo a dimensão política dos atos acusatórios.
A concessão de asilo político a esse ex-militante respondeu também às demandas de amplo movimento de solidariedade, que mobilizou vasta rede internacional de intelectuais, partidos políticos e movimentos sociais em todo o mundo. No Brasil, o asilo para Cesare Battisti foi pedido pelo MST, Via Campesina, por ONGs e vários segmentos da sociedade civil e por figuras políticas, dentre as muitas, o Senador E. Suplicy e o Deputado F. Gabeira.
A grande mídia brasileira – sem que se entenda por quê – empenha-se em amplificar e dar voz ao ponto de vista do governo italiano. Curiosamente, diante dessa decisão do Ministro Tarso, a grande mídia brasileira tem assumido posição diametralmente oposta à que teve quando o mesmo Ministro pediu a revisão da Lei (brasileira) de anistia para a tortura praticada durante o regime militar. Paradoxalmente, para a grande mídia brasileira, a tortura da ditadura faz parte do passado e deve ser esquecida, enquanto a luta armada de esquerda deve ser objeto de uma persecução perpétua.
É de estranhar-se muito essa ‘adesão’ monolítica da grande mídia brasileira ao ponto de vista do governo italiano, posto que a posição do governo italiano manifesta acentuado tom neocolonial e eurocentrista (para não dizer pior), que visa a desqualificar a decisão democrática do governo do Brasil, tomando-o como governo dito “periférico”, a ser desqualificado por ter “ousado” tomar decisão política independente.
Não se ouviu o mesmo tom por parte do governo Berlusconi quando, muito recentemente, o Presidente francês Sarkozy negou-se a extraditar Marina Petrella, ex-militante das Brigadas Vermelhas.
Se outros motivos não houvesse para qualificar como democrática e progressista a decisão do governo brasileiro, basta considerar a reação do governo Berlusconi, e facilmente se perceberá a justeza e o equilíbrio democráticos da decisão do governo brasileiro.
O revanchismo punitivo com relação à década revolucionária de 1970, na Itália, não é democrático e é retrocesso político. Esse mesmo movimento de retrocesso antidemocrático, na Itália, já levou um ex-fascista (Alemanno) à Prefeitura da capital (Roma) e um pós-fascista (Fini) à presidência do Congresso (Câmara dos Deputados). Ao mesmo tempo, o mesmo movimento de revanchismo punitivo tem determinado o desaparecimento da oposição parlamentar.
Mais preocupante, contudo, é ver que hoje, na Itália, ressurge a política fascistizante de discriminação dos migrantes estrangeiros. Essa política já está levando à multiplicação de atos racistas. A Itália, país de emigração, de onde vieram centenas de milhares de imigrantes para o Brasil, está se transformando em pesadelo para milhões de trabalhadores estrangeiros ou italianos não brancos. A Itália foi onde se viu a mais violenta e vergonhosa repressão às manifestações populares contra o G8, em Genova.
A perseguição aos militantes políticos de ontem é parte do movimento para calar as vozes democráticas de hoje. Não por acaso, o prefeito (pós)fascista de Roma, Alemanno, acaba de declarar que “o movimento estudantil italiano (seria) dirigido por 300 crimininosos da universidade La Sapienza”.
APOIAMOS a decisão do governo brasileiro no caso Battisti, porque apoiamos a solução política e jurídica para as questões da década de 1970 (a anistia) na Itália.
APOIAMOS a decisão do governo brasileiro no caso Battisti, também, porque estamos preocupados o crescimento da xenofobia, do racismo e dos processos de criminalização da oposição política, que se constata na Itália de Berlusconi e em quase toda a Europa.
O Brasil – e a maioria dos governos sul-americanos – apesar de todos seus graves problemas e violentas injustiças, pode sim estar à frente no processo de radicalização democrática, de abertura do horizonte dos possíveis, de afirmação dos princípios éticos de uma nova globalização: aquela que se constitui desde baixo, pelos movimentos sociais.
OSCAR NIEMEYER, ARQUITETO MARCELLO CERQUEIRA, ADVOGADO NILO BATISTA PAULO SABOIA LEANDRO KONDER, PROFESSOR RENATO GUIIMARÃES Giuseppe Cocco – Professor UFRJ Ivana Bentes – Professora UFRJ Rodrigo Guéron – Professor UERJ Alexandre Mendes – Defensor Público Alexandre Nascimento – Pré-Vestibular para Negros e Carentes Bárbara Szaniecki – Designer Tatiana Roque – Professora UFRJ Caia Fittipaldi – tradutora (estas foram as primeiras oito assinaturas)

FESTIAFRO LIMEIRA

“Acorrentados” vence o 4° FestiAfro Aconteceu na noite de domingo, 22 de novembro, no Teatro Vitória, a final da 4ª edição do FestiAfro (Festival Nacional de MPB com temática afro). Foram nove apresentações, entre elas, quatro de Limeira. Estavam presentes o prefeito Silvio Félix, o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, o vereador Farid Zaine, idealizador do projeto; e Galdino Clemente, diretor do Decadie (Departamento de Cultura Afro-Descendente e Integração Étnica). Compareceram também para entregar a premiação Juraci Soares, diretor da escola de Artes e Biblioteca da secretaria, e Carlos Jerônimo, diretor do Teatro Vitória. O jornalista Nuno Coelho, Tiago Monteiro, professor de canto e violão do Palacete Levy; Leandro Pfeifer, compositor e músico; o maestro Marco Abreu e Cassimiro Paschoal, também músico, foram os cinco jurados da noite. Entre os nove finalistas, os jurados tiveram que escolher as três melhores músicas de Limeira, as cinco melhores nacionais, além do prêmio de melhor intérprete e consagração popular. “Neste momento, eu me sinto muito feliz em ser o prefeito de Limeira”, declarou Silvio Félix, que ressaltou a importância do festival dentro das comemorações do Mês da Consciência Negra no município. O jurado Cassimiro Paschoal elogiou a iniciativa pública: “A arte reforça a integração que todos nós devemos construir. Parabéns à política local que proporcionou esta oportunidade de reflexão”, disse ele. Tiveram destaque Kiko Zamarian, 1º lugar na categoria nacional com a música “Acorrentados”, e também Márcia Tauil, que alcançou o 2° lugar com “Entre o mar e a dor”. “Este festival me fez crescer como artista e também em cultura. A plateia me emocionou muito”, disse Márcia, que ganhou o prêmio de Melhor Intérprete no 3º FestiAfro, em 2007. Já a canção “O Menino e a Nega”, do grupo limeirense As Nastácia, ganhou a menção de Consagração Popular. Confira abaixo a lista das músicas premiadas, que dão direito a prêmios em dinheiro e troféus. Consagração Popular: O Menino e a Nega – As Nastácia, de Limeira - R$ 500,00 Melhor Intérprete: Muralhas – Ivânia Catarino, Praia Grande (SP) - R$ 500,00 Limeira: 1° Lugar: Canção de Volta ao Lar - Os Benês (R$ 1.000,00) 2° Lugar: Afro herói, quiçá! - Toc Percussivo (R$ 700,00) 3° Lugar: Donos do Mundo – Elton Fontanin (R$ 300,00) Nacional: 1° Lugar: Acorrentados – Kiko Zamarian, de Mococa (SP) - R$ 2.500,00 2° Lugar: Entre o Mar e a Dor – Márcia Tauil, de Brasília - R$1.500,00 3º Lugar: Muralhas – Ivânia Catarino - R$ 1.200,00 4° Lugar: Meridiano – Cláudia Romano, de Ilha Solteira (SP) - R$ 1.000,00 5° Lugar: Canção da Volta ao Lar - Os Benês, de Limeira (SP) - R$ 800,00 Prefeitura de Limeira/SP Secretaria da Cultura (19) 3451.0502 culturalimeira@yahoo.com.br www.limeira.sp.gov.br

FESTA DAS NAÇÕES EM LIMEIRA

Festa das Nações será nesse final de semana
No próximo fim de semana, acontecerá a festa gastronômica Natal das Nações, com início na sexta-feira, dia 27, e término no domingo, 29 de novembro. Promovida pela Prefeitura de Limeira, por meio do Fundo Social de Solidariedade, do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) e da Secretaria de Turismo e Eventos, a festa acontece anualmente com proposta de arrecadar fundos para as entidades assistenciais cadastradas no Ceprosom.
Nesta edição, o evento oferecerá pratos típicos representando seis colônias, uma delas, a japonesa, foi incluída na festa pela primeira vez. As demais: afro-brasileira, alemã, americana, espanhola e italiana continuam surpreendendo com as mais variadas opções que simbolizam as características peculiares de cada cultura. A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Constância Félix, acrescenta que a barraca de café oferecerá opções em doces, salgados e bebidas a fim de atender os mais variados gostos, estilos e poder aquisitivo. “Nossa intenção é oferecer variedade em cardápio e preços para que a festa seja acessível ao maior número de pessoas possível”, analisa.
Outra mudança neste ano é a terceirização das colônias. O secretário de Turismo e Eventos, Domingos Furgione Filho, explica que até o ano passado, as próprias entidades, por meio de seus voluntários, ficavam responsáveis pelos pratos e esse ano, decidiram pela terceirização visando à profissionalização do evento. Com a terceirização, o Buffet Bonachello’s será responsável pela colônia italiana; o Berna Frios Especiais pela colônia alemã; o Buffet Marins, pela colônia espanhola; o restaurante Água Doce estará à frente da alimentação afro-brasileira; o Magnífico Lanches, colônia americana; o restaurante Kyoto representará a colônia japonesa e a barraca de café solidário ficará a cargo do Café Cultural.
Pela primeira vez, a festa será realizada no Parque Cidade de Limeira e, com isso, pretende reunir um público maior, já que o local é bem localizado, próximo da região central. A entrada é gratuita e para utilizar o estacionamento oficial basta levar um quilo de alimento não perecível. Na sexta-feira e no sábado, 27 e 28, a festa terá início às 19h, e no domingo, 29, a partir das 12h.
O evento ainda contará com barracas de artesanato e apresentações musicais. Sandra AlvesAssessoria de Imprensa e Comunicação (Mtb 45.566)
Fundo Social de Solidariedade e Ceprosom
Prefeitura de Limeira/SP(19) 3495-4440 / 3444-4244

GOVERNO VERSUS JUDÍCIARIO

ENTREVISTA - TARSO GENRO “Judiciário não pode capturar prerrogativas do Executivo”
Em entrevista à Carta Maior, o ministro da Justiça, Tarso Genro, fala sobre o caso Battisti e suas repercussões políticas. Para ele, esse debate vai além de questões técnicas sobre a extradição, envolvendo visões diferentes sobre a democracia, o Estado de Direito e a Soberania. Tarso Genro critica a tentativa de alguns juízes do STF de avançar sobre prerrogativas do Executivo e estranha o silêncio na mídia sobre os precedentes existentes no Supremo, que apóiam a decisão contrária à extradição, e também sobre outras concessões de refúgio feitas pelo Ministério da Justiça, como as dadas a dezenas de bolivianos, ligados à oposição de direita, que realizaram ações armadas contra o governo Evo Morales. Maro Aurélio Weissheimer
O debate envolvendo a situação do italiano Cesare Battisti vai além de questões técnicas envolvendo o instrumento de extradição. Na polêmica gerada pelo caso, os argumentos tratam de questões relacionadas ao atual estágio da democracia brasileira e ao Estado de Direito. Na avaliação do ministro da Justiça, Tarso Genro, esse debate é marcado por duas visões diferentes a respeito da democracia, do Estado de Direito, da Soberania e da própria crise pela qual os atuais modelos democráticos estão passando.
Em entrevista à Carta Maior, Tarso Genro fala sobre o caso e critica a tentativa de alguns juízes do Supremo Tribunal Federal de capturar a função política e a legitimidade do Poder Executivo para exercer suas prerrogativas. Além disso, analisa a qualidade do debate público sobre o tema. O ministro estranha o silêncio da maioria da mídia brasileira sobre os precedentes existentes no Supremo, que apóiam a decisão contrária à extradição, e também sobre outras concessões de refúgio feitas pelo Ministério da Justiça.
E exemplifica:“Concedemos, pelo CONARE, refúgio a dezenas de bolivianos, ligados à oposição de direita na região de Pando e de Santa Cruz, que realizaram ações armadas ilegítimas e ilegais contra o governo de Evo Morales. Após essas ações, eles ingressaram no território brasileiro. Teoricamente, eram guerrilheiros de direita. Receberam refúgio do governo brasileiro. Ninguém, mas absolutamente ninguém, da grande imprensa fez qualquer comentário sobre isso, pois este fato demonstra não só a nossa postura acolhedora em relação a pessoas que cometem delitos políticos dentro da democracia – como ocorreu na Bolívia -, como também a isenção com que o Ministério da Justiça trata esses assuntos”.
Carta Maior: Qual sua avaliação sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal no caso Battisti?
Tarso Genro: Dentro da tradição específica do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria houve duas mudanças fundamentais. A primeira delas foi a avocação, pelo Supremo, sob o pretexto de examinar um ato administrativo do Poder Executivo, de um juízo político que, em se tratando de questões de refúgio, é prerrogativa do Executivo, no caso, através do CONARE, com recurso ao Ministro da Justiça. Ao avocar esse juízo político, por uma maioria de 5 a 4, o Supremo Tribunal Federal produziu uma violação clara e frontal de um dispositivo legal. Esse dispositivo é aquele que afirma que, uma vez deferido o refúgio, interrompe-se o processo de extradição. Para dar continuidade e lógica a essa primeira decisão, teria que decidir que o presidente da República perderia os poderes contidos na Constituição de representar e decidir os destinos do país no que se refere à política externa, capturando assim, definitivamente, aquilo que é um juízo político do Executivo.Neste momento, é que o ministro Ayres Brito, com seu voto, fez o Supremo retornar ao leito da Constituição. Trata-se, na verdade, de um episódio marcante na história do direito e da democracia no país e o Ministro Ayres Brito, mais aqueles que já tinham votado com a sua posição passarão à história como exemplo de sensatez e respeitabilidade cívica. O que o STF faria com a decisão defendida dignamente pelos demais seria exercer, a partir dela, uma tutela jurídico-burocrática sobre a política do Executivo. Isso transferiria para o Poder Judiciário a legitimidade originária das urnas, que é outorgada ao presidente, para o Poder Judiciário. Isso seria muito grave, uma espécie de subsunção, por meios “suaves”, que capturaria a legitimação dada pelas urnas ao chefe de Estado, que é o presidente da República, para definir inclusive a nossa política externa.
Carta Maior: Um dos grandes debates que vem sendo travado neste caso gira em torno da caracterização dos crimes imputados a Battisti – se seriam de natureza política ou comum. Todo o debate travado na e pela mídia já tem, desde o início, uma conotação fortemente política. Essa politização do caso, expressa em notícias, artigos, declarações e editoriais, não reforça a caracterização do mesmo como um problema político e não uma questão envolvendo um crime comum? Uma segunda pergunta, derivada desta primeira, é sobre o comportamento da mídia brasileira no episódio. Qual sua opinião sobre essa atuação?
Tarso Genro: A posição majoritária da mídia teve três momentos. O primeiro foi marcado por um esforço gigantesco para descaracterizar a qualidade jurídica do meu despacho, dizendo que se tratava de uma pessoa que não era um jurista e que, portanto, não poderia ter interpretado corretamente a situação criada com o pedido de refúgio do sr. Battisti. Trata-se de uma posição bastante conhecida nos meios acadêmicos do país: juristas são aqueles que relativizam a Constituição para atender os interesses do “mercado” e não aqueles que defendem a Constituição a partir da predominância dos direitos fundamentais. O segundo movimento foi tentar criar aquilo que se chama, do ponto de vista da filosofia heidegeriana, uma pré-compreensão. Uma pré-compreensão na sociedade para influir sobre o Supremo Tribunal Federal, dizendo, em primeiro lugar, que estava provado que Battisti matou; em segundo, que sempre foi e é um assassino e, em terceiro lugar, é um assassino terrorista e, conseqüentemente, não participou de uma ação política e sim de um ou dois assassinatos comuns. Eu sempre digo para as pessoas que me cercam que se eu fosse uma pessoa que não conhecesse o processo e considerasse apenas as informações veiculadas por setores da grande imprensa, também votaria pela extradição do sr. Battisti, pois elas estão orientadas apenas por um juízo sobre o tema.O terceiro grande movimento foi tentar incidir diretamente sobre a posição do STF, estimulando a retirada do juízo político da esfera da presidência, e capturando, pelo Supremo, inclusive decisões sobre a política externa do país. Uma decisão como esta abriria um precedente que extinguiria todos os limites para essa captura de juízos políticos próprios do Executivo pelo Supremo.Esta seqüência de posições tem um caráter nitidamente ideológico e acabou desmascarada, na minha opinião, por dois fatos fundamentais. Primeiro, porque pelo menos uma parte da cidadania ficou sabendo que havia dezenas de precedentes que confortavam a minha decisão e não a posição que alguns juízes do Supremo estavam tentando tomar. O segundo fato ficou expresso no próprio voto do ministro Gilmar Mendes. Ele teve a honestidade intelectual suficiente para dizer que os objetivos que a organização de Battisti perseguia eram objetivos políticos, mas que o delito cometido na busca desses objetivos era um delito comum. Portanto, ele faz uma cisão, não somente do processo histórico em que a Itália estava imersa naquele momento, mas também uma cisão impossível de ser feita racionalmente, do fato que estava sendo julgado naquele momento. Se era verdade que Battisti teria cometido um homicídio, também era verdade que se tratava de um delito cometido no interior de um processo político, o que caracterizaria, de maneira suficiente, o delito político e não o comum. Aliás, como havia sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em outras ocasiões. Lembrem-se que estas mesmas posições sobre o direito e a Constituição são defendidas por aqueles que afirmam que, quem matou na tortura, aqui no Brasil, está anistiado.Não bastassem todas essas questões também circulou pela mídia uma informação solerte e mentirosa do ponto de vista histórico e em relação ao próprio fato. Isso foi trabalhado em vários editoriais e em várias informações paralelas. Consiste em dizer que não existe crime político dentro da democracia. Esse conceito remete a um outro, a saber, que só pode existir crime político dentro de um regime ditatorial. A visão correta, humanista, moderna e democrática é exatamente a contrária. O que ocorre em atos de resistência contra uma ditadura não é um crime, mas sim o direito universal de resistência contra o arbítrio e contra o poder ditatorial. Portanto, isso não é um ato que possa ser tipificado. O crime político dá-se ou em regimes de transição para uma democracia, ou na democracia. Aí é que o tipo pode ser qualificado como criminoso, de natureza política ou não, dependendo do caso. Neste sentido, acho que esse debate que está sendo travado em torno do caso Battisti é exemplar. Na minha opinião, não há certamente nenhum tipo de conspiração. O que há são duas visões a respeito da democracia, do Estado de Direito, da Soberania e da própria crise pela qual os atuais modelos democráticos estão passando, impotentes para realizar uma coesão social mínima de novo tipo, que ocorreu historicamente num pequeno período da social-democracia.
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ELEIÇÕES GERAIS NO PT

Eleição à presidência do PT vai a 2.º turno em Limeira
(24/11/2009)
Bruna Lencioni
As eleições à presidência e dos diretórios nacional, estadual e municipal do PT, aconteceram anteontem. Em Limeira, a votação foi histórica - a maior registrada pela sigla. Os 355 votos contabilizados levaram a disputa da presidência ao segundo turno, que será no dia 6 de dezembro.
A candidata mais votada foi a atual presidente do PT em Limeira, Neide Gonçalves. Foram 151 votos pela permanência da bancária aposentada, militante do partido, no cargo. O número não representou a maioria dos votos, por isso, o segundo turno foi inevitável. Os outros dois candidatos, Wilson Cerqueira e Roberto Dias, tiveram a mesma quantidade de votos - 90 cada. É possível que para o segundo turno, um deles retire candidatura, numa tentativa de ganhar força através de aliança, contra Neide.
Wilson afirmou que não é impossível acontecer a renúncia de alguma canditatura. “Precisamos sentar e conversar. Ainda não falei com nenhum dos dois candidatos”, ponderou. Roberto Dias manteve uma postura mais pragmática na hora de declarar se é possível ele ou Cerqueira retirarem a candidatura. “Estamos abertos para conversar com os dois grupos. Mas vamos defender a oposição ao governo Félix”, disparou, num comentário que aparentemente avisa Neide sobre a não conformidade de ideias com a ala moderada do PT, acerca de uma possível mudança de conduta nas relações com a administração do prefeito Silvio Félix (PDT).
Neide avaliou como positivo o resultado das eleições, mesmo com o desafio de um segundo turno pela frente. Além disso, lembrou que várias forças a apoiam. “Estamos otimistas e vamos fazer agora um trabalho com as forças que me apoiam”, destacou a candidata.
CHAPAS
Quatro chapas disputaram vagas na direção do PT em Limeira, três delas com candidatos à presidência. A mais votada foi a da corrente do vereador Ronei, que também conta com o ex-vereador Nelson Caldeiras, além de Antonio Carlos Lima, na militância. A chapa “Juntos Somos Fortes” teve 90 votos. Mais da metade dos votos de Neide veio de petistas dessa corrente. Ronei era candidato, mas retirou e se aliou à Neide.
A chapa “Esquerda Militante e Socialista”, lançada por Roberto Dias, teve 89 votos, tendo como simpatizantes membros do Movimento dos Sem-Casa, por exemplo. Já a chapa lançada pelo candidato Wilson Cerqueira, a “Esquerda Socialista”, ganhou 77 votos, levando líderes comunitários e sindicalistas às urnas em favor da proposta do político. A menos votada foi a chapa “Fortalecendo o Partido”, com 61 votos.

ELEIÇÕES 2010

Um passo atrás... na direção do abismo Escrito por Fernando Silva A deputada federal licenciada do PSOL, Luciana Genro, divulgou o artigo "Um passo atrás, dois passos à frente!". Nele, parte de considerar acertada a decisão da Executiva Nacional do PSOL de aprovar, por maioria, uma comissão para abrir negociações com a pré-candidata do Partido Verde (PV), Marina Silva. O artigo da companheira argumenta que é correto apoiar a candidata do PV, pois essa seria a melhor tática do PSOL para as eleições de 2010. Com toda fraternidade e respeito que merece a companheira Luciana, que foi uma das mais expressivas figuras públicas na fundação do PSOL, discordamos de cara do enunciado do artigo. Para começar, foi um erro importante da direção máxima do partido aprovar a abertura de negociações com Marina Silva, num momento em que o partido ferve de incertezas e mal inicia um debate a sério sobre o que fazer na disputa de 2010. Pior ainda: aprovou uma plataforma de "condições" que sequer exige da candidata do PV um pronunciamento de ruptura para com a política econômica do governo Lula, nem pede um debate sobre uma necessária ruptura do seu partido com os tucanos e democratas, direita na qual estão hoje abrigados setores expressivos do PV. Como conseqüência dessa "abertura de porteira", os apoiadores diretos do caminho Marina — com franqueza elogiável, registre-se — saem a campo expondo suas posições. É o caso da companheira Luciana Genro. Nota-se no artigo que todos os argumentos são táticos. Trata-se de buscar o melhor atalho possível para não ficar na marginalidade, em uma eleição em que as circunstâncias são de fato difíceis para a esquerda socialista e revolucionária. O problema dos argumentos excessivamente táticos é que, ao abandonarem o horizonte estratégico, abandonam também razões que mantiveram até aqui o projeto PSOL. Uma esquerda anticapitalista não pode estar colada a um processo que não rompe com a política econômica, ou com as ilusões de que é possível disputar alas progressistas de setores governistas e das entranhas do governo. Ou seja, um processo que de fato sequer separou-se pra valer do governo Lula. Exagero nosso? Basta observar, sobre isso, o que a própria Marina Silva está dizendo agora, após a votação da Executiva do PSOL: "Na semana passada, o governo fez dois anúncios extremamente significativos: a menor taxa de desmatamento já registrada na Amazônia e o compromisso de reduzir a tendência de crescimento das emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. São resultados importantes, conseguidos, ao longo dos anos, com a forte e contínua pressão de diferentes segmentos da sociedade e do Ministério do Meio Ambiente na construção de uma política ambiental. Sem isso, o compromisso do governo com a redução de emissões simplesmente não teria saído. Saúdo o governo por isso e lembro que esses anúncios precisam fazer parte de uma visão estratégica de país. Aliás, a luta pelo cumprimento de tais metas está só começando (...) O Brasil está com tudo a seu favor e pode brilhar em Copenhague. Só não podemos permitir que setores mais atrasados do governo e do agronegócio tenham êxito na desconstrução da legislação que sustenta as medidas que levaram a esses resultados. O Brasil deve assumir a vocação de líder e deve estar à altura das responsabilidades nacionais e globais que isso implica" (Opinião pública e mudança climática, Folha de S. Paulo, 16/11/2009). Bem, se depender da posição da companheira Luciana Genro e da sua corrente no partido, o PSOL pode, em nome de acumular melhores condições no futuro, entregar seu patrimônio e sua história de coerência para uma candidatura que saúda o governo na sua inaceitável política ambiental e compactua com a idéia de que o problema são os "setores atrasados do governo e do agronegócio". Cabe perguntar se a companheira Luciana e sua corrente pensam em mudar de posição no debate feito pelo PSOL, contra a maior parte da esquerda desde 2004, sobre a existência ou não de setores progressistas no governo Lula, que permitiriam cogitar a possibilidade de que este governo estivesse "em disputa" ou algo pelo estilo. Se Luciana Genro e a sua corrente não mudaram de posição, qual o sentido de subordinar o PSOL a esse tipo de perfil nas eleições de 2010? Em nome de um espaço maior para dialogar com o povo? Mas isso é de uma incoerência completa. Como dialogar com a população trabalhadora dentro de uma coalizão cujo partido principal abriga parte da família Sarney? O máximo da incoerência no argumento do "diálogo com o povo" é que o artigo propõe que abramos mão da exposição pública, do tempo de TV e do perfil próprio para falar e dialogar com dezenas de milhões de brasileiros, aliás, mais de 130 milhões de eleitores (sendo um pouco mais precisos), para nos escondermos nas asas de uma candidatura amiga dos setores "progressistas" do governo. E do agronegócio! Além de também de governos estaduais e municipais tucanos e democratas.
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AÇÕES GOVERNAMENTAIS

Resultado da Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Limeira 23 de novembro I – Redação Final do Projeto de Lei n° 233/09, de autoria do Vereador Silvio Marcelo Francisco Brito, que dispõe sobre a instalação de painéis opacos nas Agências Bancárias do Município de Limeira, e dá outras providências. (Aprovado) II – Redação Final do Projeto de Lei n° 331/09, de autoria do Senhor Prefeito Municipal, que Cria o Programa "Cidade Participativa" e autoriza o Poder Executivo Municipal a celebrar convênio com Associações de Moradores de Bairros. (Aprovado) III – Redação Final do Projeto de Lei n°332/09, de autoria do Senhor Prefeito Municipal, que dispõe sobre a criação dos Cadastros de Pessoas Físicas e Jurídicas, Consulta Prévia, Autorização Provisória e dá outras providências. (Aprovado) IV – Continuidade da votação do Projeto de Lei n° 329/09, de autoria da Vereadora Nilce Segalla, que dispõe sobre a proibição de venda, fornecimento e a entrega de fogos de artifícios a criança e ao adolescente no Município de Limeira, e dá outras providências, iniciada na Sessão Ordinária do dia 9/11/09, em face da anulação da emenda ao substitutivo n° 4083/09 que deve ser declarada prejudicada em face da aprovação da emenda ao substitutivo n°4004/09, passando-se em seguida a votação do substitutivo com a emenda aprovada. (Aprovado o substitutivo com emenda) V – Projeto de Lei n° 129/08, de autoria do Vereador Miguel Lombardi, que regulamenta a coleta, triagem, reutilização, reciclagem, reservação ou destinação, disposição e o transporte de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos no Município de Limeira, de acordo com o previsto no Estatuto das Cidades, Lei n°10.257/01, e na Resolução CONAMA n°307, de 5 de julho de 2002, e dá outras providências. (Prejudicado) VI – Projeto de Lei n° 281/09, de autoria do Vereador Almir Pedro dos Santos, que dispõe sobre a obrigatoriedade de farmácias e drogarias manterem a disposição do público, para consulta, lista de medicamento genérico em caracteres braile, no âmbito do município de Limeira. (Prejudicado) VII – Projeto de Lei n° 336/09, de autoria da Vereadora Nilce Segalla, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos hotéis, pensões, motéis ou congêneres, a afixar placa de proibição de hospedagem de crianças e adolescentes nos termos da lei federal 12.038/09 e dá outras providências. (Adiado por 2 sessões) VIII – Projeto de Decreto Legislativo n° 19/09, de autoria do Vereador Antonio Braz do Nascimento, que concede o Título de Cidadão Limeirense ao Ilustríssimo Senhor Sérgio Poggetti. (Aprovado com emenda) IX – Projeto de Decreto Legislativo n° 20/09, de autoria do Vereador Antonio Braz do Nascimento, que concede o Título de Cidadão Limeirense a Ilustríssima Senhora Juvina Poggetti. (Aprovado com emenda) X – Projeto de Lei n° 381/09, de autoria do Senhor Prefeito Municipal, que solicita abertura de Dotação Orçamentária na Lei Orçamentária Anual e Autorização para Abertura de Crédito Adicional Especial até o limite de R$ 10.000,00 (Dez Mil Reais), para os fins que especifica. (Aprovado) XI – Projeto de Lei n° 388/09, de autoria do Vereador Eliseu Daniel dos Santos, que dispõe sobre a denominação de estradas municipais, e dá outras providências. (Aprovado) XII – Projeto de Lei n° 390/09, de autoria do Vereador Antonio César Cortez, que denomina o nome de Dr. José da Silva Seabra, na UBS - Unidade Básica de Saúde, localizada a Rua Luiz Pereira do Prado, n° 220 no Jardim da Graminha no Município de Limeira. (Aprovado) Carla Pizani Depto. Assessoria de Imprensa
http://br.mc511.mail.yahoo.com/mc/compose?to=imp_presidencia@camaralimeira.sp.gov.br 19 3404.7529 Rua Pedro Zaccaria, 70 Fone/Fax: 19 3404.7500 CEP: 13484.350 LIMEIRASP